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Ela podia dizer que naqueles dias o
maior amor de sua vida era seus filhos já criados. Cada
um com a sua vida não dependiam mais dela. Resolveu
se separar quando viu que os filhos podiam cuidar de si
mesmos. Afinal tinha ficado casada apenas por eles. Não
queria ninguém criando seus filhos sem ser o seu pai.
Marcelo seu ex-marido era o homem que um dia ela
achou que era o homem da sua vida, se enganou
redondamente, apesar de terem vivido por quase 20
anos, foram anos sem emoção, em comum só tinham os
filhos e viviam como dois amigos... Nao, amigos
conversão, riem. Entre eles nao existia nada disso.
Apenas rancor. Mas durante o tempo que viveram...pelo
menos por parte dela sempre houve fidelidade e
companheirismo. Tanto é verdade que o ex-marido nunca
aceitou o fato da separação, ele nunca entendeu porque
ela o deixou. Mas voltando aos filhos. Pode se dizer que
sua responsabilidade de criar os filhos foi cumprida, para
ela pôr os filhos no mundo foi decisão dela e, no entanto,
cria-los até eles terem condições para viver sozinhos
era sua obrigação e isso ela cumpriu com louvor. Ela ja
se julgava dispensável, mas ainda se dava ao luxo de
sonhar. No alto dos seus 40 anos apesar de sonhadora,
sabia que as coisas já nao eram como nos tempos de sua
juventude.
Morava no Rio desde a infância, nao conhecia
outros estados muito menos outros países.
O dia começava como todos os dias, as 06 da manhã ela
levantava e se aprontava para ir trabalhar, tomava um
banho quente, vestia seu uniforme surrado. Já a muito
Anna trabalhava numa fábrica de temperos. Ia para a
cozinha, fazia seu café, ajeitava tudo e ia trabalhar.
Pegava o ônibus da empresa as 7:30 e chegava as 7:55,
batia o ponto e ia fazer suas obrigações. Era muito intima
da amiga Divina, uma colega alegre e muito direta.
Divina era uma mulher magra, alta de cabelos curtos,
também de meia idade, porem vivia a vida como se não
houvesse amanhã. Anna era quem a tirava das
encarrascadas em que ela se metia. Divina amava a
amiga como se ama uma irmã, sabia que em qualquer
situação podia contar com ela. - Bom dia amiga, como
você está hoje?
-Estou bem, só um pouco cansada. Respondeu Anna.
Como ela era uma pessoa muito otimista, sempre estava
com um sorriso no rosto. - E você como foi o encontro
com aquele rapaz? Miguel né?
- Foi muito bom, o cara e a pessoa mais gentil, educada e
carinhosa que eu já conheci. Nós vamos sair novamente.
Quer vir com a gente? Ele tem um amigo, a gente pode
chamar ele, o que acha?
- Ah, nao sei nao, você sabe como eu sou. E acho que
esse negócio de encontro, namoro, nao e para mim, o que
eu quero de um relacionamento não existe mais.
- Também... Você é muito exigente amiga, tem que parar
de procurar perfeição. Se resolver me fala, vou cuidar
dos meus afazeres, até mais tarde amiga.
- Até mais tarde.
A manhã correu como sempre, sem
nenhuma surpresa. O sinal da sirene avisa que o horário
de almoço começou. Anna vai se juntar à Divina no
refeitório elas conversam sobre o encontro da noite
passada. Divina conta tudo, até os detalhes mais
sortidos, o assunto vai longe, ela tenta convencer Anna
de se encontrar com “amigo” do amigo dela. Anna nao
achou muito interessante, mas promete pensar. Segundo
a amiga, o amigo tinha mais ou menos a mesma idade
que a dela. Ela nao o conhecia pessoalmente mais
segundo Miguel era um cara legal. A hora do almoço
passa rapidamente e elas voltam ao trabalho.
A tarde passa normalmente e logo chega a hora de ir
para casa, o dia seguinte era sábado e elas nao
trabalhavam, ou pelo menos nao estavam escaladas.
Combinaram de ir se falando. Na manhã de sábado é
como as outras manhas de sábado, se levanta cedo, faz
seu café, cuida de suas plantas, dá uma geral na casa e
faz seu almoço. A tarde vai descansar.
O aplicativo chama. Sua amiga Divina chamando-a para
sair logo mais, Anna se esquiva de todas as maneiras,
mas nao houve jeito. Divina estava decidida a leva-la
junto. Anna já havia saído outras vezes com ela e seus
amigos. Eram passeios sem graça, com homens que não
tinham assunto, só queriam mesmo leva-la para a cama.
E ela sempre esperou algo mais, sabia que não ia
encontrar com os amigos da amiga. - Vamos comigo
amiga, você quase nao sai, e eu gostaria de ti apresentar
o Miguel, ele vai levar o seu amigo Paulo pra você
conhecer.
- Amiga você sabe que eu nao quero mais perder tempo
com coisas que nao vão dar em nada.
- Se você nao quiser, nao vai rolar nada, só fazer
amigos...vamoooos!
- Ta bom, onde encontro voces?
- Te pego as 20:00 horas... ai, ai!!! Ele tem carro. Kkkk
- Ok. Anna continua seu descanso de depois do almoço.
Logo pegou no sono. Acordou já passava das 18:00 horas,
ela se levantou, assistiu um pouco mais de tevê e foi se
arrumar, faltava pouco para sua amiga passar. Por mais
que ela soubesse que era outra saída sem graça, não
teve como escapar, ela gostava de agradar e naquele
momento não foi diferente.
Anna vestiu um vestido azul que destacava seu corpo
mostrando que ela ainda era uma mulher bonita e
atraente, calçava um sapato de salto alto o que a deixava
mais desejável ainda. A maquiagem era bem sutil, ela
nao gostava muito, mas queria ficar apresentável
então...O cabelo solto. Era um cabelo bem cuidado, mas
na altura do pescoço, curto por assim dizer. Apenas
batido nada de escova. Ela se olhou no espelho e
aprovou. Estava como queria estar...O mais simples e
elegante possível. Ela era dessas que menos é mais. Nao
demorou muito e sua amiga Divina chegou.
Anna entra no carro e cumprimenta Miguel. O rapaz era
um homem bem-apessoado de dentes claros e um
sorriso largo, meia idade muito educado. - Boa noite,
como voces estão?
- Muito bem e você? A Divina fala muito de você.
- E essa louca fala bem ou mal?
- Amiga, você e a melhor.
- Ela fala muito bem, diz que você e como uma irmã para
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