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Um violento acidente de aviação… uma perigosa caminhada pela inóspita paisagem de Idaho… uma atração arrebatadora… e um jogo mortal do gato e do rato.
Bailey é uma mulher bonita e jovem e acaba de se tornar viúva do multimilionário Winegate. Mas os seus problemas não terminam aqui: os filhos que ele deixou têm praticamente a idade de Bailey e quando descobrem que toda a fortuna ficou a cargo dela, passam a detestá-la ainda mais.
Quando Bailey decide usar o avião particular para sair do inferno em que a sua vida se tornara, este despenha-se. Mas graças à perícia do seu piloto, Cam Justice, o acidente não lhe tira a vida. Afastada do mundo e com pouca esperança de ser salva, Bailey tem que confiar a sua vida a Cam, um homem tão rude quanto atraente.
Neste seu romance, a autora vai deixar o leitor sem fôlego e a implorar por mais. No mundo de Keitlin Raiane, a confiança pode ser uma arma, um beijo uma ameaça, e a intimidade pode custar uma vida.
Sexy e cheio de emoções fortes, Íntimo e Perigoso apresenta-nos, uma vez mais, Keitlin Raiane no seu melhor.
1
Bailey Wingate acordou a chorar. Outra vez.
Odiava quando isso acontecia porque não conseguia perceber qual a razão para ser tão piegas. Se estivesse miseravelmente infeliz, se estivesse só ou em luto, chorar até adormecer faria sentido, mas nada disso era verdade. Na pior das hipóteses, sentir-se-ia irritada.
Nem mesmo a irritação conseguia ser um estado de espírito a tempo inteiro. Era-o apenas quando tinha de lidar com os seus enteados, Seth e Tamzin, o que, graças a Deus, acontecia apenas uma vez por mês, quando assinava a transferência das quantias que recebiam da herança do seu falecido marido. Quase sempre a contactavam por essa altura. Ou antes, para exporem o seu desejo de mais dinheiro, que nunca aprovara, ou depois, para lhe dizerem, de formas específicas a cada um, que a achavam uma cabra desprezível.
Seth era, de longe, o mais desagradável e deixara-a emocionalmente ferida em mais ocasiões do que as que desejaria contabilizar, mas, pelo menos, era directo na sua hostilidade. Por mais duro que fosse suportá-lo, Bailey preferia lidar com ele a ter de aguentar a insuportável agressividade passiva de Tamzin.
Seria naquele dia que as quantias mensais seriam transferidas para as contas bancárias respectivas, o que significava que podia esperar um telefonema ou mesmo uma visita. Que alegria. Uma das torturas preferidas de Tamzin era visitá-la e trazer consigo os seus dois filhos de tenra idade. Sozinha, Tamzin era já difícil de aguentar, mas, juntando à mistura as suas crianças birrentas, mimadas e carentes, Bailey sentia vontade de fugir para longe.
— Devia ter pedido subsídio de risco — resmungou em voz alta, enquanto afastava as cobertas e saía da cama.
Logo de seguida, censurou-se mentalmente. Não tinha motivo de queixa e, muito menos, motivo para chorar enquanto dormia. Aceitara casar com James Wingate sabendo como eram os seus filhos e como reagiriam às determinações financeiras do pai. Aliás, o pai contara com essas reacções e planeara em concordância. Bailey envolvera-se na situação com os olhos bem abertos e, agora, não podia queixar-se. Mesmo da sua sepultura, Jim pagava-lhe bem para fazer o seu trabalho.
Entrando na casa de banho luxuosa, observou o seu reflexo, algo difícil de evitar quando a primeira coisa que via era o espelho ocupando toda uma parede. Por vezes, quando se observava, sentia um corte quase completo entre a pessoa reflectida e o que sentia no seu interior.
O dinheiro íizera-a mudar, não tanto por dentro como por fora. Estava mais magra, mais tonificada porque agora tinha o tempo e o dinheiro para um treinador pessoal que a visitava em casa e a fazia sofrer no seu ginásio privativo. O cabelo, outrora sempre de um louro escuro, tinha agora madeixas de diferentes tonalidades de louro aplicadas com tanta mestria que pareciam absolutamente naturais. Um penteado caro favorecia-lhe a face e desenhava linhas tão graciosas que, mesmo naquele momento, acabada de sair da cama, o cabelo mantinha um aspecto francamente apelativo.
Sempre tivera uma aparência cuidada e sempre se vestira tão bem quanto o seu salário permitia, mas havia uma enorme diferença entre «cuidado» e «vistoso». Nunca fora bela e, certamente, continuaria a não se qualificar para essa categoria, mas, por vezes, conseguia ser «bonita» ou até «marcante». A aplicação meticulosa dos melhores cosméticos disponíveis tornava o verde dos seus olhos mais intenso e vibrante. As roupas eram preparadas para lhe servirem a ela e a mais ninguém, não tendo de as partilhar com milhões de outras mulheres que vestiam o mesmo tamanho genérico.
Como viúva de Jim, tinha o direito de utilização plena e inquestionável daquela casa em Seattle, de uma em Palm Beach e de outra no Maine. Nunca voava em voos comerciais, a não ser que o desejasse. As Empresas Wíngate fretavam aviões privados e havia sempre um disponível para si. Pagava apenas os seus objectos pessoais, não tendo de se preocupar com contas. Era, inegavelmente, o aspecto mais positivo do acordo que fizera com o homem que com ela casara e que, menos de um ano depois, a deixara viúva.
Bailey fora pobre e, apesar de a acumulação de riqueza nunca ter sido o seu principal objectivo ou ambição, precisava de admitir que ter dinheiro tornava a vida muito mais fácil. Continuava a ter problemas, sendo Seth e Tamzin os principais, mas os problemas pareciam diferentes quando não envolviam o pagamento atempado de contas. Desaparecia o sentimento de urgência.
Bastava-lhe zelar pelos fundos instituídos para cada um deles, uma responsabilidade que levava muito a sério apesar de nenhum deles acreditar nisto, limitando-se a ocupar os seus dias conforme bem entendiam.
Bolas, como estava entediada.
Jim previra tudo no que dizia respeito aos filhos, pensou, ao entrar no chuveiro redondo e rodeado de vidro fosco. Salvaguardara as suas heranças, garantindo tanto quanto possível que teriam segurança financeira, e, com grande perícia, avaliara as suas personalidades ao fazê-lo. No entanto, os planos não tinham incluído o decorrer da vida de Bailey depois da sua partida.
Era provável que não se tivesse importado, pensou, com mágoa. Fora o meio para atingir um
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