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Lorena
Após doze horas exaustivas trabalhando no drive thru, tudo o que eu queria era chegar em casa o mais rápido possível. A exaustão pesava nos meus ombros, e a única coisa que preenchia meus pensamentos era a perspectiva de um banho quente revigorante. A fome apertava, então planejava preparar um simples macarrão instantâneo, que seria degustado na maciez reconfortante da minha cama.
Seria o fim de noite perfeito, se não fosse um pequeno detalhe que mudaria tudo.
Franzo o cenho quando encontro a porta do apartamento encostada, a empurro lentamente, notando um rastro de pequenos pingos de sangue que, passavam pelo hall e seguiam em direção da escada.
Luíza. O nome da minha melhor amiga, vem em minha mente instantaneamente, imaginando que talvez tivesse sofrido um assalto ou algo parecido.
Acreditando que poderia estar ferida no segundo andar, ando em passos largos, subindo os degraus da escada rapidamente. Os pingos de sangue continuam, deixando manchas no carpete claro e por um momento, uma breve imagem se forma em minha mente, onde esfregava com força cada mancha.
~ Luíza? ~ Chamo quando paro no topo da escada, encontrando o quarto dela no escuro, diferente do meu, cuja luz do banheiro iluminava o cômodo.
Meus olhos vagam pela minha cama arrumada pela manhã, a pilha de livros sob a escrivaninha junto com papéis. Estava tudo como havia deixado naquela manhã, concluí, a medida que me aproximava da porta entre aberta, a luz amarelada reluzindo uma poça média de sangue no chão e mais um pouco no lavatório branco. Mas algo dentro de mim se alarmou, talvez os pelos eriçados do meu braço ou o frio na espinha, algo me dizia para sair dali o mais rápido possível e ligar para a polícia.
Entretanto, ao dar alguns passos para trás, meu corpo esbarra em outro e algo metálico pressiona a lateral do meu corpo. Mal consigo respirar, meus olhos se arregalam e minhas mãos começam a suar.
~ Se gritar, atiro em você. Se tentar correr... ~ Uma voz masculina chega em meus ouvidos ~ , atiro em você. Entendeu? ~ Abro e fecho minha boca, sem conseguir dizer nenhuma palavra. Suor se acumulava em minha testa e meu corpo começava a tremer ~ Entendeu?! ~ Ele pressiona ainda mais a arma contra a minha costela.
~ Entendi! ~ digo abruptamente, quase em pânico.
Tinha um assaltante na minha casa e não sabia como dizer a ele que não tinha dinheiro, muito menos alguma coisa de valor que pudesse levar.
E se ele tivesse feito alguma coisa com a Luíza?
E se ela estava naquele momento morta no meu banheiro?!
Me obrigo a respirar pela boca, quando o homem atrás de mim e para na minha frente. Pela fresta de luz que saia do banheiro, pude notar que era mais alto que eu, enquanto mantinha uma das mãos pressionando o abdomên.
Seus olhos brilhavam na pouca luz, estavam fixos em mim, a medida que mantinha os lábios em uma linha reta.
~ Cadê... cadê a Luíza? ~ Finalmente encontro a minha voz e a mesma soa entre cortada.
Não tinha ideia de como havia conseguido falar, as batidas do meu coração haviam se tornado dolorosas e o ar começava a queimar os meus pulmões por alguma razão.
Ele franze o cenho, sem mover um músculo.
~ Não faço ideia de que porra está falando ~ diz sério.
Meu queixo treme, meus olhos se enchem de lágrimas e só conseguido pensar em Luíza morta dentro da banheira e coberta de sangue.
~ Ela está morta, não é? ~ digo entre dentes, cerrando meus punhos que tremiam.
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