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Um Sequestro Apaixonante [VOL 1]

Um Sequestro Apaixonante [VOL 1]

Bell Rocha

5.0
Comentário(s)
149
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2
Capítulo

"Um Sequestro Apaixonante" é o primeiro livro da saga "Luxury Life", conheça mais... Arrancada de sua bela vida luxuosa por um lindo sequestrador, Halley Willians é forçada a embarcar em uma jornada de auto descoberta... e auto indulgência.

Capítulo 1 Trocada

Entro em casa, esperando não encontrar Matt jogado no sofá, grudado no celular, exatamente como estava quando eu saí para ir malhar 4 horas atrás.

- Amor, cheguei! - Ah... Lá está ele, exatamente como pensei, queria estar errada.

Eu tenho malhado muito nos últimos três meses e tenho recebido muitos elogios de todos desde então... de todos menos do meu namorado.

Ele nem parece ligar. Que droga, aposto que ele nem percebeu que eu tinha saído de casa.

Com uma ideia de sedução em mente, começo a tirar minha roupa de academia e deixá-las jogadas no chão. Fico apenas de calcinha fio dental e o sutiã esportivo. Avanço até Matt e paro na frente dele com as mãos no quadril.

- Amor, o que você acha? Eu posso não ser uma modelo de lingerie da Victoria's Secret, mas acho que os resultados do meu esforço estão começando a aparecer.

- Até o instrutor da academia já comentou da minha bunda durinha. Isso quer dizer muito, principalmente vindo dele, que é gay. Né?

Matt não se move nem um centímetro. Sua atenção está toda na tela e sua testa franze enquanto ele se concentra em mais um vídeo sobre jogos no YouTube.

- Sério mesmo? Eu estou seminua na sua frente e você simplesmente não faz nada? Uau! Obrigada pelo golpe no meu ego.

Me jogo no sofá inconformada.

- Já passou da hora da gente conversar sobre a nossa relação, Matt!

- Ah! Oi amor. Onde você estava? Eu te chamei pra pedir que você me traga uma cerveja do freezer, mas a casa tava tão silenciosa.

- Eu fui para a academia, eu ainda te avisei antes de sair!

Tudo o que ouço é silêncio conforme o foco do Matt retorna para o celular. Isso me ferve de raiva e, sem pensar, arranco o aparelho das mãos dele, numa tentativa desesperada de conseguir sua atenção.

- Olha, eu estou cansada de implorar pela sua atenção, você parece uma criança que só fica no videogame.

Eu gastei os últimos dois anos tentando fazer esse relacionamento funcionar, enquanto você não dá a mínima!

- Você tá de brincadeira comigo? Você tem que falar disso agora? Justo enquanto eu estou no meio da transmissão do que é provavelmente a melhor partida do ano?! Devolve meu celular!

- Você já está fazendo isso há horas, Matt!!

Antes que Matt levante para brigar pelo celular, jogo o mesmo no sofá. Ele pega no mesmo instante.

- Que droga! Agora eu tenho que voltar para ver o que eu perdi. Valeu, Halley.

- Foda-se, Matt. Eu cansei. Vou me arrumar para ir almoçar com o meu pai.

Subo até o quarto para me trocar, e deixo Matt perdido com a partida do jogo.

Não acredito que perdi dois anos da minha vida com esse crianção. Ele nunca se importou com meus sentimentos... Na verdade, ele não se importa com nada além desses jogos estúpidos.

E além disso, as coisas são difíceis na cama também... Nossa vida sexual tem sido tão "morna". Eu sei que sou meio inexperiente, afinal ele é o segundo cara com quem eu já transei, mas eu sei que é ruim... Eu sinto que ele não trabalha duro por nós, com trocadilho e tudo. Talvez esteja na hora de explorar o mundo lá fora. Encontrar um cara que seja interessante e consiga me deixar sempre excitada.

Uma hora depois, entro na sala de estar para encontrar Richard, meu pai.

- Aí está a minha menina!

- Oi, pai! Você tá muito bonito hoje!

- Obrigada, querida. Foi a Sophia que comprou essa roupa para mim.

O meu humor piora imediatamente, quando ele fala da Sophia, a nova namorada dele, que tem idade para ser minha irmã mais velha.

É claro que ela comprou. Com um dos muitos cartões de crédito que ele deu pra ela. Eu odeio todas as namoradas do meu pai, mas não é porque eu não quero vê-lo feliz. É porque eu sei que elas só querem o dinheiro dele!

Mas não, não vou deixar a Sophia nos atrapalhar. Esse é pra ser nosso momento de pai e filha.

- Então, como está minha menininha?

- Estou ótima, pai.

- E cadê o Matt? Pensei que ele vinha com você.

- Na verdade, nós estamos passando por um momento difícil em nossa relação...

- Querida, se tem um conselho que eu posso te dar é esse: uma relação exige trabalho constante. Não é fácil!

- Você precisa se esforçar pra fazer a outra pessoa se sentir valorizada. Se nenhum dos dois der o braço a torcer, é o começo do fim.

- Mas você e minha mãe fizeram um relacionamento parecer tão fácil... Vocês estabeleceram um padrão alto demais pra mim.

- Sua mãe... - A voz do meu pai some... como se ele estivesse contemplando uma memória distante, bonita mas dolorosa, de minha falecida mãe.

- Ela era um ser humano excepcional... E você também é, Halley! Nunca aceite menos do que você merece em um relacionamento! O Matt está te dando problemas?

- A gente precisa resolver algumas coisas entre nós, só isso.

- Bem, é melhor que ele faça a parte dele. A última coisa que eu quero é ver minha garotinha se machucando.

- E aí pai, quando é que nós vamos pra mansão? É junho, o clima tá perfeito pra gente ir lá! - A mansão é uma encantadora casa de veraneio que meu pai construiu especificamente para minha mãe. Cada detalhe foi pensado pra agrada- lá. Nós três costumávamos passar todos os verões lá.

Não importava o quanto meu pai estivesse ocupado, ele sempre dava um jeito de fazer a viagem para a mansão. Isso se tornou uma tradição familiar.

Mesmo depois que minha mãe faleceu por causa de um câncer, há três anos, nós continuamos fazendo a viagem pra manter a tradição viva. Eu mal posso esperar pra ir de novo neste ano.¹

Talvez ficar longe do Matt me ajude a enxergar melhor a nossa relação. Eu posso pensar sobre o que ele significa pra mim e se a gente tem algum futuro ou não...

- Então... Eu acho que vamos ter que cancelar a viagem esse ano.

- Eu estou ouvindo direito?

- O que você tá dizendo, pai? Você sabe que essa viagem significa muito pra mim, especialmente desde que a mamãe morreu. É uma das últimas ligações que eu tenho com ela.

- Querida, eu sei que você ainda não se recuperou completamente da passagem dela, mas a gente precisa seguir em frente...

- Eu tava tão ansiosa pela viagem, pai. É por causa do trabalho? Olha, nós não precisamos passar várias semanas como a gente costumava fazer antes; apenas alguns dias são mais que o suficiente pra mim.

- Amor... minhas malas estão prontas!

Como se tivesse calculado o momento certo, Sophia aparece na sala, cheia de sorrisos e de uma excitação boba.

- Oi, Halley! Ah, mal posso esperar pra ver a mansão que o Richard me falou! Você vem com a gente?

- Não, amor, ela não vai. Seremos só nós dois.

- Pai, o que é isso?

- Querida, eu estava prestes a te dizer... Eu vou levar a Sophia pra mansão dessa vez. Mas, quando voltar, eu vou te levar pra qualquer lugar do mundo que você quiser. Só nós dois. Eu prometo.

- Eu não posso acreditar nisso... Meu pai tá me trocando pela namorada nova!

Sem dizer mais nenhuma palavra, olho para ele com desprezo.

Ótimo. Primeiro, eu fui ignorada a manhã toda pelo meu namorado, que não dá a mínima se eu passo horas na academia todos os dias pra ficar bonita pra ele.

E depois eu descubro que meu pai está me trocando e abandonando nossa tradição de família ao mesmo tempo, pra poder passar um tempo com aquela interesseira! Será que meu dia pode ficar pior?

- Eu acho que você devia pedir, desculpas pro seu pai.

Me viro e vejo que Sophia está parada atrás de mim, carregando uma expressão séria no rosto.

- Como é? E desde quando eu me importo com o que você acha?

- Olha, eu sei que você tá chateada por causa da decisão inesperada do seu pai... Se isso te faz sentir melhor, eu posso conservar com o Richard pra que a gente vá todo mundo junto pra mansão. O que você me diz?

- Obrigada pelo tremendo esforço.

- Você tem certeza? A última coisa que eu quero é ficar entre você e seu pai...

- Ah, sério? Porque, na real, eu acho que você já ficou.

- Está tudo bem por aqui? - Meu pai volta para sala, interrompendo a discussão.

- Sim, tudo bem. Amor, eu estava pensando... E se nós três fôssemos pra mansão? A gente poderia passar um tempo juntos. Eu acho que seria muito legal.

- Sophia, você sabe que eu estive muito ocupado com o trabalho nas últimas semanas e por isso eu quero compensar você. Nessa viagem, é você que vai ter minha total atenção.

- Se você está preocupada com a Halley, eu a levarei para uma viagem depois que nós voltarmos. Certo, querida?

Ele se vira para olhar nos meus olhos, incentivando-me a dizer alguma coisa. Vejo que Sophia também aguarda por uma resposta.

- É sério? Então você está disposto a quebrar a tradição da nossa família por causa dessa namorada interesseira que vai te largar na hora que arranjar um sugar daddy mais rico que você?

- Halley! Você passou dos limites. Você deve se desculpar com a Sophia agora mesmo!

- Eu nunca vou fazer isso.

Meu pai dá alguns passos para frente e se mantém olhando para baixo e respira profundamente como se estivesse reunindo todas as suas forças para o que está prestes a dizer. Finalmente os olhos dele encontram os meus.

- Se é assim então eu não tenho outra escolha a não ser pedir que você saia da minha casa.

Fico chocada com as palavras de meu pai. Mas o orgulho me impede de responder. Caminho enfurecida na direção do quarto, passando por eles sem olhar.

Bato a porta do quarto. A força faz as paredes tremerem, espero que meu pai e Sophia tenham sentido o impacto.

- Amor, vem cá. Tô com saudade... Olha, me desculpa pelo que aconteceu mais cedo. Eu sou todo seu agora.

Ignoro os olhos suplicantes de Matt, e puxa uma grande mala que estava embaixo da cama arrastando-a até o closet. Começo a pegar as roupas aleatoriamente e jogá-las para dentro da mala com violência.

- Amor, o que aconteceu?

- Meu pai me expulsou de casa por causa daquela nova namoradinha dele. Inacreditável! Ela tem ele na palma daquela mão toda trabalhada na manicure!

- Uau! Parece que ela fisgou ele com força, mas não culpo o Richard, com aquele corpo que ela tem.... AAAII!

Matt grita de dor quando taco um tênis que atravessa o quarto e acerta ele na lateral da cabeça.

- Você merece que eu jogue com mais força.

- Foi um ótimo arremesso, amor, tenho que admitir. Mas isso machuca! Então, ei... para onde você tá indo?

- Pra sua casa. Pra onde mais eu iria?

- Oh, espera aí um pouco. Para onde mesmo você disse que tá indo?

- Matt, você escutou o que eu te disse antes? Meu pai me expulsou de casa.

- Eu escutei, mas sobre você se mudar para minha casa eu não recebi o comunicado com essa decisão, então isso me assustou um pouco.

- Você tá escondendo outra garota lá?

É por isso que quase nunca a gente fica por lá?

- Isso é ridículo! Você sabe que eu nunca faria isso com você!

- Você não me traíra, mas deixaria sua namorada se tornar uma sem-teto?!

- Então eu não posso ficar aqui e não posso ficar na sua casa também. O que você espera que eu faça, Matt?

Matt pula pra fora da cama. Começa a juntar as coisas dele que estão espalhadas pelo quarto, como o telefone, carteira, moletom, cigarros e outras coisas.

Talvez ele esteja criando juízo e vai me levar para casa dele, talvez eu realmente possa contar com ele no momento difícil como esse, afinal de contas.

Mas Matt caminha em direção à porta sem falar nada, e não pega minha mala. Ele para momentaneamente na porta com as costas viradas para mim.

- Reserve um quarto de hotel, então. - Simples assim, Matt some, me deixando sozinha pra lidar com o segundo grande baque do dia.

Horas mais tarde...

Me encontro escorada no balcão de um bar.

Eu vim pra cá porque não quero arriscar encontrar ninguém que me conheça.

Minha visão está um pouco nublada e sinto minha cabeça chiando depois de ter virado a terceira, ou quarta dose de margarita.

- Que patético! A filha de um dos homens mais ricos da cidade, bebendo e chorando sozinha num barzinho de quinta categoria. - Falo baixo.

Mas aposto que meu pai vai perceber rapidamente a grande besteira que ele fez, e então vai me ligar para pedir desculpas.

Quando ele descobrir que eu tô nesse bar nessa parte da cidade ele vai ficar tão preocupado que vai mandar o pessoal dele para me buscar e me levar para casa imediatamente.

- Espera, onde é que tá meu telefone? Ah bem aqui. E a bateria tá quase cheia. Que bom.

Agora é só esperar ele me ligar, e estarei em casa num instante.

Busco conforto nos meus pensamentos ébrios, desejando que tudo isso seja um pesadelo do qual vou acordar logo. De repente...

Um homem de mais ou menos 30 anos, que está claramente bêbado acaba de bater um copo contra o balcão derramando parte da bebida que estava dentro. Ele abre um sorriso cheio de dentes na minha direção.

Ele me lembra o Lobo Mau.

- Oi, linda parece que você tá precisando de companhia. Meu nome é Jason Goldenberg.

Seu hálito fede a cerveja velha, e seus dentes amarelados são simplesmente nojentos.

- Desculpe, não estou com humor para conversar, eu tive um dia bem difícil.

- Pobrezinha. Uma garota bonita assim não devia ficar triste nunca. É quase um crime.

Ele caminha devagar e com confiança na minha direção. Esse é um daqueles caras que estão acostumados a conseguir o que quer. Quando ele chega perto o suficiente aproxima a boca do meu ouvido e sussurra:

- Deixa eu te dizer, eu sei exatamente o que fazer para colocar um sorriso nesse seu rostinho bonito...

- Eu não estou interessada. Você pode me deixar sozinha, por favor?

- Vamos, eu prometo que nós vamos nos divertir muito...

Eu realmente não consigo aguentar isso. É melhor sair perto dele logo.

Conforme cambaleio pare me levantar, Jason se apressa para agarrar-me pela cintura. Reparo que ele está olhando com desejo para os meus seios.

- Essa é minha garota. Eu sabia que você ia topar. Vamos nos divertir um pouco lá nos fundos do bar.

- Não, não quero fazer isso. Só me deixa em paz, por favor...

A essa altura, estou tão bêbada que os meus protestos são fracos e facilmente ignorados por esse cara. Ugh, eu sinto a mão dele deslizando para agarrar minha bunda com tanta força que chega doer.

Não tem ninguém aqui para me salvar. Puta que pariu, eu nunca me senti tão sozinha e indefesa.

Junto todas as minhas forças e em um movimento rápido dou uma joelhada nas partes baixas dele. O impacto fez com que ele se curve para frente enquanto tenta se recuperar da dor.

- Por que você fez isso, piranha? Eu só tava tentando animar essa sua cara azeda! Mas agora você pediu!

- Caramba! Você tá tirando minha paciência me provocando!

Jason agarra meu braço e me puxa para perto enquanto tenta me arrastar para a porta dos fundos.

Ninguém no bar parece ter percebido que está acontecendo, ou talvez ninguém realmente se importe. Eu estou muito fraca pra resistir. Estou com medo do que vai acontecer comigo.

E então, do nada um cara grande e forte aparece, ele se aproxima e dá um soco rápido na lateral da mandíbula de Jason, que cai no chão.

Todos os olhos do bar estão voltados para a cena que acabou de acontecer, o belo estranho que acabou de te salvar olha para você e diz:

- Não se preocupe, ele vai sobreviver. Você está bem?

- Estou, obrigada por me ajudar, nem quero pensar no que poderia ter acontecido comigo se você não tivesse interferido...

"Aí meu Deus! Ele é o homem mais lindo que eu já vi."

O belo estranho dá uma espécie de grunhido enquanto mantém o contato visual. Sinto que estou me perdendo nos lindos olhos dele...

- Eu realmente não sei como te agradecer. Posso te pagar uma bebida ou algo assim?

"Um beijo ou dois, talvez?!"

O barman aparece na nossa frente com uma expressão preocupada, sua voz soa pesarosa.

- Foi mal, Blake, eu não sabia que a garota estava contigo. Se soubesse, eu não teria deixado aquele bêbado botar as patas nela.

Então o nome dele é Blake... E CALMA AÍ, quer dizer que o barman tinha percebido o que estava acontecendo e não fez nada?!, Ah não vou deixar barato.

- Você permitiu que aquele desgraçado atacasse uma garota bêbada e vulnerável, no seu bar?! Você é um baita de um inútil mesmo.

- Você tava pedindo, piranha!

- Eu calaria minha boca se eu fosse você. - Blake se vira para encara-lo com um olhar mortal que dura tempo suficiente para o barman ficar visivelmente tenso.

- Foi mal cara. Olha eu posso dar uma bebida para você e para sua garota, por conta da casa, claro.

- Não precisa, já estamos indo embora.

Sem dizer mais nada, Blake me pega pelo braço e ne leva para fora do bar.

"Para onde ele está me levando, e por que ele parece ansioso para sair do bar?"

Confusa, mas completamente acabada fico em silêncio enquanto me deixo ser levada por aquela mão forte.

Do lado de fora o ar frio da noite acaricia as minhas bochechas, Blake me leva até um carro, ele abre a porta do passageiro e gesticula com a cabeça indicando para eu entrar.

- O que está acontecendo? Para onde você quer me levar?

- Vou te levar para um lugar seguro.

- Olha eu posso estar um pouco embriagada, mas não o suficiente para entrar num carro de alguém que conheci alguns minutos atrás.

- Eu realmente não tenho tempo para isso, apenas entre no carro.

- De jeito nenhum, eu vou ligar para o meu pai.

Reviro minha bolsa desajeitadamente à procura do meu celular quando Blake repentinamente tira a bolsa das minha mãos.

- Escuta, eu não quero que as coisas saiam no controle, então, só entra no carro, nós vamos sair daqui.

Encaro ele por alguns segundos, bem confusa. Com receio, entro no carro, me sento no lado do passageiro e coloco o cinto.

- Ótimo. - Diz ele pacificamente antes de fechar a porta.

Dentro do carro, Blake fica em silêncio. Dou alguns olhares furtivos para ele. Apesar dele estar focado na estrada à frente, eu sinto que a mente dele está a mil quilômetros de distância.

- Você tá... me levando para casa?

Silêncio é a única resposta que recebo...

- Você não vai me dizer para onde nós estamos indo?

Mais silêncio tenso domina o ambiente.

- Certo... Então, acho que a resposta é não.

Quem diabos é esse cara? O barman sabe o nome dele e estava claramente intimidado e assustado. E o jeito que ele apagou aquele idiota com apenas um soco... Foi bastante impressionante.

Eu estou louca por ter ficado um pouquinho excitada com o jeito que ele tomou o controle da situação? Talvez seja só meu lado bêbado falando...

E falando sobre estar bêbada... Eu não tô me sentindo muito bem. Acho que tomei margaritas demais. Sinto vontade de vomitar. Por favor, não agora. Não no carro e do lado dele.

Meu estômago revira e sinto um nó na garganta, como se algo estivesse tentando escapar a cada ânsia que eu supremo.

Não encontro nada em que eu me pudesse segurar, e acabo perdendo o controle, vômito por todo o chão do carro. Fico completamente mortificada. Consigo sentir os olhos de Blake em mim, mas não ouso me virar para encarar.

Graças a Deus, ele não disse nada... Eu só queria que essa noite acabasse. Ela está sendo de longe a pior da minha vida inteira!

E finalmente, depois de alguns minutos o carro para, na frente de um elegante portão de ferro forjado que se abre para um caminho que leva a uma grande mansão.

Que casa linda! - Esse é o último pensamento que passa por minha cabeça antes de eu apagar.

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