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AMANDA, ESCRITO NAS ESTRELAS VI

AMANDA, ESCRITO NAS ESTRELAS VI

lucystar

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Capítulo

Essa é uma parte muito importante da vida de Amanda Rotemberg, agora Ramalho, e Marco Antônio Ramalho. Vai ficar decidido aqui se a felicidade e o amor entre eles e sua família é realmente sólida ou não. Vamos sonhar mais um pouquinho?

Capítulo 1 SETE DE OUTUBRO - DOIS ANOS (1991)

I – SETE DE OUTUBRO - DOIS ANOS (1991)

No dia seis de outubro de mil novecentos e noventa e um, um domingo, José e Antônio alugaram o salão nobre do clube para fazer uma reunião de amigos para os dois.

No dia sete seria o aniversário de dois anos de casamento de Marco e Amanda e no dia anterior tinha sido o vigésimo aniversário dela.

Todos os amigos dos dois casais Ramalho e Rotemberg e de Marco e Amanda foram convidados e a animação começou logo cedo.

Teo, Cleo, Chu, Aldo, Débora, com os dois filhos, Júlio César e Juliana, Bete e Márcio, com a filha Alice, Miro e a noiva, Ângela, Rubens, Eugênio, Alba, Helena e Claus estavam lá também.

O cast da RR, do colégio Paralelo de Santo Amaro e da imobiliária também compareceu.

Enquanto os adultos conversavam em grupo no salão, os mais jovens batiam papo, sentados na grama ao ar livre, com as crianças brincando perto deles. Amanda estava entre eles sentada numa cadeira, exibindo a barriga charmosa de sete meses de gravidez. Ângela estava sentada no chão perto dela.

- Como é, Amanda, já se preparou psicologicamente pra receber os filhotes? – Helena perguntou.

- Acho que sim, mas ninguém pode responder com certeza uma pergunta assim, Helena. De uma coisa eu tenho total certeza: não vai ser a mesma coisa quando eles chegarem. Enquanto os dois estão aqui dentro, está tudo bem, depois...

- Chutam muito? – Bete perguntou.

- Demais...!

- Eu pergunto por que a Alice, apesar de ser menina, jogava futebol dentro da minha barriga dos cinco aos oito meses, disse ela, olhando para a filha de um ano e sete meses, jogando futebol com uma bola pequena com o pai ali perto, juntamente com Júlio César, Aldo, Claus e Eugênio.

- Se um chutando já dá trabalho, imagine dois, hein? - Teo disse, deitado no colo de Cleo segurando sua mão.

Ele já namorava a moça há quase dois anos e ela estava grávida de dois meses. Eles iam se casar em dezembro perto do aniversário dele.

- Você já sentiu, Teo? – Miro perguntou.

Todos riram.

- Não, panaca, os únicos chutes que eu senti na minha vida foram na minha canela quando a gente jogava futebol lá perto de casa, lembra, seu perna-de-pau!? Meu filhote ainda é muito pequenininho. Ainda não está chutando ninguém.

Ele beijou a barriga de Cleo que sorriu acariciando seus cabelos.

- Onde está o Marco, Amanda? A festa é pra vocês dois, por que ele não está aqui? - ele perguntou.

- Ele ainda vem. Chegou um empresário de uma agência grande do Rio interessado nele. Esse empresário gostou muito dos comerciais que ele criou pra RR e quer contratá-lo. Eles estão lá dentro da sede, conversando.

- Uau! Grande publicitário! - disse Rubens. – Vai explodir no mercado antes de terminar a faculdade.

- Lá vem ele, disse Helena, vendo Marco sair da sede e se aproximar correndo do grupo.

Ele se ajoelhou ao lado de Amanda e segurou sua mão.

- Sentiram minha falta?

- A grama está até molhada, de tanto que a gente chorou... brincou Chu. – Como foi lá?

- Tcham, tcham, tcham, tcham...! – ele fez, fazendo suspense, com um sorriso enorme no rosto.

- Conta logo, droga! - brigou Teo, sentando-se.

- Quem era o cara? – Rubens perguntou.

- Adriano Bueno, publicitário do Rio, um dos mais famosos. Tipo... Washington Olivetto, sabe?

- Já ouvi falar dele... e aí? – perguntou Chu.

- Ele viu um dos comerciais feitos pra RR e gostou. Veio pra cá pra me contratar como experiência, mas quando me viu... gamou!

- Êh, meu, qual é?! – Teo estranhou.

O burburinho foi geral.

- Calma, gente, ele é casado e pai de filhos. Não foi por mim que ele gamou. Ele só ligou minha cara ao comercial que eu fiz com a Amanda no início de oitenta e nove e quer me levar pra agência dele como modelo fotográfico e garoto propaganda de uma grife de roupas masculinas de lá.

- Poxa! Que maravilha! - disse Helena.

- E você vai? - Teo perguntou.

Marco olhou para Amanda e respondeu, acariciando sua barriga.

- Eu disse que ia pensar...

Protesto geral.

- Pensar, Marco? – exclamou Aldo que tinha voltando para junto do grupo com os outros e tinha Júlio sentado no meio de suas pernas no chão. – Você ficou maluco! Uma chance dessas...

- Eu aceitava no ato, disse Claus.

- Gente, não é tão simples assim. Se eu fosse solteiro, já tinha ido com ele hoje, mas a situação não é essa.

- Você não aceitou só por isso? – Amanda perguntou.

- Só por isso?! Você acha pouco? E eu não disse que não aceitei; eu disse que ia conversar com você.

- Não precisa conversar; você vai!

Aplauso geral para Amanda, os homens assoviavam e as mulheres batiam palmas e soltavam gritinhos de animação. Marco ficou olhando para ela sério e disse:

- Mandy, eu vou ter que ir pro Rio de Janeiro de vez em quando e ficar um ou dois dias por lá...

- E o que é quem tem? Você está indo a trabalho, amor...

- Já te passou pela cabeça que você vai ficar com dois bebês pra cuidar, sozinha?

- Sozinha nada! Eles ainda não nasceram e depois eu tenho sua mãe, tenho a Rita...

- Tem a mim! – falou Débora, levantando o dedo. – Qualquer coisa, depois que os bebês chegarem, juntamos o Júlio César, a Juliana, a Mariana e vai ficar tudo bem.

- Eu adoraria ajudar também, disse Ângela. – Pena que eu não estou mais morando aqui... mas como eu vou estar de férias quando os meus sobrinhos nascerem, eu venho pra cá e ficou uns dias com você ajudando também, amiga.

Amanda sorriu para ela e beijou seu rosto.

- É pra isso que servem os amigos, disse Aldo.

Marco ficou olhando para todos eles e disse:

- Eu não mereço vocês. Eu agradeço, Débora, Ângela... todo mundo... mas não sei não...

- Amor, é uma chance fantástica! – Amanda disse. – Você tem que aproveitar.

- Amanda, eu já falei mil vezes que sou publicitário não modelo...

- Um publicitário que nunca se olha no espelho! – reclamou Ângela. – Pro inferno com a modéstia, Marco! Assume essa cara bonita que Deus te deu, meu amigo.

- É isso aí! – concordou Alba.

- Apoiadíssimo! – juntou Helena.

Teo olhou para Cleo e disse:

- Amor, se você quiser se juntar a elas, não se acanhe por mim. Esse cara precisa de um empurrão e eu sei que você concorda com elas. Pode falar. Prometo que não vou ficar com ciúme.

Cleo sorriu e ia falar alguma coisa, mas Marco antecipou-se:

- Não precisa dizer nada, Cleo, está bom. Está certo! Eu vou pensar mais pra sim do que pra não, certo? Mas ainda vou decidir... pelos meus filhos... ok?

- Bom, já melhorou, disse Alba.

Amanda beijou o marido, aprovando sua decisão.

- Gente, eu estou com sede! - disse Claus.

- Eu também, falou Amanda. – Vou até a sede beber alguma coisa e ver como está meu pai e os seus, amor.

Marco a ajudou a se levantar.

- Quer que eu vá junto?

- Não, fica aí. Vem comigo, Ângela? A gente pede pra algum garçom trazer bebidas e água pra todo mundo aqui, Claus. Acho que as crianças também devem estar com sede.

- Ah, então eu vou também, disse Débora, com Juliana nos braços. – Aldo, fica de olho no Júlio, amor?

- ‘Xa comigo, bem. Se é só olhar... ele disse, brincando, deitando-se na grama, apoiando o corpo no braço e olhando de longe para o filho que brincava na grama com Alice e Mariana.

Débora olhou para ele como se ele fosse uma criança travessa. Balançou a cabeça e afastou-se com Amanda e Alba.

- Ela está tão bonita... disse Bete, olhando para Amanda.

Marco olhou também para a mulher e sorriu.

- Sempre foi, agora triplicou.

- Já sentiu os bebês mexerem, Marco? - Márcio perguntou.

- Já... Às vezes, dá até pra saber quando é um e quando é outro. Quando eu vi os dois pelo monitor do ultrassom na última consulta dela, poxa... meu coração quase para. É um negócio tão fascinante... É diferente de você ver um bebê já nascido, como eu vi o Júlio, a Juliana e a minha irmã... acho que, dentro da barriga da mãe, eles são mais da gente, são mais nossos do que depois que nascem...

- Quando nascem eles são do mundo, já fazem parte do mundo, disse Aldo.

- É...

- Como foi saber que serão um casal? - Claus perguntou.

- Cara, você não tem ideia do que foi isso. No início, a Amanda não queria saber o sexo. Ela não queria nem me dizer que eram dois! Só disse por que minha mãe disse pra ela que eu tinha que me preparar pro baque econômico que a minha conta bancária ia sofrer.

Todos riram.

- Eu ando gastando o dobro do que gastava antes, mesmo sem eles terem nascido ainda. Ela já tinha um enxoval que fez quando descobriu que estava grávida, antes de saber que eram dois. Tivemos que comprar tudo de novo e mais alguma coisa. Outro berço, seis mamadeiras, um milhão de fraldas, quinhentas mil chupetas... Putz! Mas eu ando adorando! Não vejo a hora de ver os dois, segurar no colo... Acho que eu só vou acreditar mesmo que são um menino e uma menina quando eles nascerem. Nem o ultrassom me convenceu ainda.

- O Marco vai pirar! - disse Rubens.

- Já pirei faz tempo, amigo!

- E os nomes, Marco? Já escolheram? – Bete perguntou.

- Já, mas esses não adianta pedir porque eu não vou dizer...

- Ah, não! Diz pra gente vai! – Bete insistiu. – Eu falei o nome da minha bebê pra vocês antes de nascer.

- Eu te agradeço por isso, mas se eu contar, a Amanda me mata. Ela não quer que ninguém saiba. Só depois que eles nascerem. Sinto muito.

- É isso mesmo, Marco, estou contigo, disse Helena. – Um misteriozinho sempre cai bem. Afinal, eles são filhos de duas celebridades. Tem que ter alguma privacidade.

- Não é nem por isso, Helena. É que gestação de gêmeos sempre requer algum cuidado e a gente não sabe o dia de amanhã. A gente nem sabe ainda se a Amanda vai chegar até o último mês. Vocês já viram que ela está bem pesadinha e não devia nem estar andando por aí do jeito que está. Eu estou tranquilo aqui porque ela está com a Ângela e a Débora, mas ela não pode mais ficar andando sozinha. O médico proibiu. Ela nem dirige mais... Como todo cuidado é pouco e eu espero que não aconteça nada até meus filhos nascerem, os nomes deles vão ficar em segredo até dezembro... ou antes...

Todos concordaram com aquela decisão e seguraram sua curiosidade pelos nomes dos bebês do casal.

À noite, pouco antes das sete horas, Marco e Amanda cortaram um lindo bolo ao som de “Mandy” e todos cantaram os parabéns para os dois. Em seguida, o casal comeu um pedaço do bolo e resolveu ir embora mais cedo, já que Amanda precisava descansar, e levaram Laila e Mariana com eles. Todos os pais de crianças pequenas resolveram sair também: Bete foi embora, levando Alice, e Débora levou Júlio e Juliana.

Os demais ficaram para terminar a noite que estava muito gostosa. Sentado numa mesa no salão, Antônio comentou com José:

- Como a gente se engana com os filhos, não é?

José não entendeu e olhou para ele.

- Como? O que você quer dizer com isso?

- Eu achava que o Marco não ia ter cabeça pra cuidar de um casamento como ele está fazendo...

- Eu nunca pensei isso. Ele sempre foi um bom rapaz. Não sei por que você pensa assim.

- É... Nem eu. Agora, o danadinho vai nos dar dois netos, como ele mesmo queria. Ele já tem vinte e um anos... Ele fez tudo que me prometeu...

- Não se esqueça de colocar minha filha nisso, José disse, sorrindo.

Antônio olhou para ele e sorriu também.

- É claro! Desculpe...

José levantou o copo de cerveja e disse:

- Aos nossos filhos!

Antônio ergueu seu copo e completou:

- Aos nossos netos!

SETE DE OUTUBRO – DOIS ANOS – CAP 1

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