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Aline.
Algumas ligações simplesmente acontecem.
Não tem explicação, apenas o destino agindo como um maestro nas nossas vidas, e ele me preparou com a mais linda das músicas.
Marcos, meu bem, lembro-me até hoje, onde exatamente a minha admiração por ele começou, quando ainda adolescentes ele defendeu e protegeu a minha melhor amiga Elis, por um acaso também melhor amiga dele, e, sem saber que as palavras proferidas tem poder, o pedi em casamento sem imaginar que uma brincadeira pudesse se tornar algo tão verdadeiro:
Elis chega aqui em casa com os olhos inchados, e soluçando de tanto chorar, e depois de acalmá-la eu ligo pra o Júlio do meu celular, já que o dela está com a megera da dona Ana. Após falar com ele, Elis me entrega o celular que está aberto no grupo da cidade, assim que eu vejo a foto, eu começo a gritar feito uma louca e ela não entende nada:
— Que foi Aline, eu que apanho e tu que perde a cabeça? – Elis fala confusa
— AMIGA, OLHA ISSO AQUI, já que você grudou no Júlio, deixa o Marcos pra mim, pq esses dois são foda. – Mostro a tela do celular pra Elis que fica tão boquiaberta quanto eu — Tô falando sério amiga, fala pra ele que vou casar com ele
— Ele falou que aceita.
Naquele dia, Marcos aceitou meu pedido de casamento e eu só sabia rir da situação já que, obviamente ele no auge dos seus 21 anos não iria querer nada com uma garota de 17, mas ai, o destino começou a agir:
Estou em casa vendo algo aleatório na tv, já que Elis mudou pra casa do avô e não passa mais as tardes comigo, quando o meu celular notifica uma mensagem no whatsapp:
Desconhecido: Só gostaria de saber qual o seu modelo favorito de alianças
Eu: Acho que você errou o número.
Desconhecido: Não errei não, você me pediu em casamento e eu aceitei.
Eu: Marcos?
Desconhecido: Eu mesmo, seu futuro marido e pai dos seus quatro filhos.
Eu: só quatro? (emoji triste)
Eu: sempre quis cinco (emoji de coração partido)
Marcos: Combinado então. Cinco filhos e a Aliança de ouro. Será que minha noiva aceitaria sair pra tomar um sorvete comigo?
Eu: Claro, querido Noivo. (emoji rindo) é só marcar.
E então eu que sempre fui desprendida, que ria das minhas amigas que sofriam por amor e achava que nunca iria ser presa a ninguém, me vi envolvida e entregue a pessoa mais cativante que eu já tive o prazer de conhecer.
O destino jogou a rede, e eu deliberadamente me enrolei nela sem ter a menor noção do quanto a minha vida mudaria desde então.
Marcos.
Eu vim de uma família bem estruturada, minha mãe, a mulher mais incrível que eu já tive o prazer de conhecer, sempre me ensinou a importância de ser honesto com os meus sentimentos principalmente com os sentimentos alheios.
Na minha casa, ninguém gritava, ninguém falava coisas que pudessem magoar e era inadmissível, à exemplo da calma e da educação do meu pai, que nós, como homens, machucássemos deliberadamente qualquer pessoa, principalmente se essa pessoa fosse uma mulher.
Foi por isso que quando eu conheci, ainda no colégio, minha amiga Elis, a vontade de proteger foi instantânea, assim como a vontade de bater muito no irmão dela contrariando os ensinamentos não violentos de mamãe. Falando em mamãe, ela sempre achou que eu tivesse uma queda pela Elis quando ela era, na verdade, a irmã que eu não tive.
E foi justamente enquanto buscava proteger Elis de mais uma confusão familiar, que eu a conheci… Aline…
Ela estava ali, linda com seus cabelos loiros esvoaçantes, tentando controlar o choro da Elis que não cessava após mais uma briga com seus pais. E ela estava lá igual um anjo, eu não sei exatamente em que ponto da nossa vida comecei a amá-la, mas sei em que ponto da vida comecei a investir nela, e foi logo após ela, em uma feliz brincadeira, me pedir em casamento via whatsapp.
Era uma brincadeira, eu aceitei também como uma brincadeira, e resolvi convidá-la para tomar um sorvete. Eu só não imaginava que uma brincadeira boba de uma adolescente e eu não tão adolescente assim iria tão longe.
Aline tal qual o anjo que sempre foi, me deu a mão e me levou em direção ao paraíso, vivemos juntos os dias mais incríveis da minha vida, e, como prometido por mim ainda no dia em que fomos tomar sorvete, faço o possível e o impossível até a última gota do meu sangue, até a última batida do meu coração, para vê-la feliz.
Chego de moto na casa da Aline – onde sua mãe nos olha atenta — para irmos até a sorveteria, aceno para a senhora que é bem parecida com a filha e ela retribui com um sorriso. Aline me cumprimenta com um beijo no rosto:
— Boa tarde, noiva !
Aline solta uma gargalhada tão linda, que aqui já quero beijá-la
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