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O preço de ser diferente

O preço de ser diferente

Talita Stefani

5.0
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5
Capítulo

Ceci, foi filha amada e desejada dos seus pais, Pedro e Isa Stenis, seus pais a criaram com liberdade, dando a ela independência e voz em suas empresas, até poucos meses quando faleceram em um trágico acidente, ela por ser menor teve que mudar para o Brasil, morar com seus tios, e ele tomou posse dos seus bens, só terá posse aos 18 anos quando fazer maior idade. Era tudo que seu tio pouco gentil e muito interesseiro queria... De uma menina feliz passou a ser prisioneira de seu tio, sem acesso a nada que pudesse encontrar seus pais ou o tirasse do controle de suas empresas. No Brasil no noivado do sua prima conhece Clhoe, introvertida, filha do chefe do clã Brasileiro, elas vivem uma intensa história de amor, travando uma batalha árdua, contra os costumes, tradição, hierarquia. Até onde o amor é capaz de suportar?

Capítulo 1 O noivado de seu primo

Todos se organizavam para o grande dia, era o noivado do seu primo, Nicolau, que fora prometido a Trindade no seu aniversário de cinco anos, ali já se passará dez anos, era dia de festa no clã da família de Clhoe, preparavam as comidas, os barris de chopp, o porco no espeto para recepcionar, os outros clãs ciganos que viriam prestigiar o casamento de seu primo Nicolau e sua noiva Trindade.

Começam chegar às primeiras caravanas. Jeremias e Jenis são irmãos e respectivos pais de Clhoe e Nicolau com suas esposas e filhos aguardam ansiosos na porta para receberem o clã.

Jeremias: Boa noite, senhor Francês,( pai da noiva) é uma honra recebe Los em nossa casa, e em nossa família, cumprimentando com dois beijos como a tradição, a noiva desce linda da bela limosine, com um vestido pérola, brilhante, cordão grosso, cheio de moedas de ouro, brincos compridos de safiras, combinando com suas pulseiras, Nicolau fica deslumbrado já que só a viu uma única vez aos cinco anos de idade.

Casamento entre famílias ciganas são arranjados. Francês segura a filha pelo braço carinhosamente, e a leva ao clã de Jeremias Aristis.

Francês: Jeremias, Jenis essa Trindade minha filha, que será nova filha de vocês, e esposa do menino Nicolau, olhando para o lado e também apresentando a sua digníssima esposa. Esmeralda, uma senhora cheia de pompa como mostra o nome,que vem de braços dados a uma outra moça, de cabelos soltos negros, coturno, saia xadrez, olhos verdes. Francês apresenta sua sobrinha Ceci, seus pais faleceram e ela fora morar com eles.

Todos se cumprimentam, Clhoe fica olhando para Ceci, e Ceci para Clhoe.

Entram para incrível mansão, junto aos outros convidados que estão na festa para firmar o noivado. Durante toda a festa Ceci e Clhoe ficaram se olhando sem trocar uma única palavra. Pai de Clhoe a apresentava para todos os clã exibindo sua filha, e espiando um bom casamento para sua filha, já que era filha única, do chefe do clã da família Aristis, a família mais rica e tradicional no meio do clã cigano Brasileiro.

A música seguia, Clhoe dançava com sensualidade uma dança equivalente a dança do ventre, junto a noiva, o noivo e Ceci, quando suas mãos se encostaram pela primeira vez, e Clhoe puxa rapidamente, pois sente um choque, como se tivesse colocado a mão na tomada, toda molhada. e Ceci, fica sem entender.

Ceci: Desculpe se encostei na princesa, não sabia que mortais não podia lhe encontrar, da um sorriso irônico.

Clhoe sem entender o que sentiu vira a cara, e sai dando rabissaca, toda vermelha e nervosa. Não entendia o porquê aquela moça um pouco mais velha, sotaque estranho, te deixava tão nervosa, e que choque foi aquele que ela sentiu...

Clhoe: Nicolau, a prima da sua noiva é insuportável, e se sua noiva for igual? você conversou com ela?

Nicolau: Não sei se minha noiva é insuportável, sei que é gata, olha o sorriso dela, esse corpo, aceito ela insuportável. e começou a rir.

Isso deixou ela ainda mais irritada. O bom que amanhã quando ela acordasse todos já teriam ido embora de sua casa, e ela poderia se concentrar novamente só em seus livros e seus cavalos.

a madrugada foi entrando, os clãs foram se despedindo e seguindo para suas casas, restantando somente três clãs , Aristis (Anfitrião) Lislin( Pai da noiva tio de Ceci) e Bertin ( Terceiro clã poderoso no Brasil)que falavam sobre negócio. Já que agora, o clã Lislin estava comandando o clã Stenis de Portugal já que sua sobrinha Ceci não tinha dezoito anos e seus pais haviam falecido em um misterioso acidente. E nem seus corpos foram encontrados.

Clhoe pediu licença e subiu para seu quarto, Ceci, Trindade e Nicolau, ficaram conversando e se divertindo na fogueira.

Ceci: Nicolau, qual o problema de sua prima? Ela é muito patricinha, enjoada, não conversa e mimada.

Nicolau: Sorriso, aí percebi que se deram muitíssimo bem , e a recíproca foi verdeira. e aumentou a gargalhada.

Trintade sua noiva acompanhou a gargalhada zombando de sua prima. O sol começou a raiar e os três subiram para dormir enquanto seus pais ainda discutiam sobre dotes, sobre terras e os presentes e os negócios que seus filhos herdariam com o casamento, pois o casamento entre os clãs não passam de um contrato de negócios. junção de empresas. Enquanto os homens decidiam o contrato, as mulheres os serviam, dançavam, bebiam e riam em mesas separadas, já que homens e mulheres nunca sentam juntos nessas ocasiões. Mulheres de um lado, homens de outro.

Já eram meio dia quando todos se recolheram para os quartos da bela mansão do Clã Aristis.

A mansão contava com estábulos para os cavalos de sua filha única Chloe, um lago, piscina, 8 suítes, academia, jardim, era uma bela mansão para nenhum clã botar defeito. Os móveis todos banhados a ouro, decoração divina.

Clhoe foi a primeira acordar e desceu para o jardim.

Madalena: Bom dia menina posso servir seu pequeno almoço? Todos foram dormir quase agora, só uma menina já acordou está no estábulos.

Chloe: Pode sim Mada, e quem está no meu estábulos?

Madalena: É uma moça que veio com a família da noiva, com um falar diferente, e muito gentil.

Clhoe: Ok Obrigada, enquanto você coloca a mesa vou lá olhar o que ela está fazendo com meus cavalos.

Clhoe segue em direção ao estábulos, ao chegar fica de longe observando Ceci, fotografando seus cavalos, o feno, Ceci antes de vim morar com seus tios no Brasil morava em Portugal, e fazia curso de fotografia, só veio devido o trágico acidente com seus pais, meses atrás, Ceci abraçava um lindo cavalo negro l, com crina cumprida e conversava com ele, isso deixou o coração de Clhoe acelerado. Clhoe ficou bamba e esbarrou em um latão fazendo barulho assustando o cavalo e Ceci.

Ceci: Está louca, você nos assustou.

Clhoe: Este cavalo é meu e não está acostumado com outra pessoa por isso está assustado. saindo em passos rápido de volta para o jardim onde ia fazer seu pequeno almoço.

Ceci sem entender nada ficou resmungando, da grosseria destas pessoas e de como sua vida mudou desde o acidente de seus pais, como sentia falta de sua casa, seus amigos de sua vida. Na casa de seus tios não tinha liberdade, não deixavam estudar, comandar sua própria empresa, ou tomar a frente na busca pelos pais dela que ainda não encontram os corpos mais mesmo assim foram dados como mortos. e faltará ainda sete meses para ela completar dezoito anos para poder assumir os negócios da sua família e ter sua vida de volta, até lá teria que aceitar morar com seus tios, onde ela sabia que ele estava desviando dinheiro da sua empresa, por essa razão a mantinha em casa sem acesso a nada.

Madalena: Aqui está seu pequeno almoço menina Clhoe.

Clhoe: Obrigada Mada

Ceci foi chegando, e Madalena colocou outro prato para ela se servir. Clhoe e Ceci tomaram o pequeno almoço juntas em absoluto silêncio. Vez ou outra Clhoe a observava e o coração disparava, olhava a boca rosa, pequena formato de coração de Ceci, olhos grande e verdes, cabelos longos lisos e pretos escorrendo sobre os olhos mesmo presos sobre um rabo de cavalo. Rosto pálidos. E um olhar triste, como se tivesse dentro dela uma dor imensa, e isso despertou em Clhoe uma vontade muito grande de desvendar aquela garota o que doía tanto nela.

Ceci: Por favor pode me passar o pão?

Clhoe passa, e suas mãos se encostam e elas sentem a mão uma da outra, e ficam ali as duas, por alguns instantes, sem reação, portanto internamente sentindo todas as reações do mundo, como se o tempo e espaço tivessem parado, se olham e ambas ficam perdidas uma no olhar da outra, se reencontrando, se reconhecendo, se reconectando, e sem entenderem nada pois nunca haviam se visto.

Nicolau: Boa tarde.

Aquele momento é quebrado com a voz aguda de Nicolau, elas se assustam o pão cai, e ambas sentem seus rostos esquentarem, suas peles pegarem fogo, suas mãos suarem. Mais não entendem nada. Só se recompõe.

Clhoe: Precisa desse escândalo Nicolau

Nicolau: Só dei bom dia. vocês que pareciam estar no mundo de Nárnia.

Clhoe: Está louco, só estava dando um pão para a prima da sua noiva.

Ceci: Eu tenho nome.

Clhoe: Desculpe, eu não sei seu nome.

Ceci: Ceci, meu nome é Ceci.

Clhoe: Ok

Começam a chegar o outros integrantes das duas famílias, Clhoe pedi licença e vai para estábulos cuidar do seu cavalo, Ceci vai para o lago tirar fotos, Ceci deita na grama e não consegue tirar Clhoe da cabeça , fica pensando naquele toque e sente seu corpo queimar, e Clhoe fica intrigada porém tenta esquecer pois acredita que está louca. E logo Ceci já estará indo embora.

O Tio de Ceci, pai da Noiva pede para o pai de Clhoe para deixar Ceci e Trindade na casa dele para que Trindade e Nicolau se conheçam melhor já que o casamento será em um mês e Nicolau mora na mansão ao lado com seus pais, e Ceci para destrair já que está muito recente a morte de seus pais. Jeremias concorda então Francês e sua esposa esmeralda se organiza para partir. Deixando as duas meninas com o clã Aristis.

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