A proposta ousada do CEO
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
O caminho para seu coração
Acabando com o sofrimento de amor
O retorno chocante da Madisyn
Minha assistente, minha esposa misteriosa
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
A ex-mulher muda do bilionário
Um casamento arranjado
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Prólogo
○○○
Um dia da caça, o outro do caçador. Eu odeio essa frase, mas Daniel a usa com grande frequência e, nesse dia não poderia ser diferente.
Estou olhando diretamente para o espelho gigantesco no salão em meu dia de noiva e pensando no vestido pendurado na arara. O escolhi de última hora e confesso que nada nele me lembra daquela Isabelle que um dia sonhou em se casar. Porém, o que deveria fazer?
Este não era o meu casamento dos sonhos. Aquele que me espera no altar não é o homem que escolhi passar o resto dos meus dias, mas sim o que a vida me reservou e me forçou a aceitar.
Entretanto, se eu pudesse escolher...
Primeiro: eu não me casaria numa igreja. Sempre quis uma cerimônia ao ar livre.
Segundo: seria no final da tarde, não durante a noite. Mas Daniel e eu marcamos para as oito.
Terceiro: eu usaria um vestido de princesa, não me importo se está fora de moda ou não, ou se combinaria com o ambiente.
E, por último, mas o mais importante: o homem que estaria me aguardando no altar, provavelmente chorando até a última gota do seu ser, seria outro. Seria Thomas, meu primeiro e único amor, meu melhor amigo.
Contudo aqui estou prestes a me casar. Nada do que eu sonhei um dia aconteceu, porém seguirei firme, pois faço isso por ele.
Estou aqui por causa dele. Thomas. É ele que me importa. E eu o protegerei com a minha vida até o fim.
Capítulo 1
•
Checo as horas pela terceira vez no relógio pendurado na parede branca acima da cabeça da recepcionista. São oito e trinta e cinco da manhã e minha sessão começa em vinte e cinco minutos.
Sou uma garota muito ansiosa. Perdão, mulher. Completei vinte e seis anos de idade a pouco mais de um mês e meio, mas ainda não me acostumei com o tempo corrido entre os dezoito e o agora.
Pra alguém que convive diariamente com a ansiedade é um pouco contraditório, eu sei, mas os dias que se passaram até aqui foram divididos em três etapas com mais ou menos a mesma duração. Criança, adolescência e a vida adulta, sendo uma delas a principal causadora das minhas noites de insônia.
Logo terei de me lembrar do porquê e explicar para a psicóloga que escolhi compartilhar o que tanto me aflige, então tento esquecer pelos próximos minutos para que vim.
Estive a ponto de abandonar a clínica três vezes desde o segundo em que coloquei meus pés aqui. Simplesmente acho que não conseguirei falar. Eu quase nunca consigo. Num dado momento entre uma palavra e outra meu peito dói, minha garganta se fecha e me vejo debulhada em lágrimas e soluços infindáveis.
Todavia, eu preciso encerrar esse ciclo. Me tornar a mulher que tanto sonhei um dia em ser, e essa mulher é madura o suficiente para conversar com alguém sem deixar os sentimentos confusos e controversos atrapalharem no meio do caminho. Essa mulher é segura de si e não deixa que os outros pensem que ela é frágil, pelo contrário.
E eu sei que estou a um passo de me tornar essa figura incrível que tanto desejo ser. Porém, existe um assunto que sempre me pega desprevenida e faz eu me trancar num refúgio interno no fundo da minha alma praticamente inalcançável.
Só existiu em toda a minha vida uma pessoa que conseguia me arrancar de lá, mas essa pessoa é o meu motivo de estar aqui hoje...
Tento espantar meus pensamentos antes que recomece a tremer a pernas ou bater os pés em ritmo frenético no chão. Geralmente eu preciso ensaiar o que vou dizer aos outros, mas desta vez resolvi que deixaria fluir naturalmente. Tenho tendência a ser tagarela, ou o contrário – é sempre oito ou oitenta, atualmente não tenho meio termo.
Pego o celular e checo se tem mensagens. Nenhuma. Meu círculo de amizades é pequeno por escolha minha, não trabalho aos sábados, por isso sem perturbações nos fins de semana da empresa, e meu namorado provavelmente está dormindo depois de chegar da sua viagem de negócios nesta madrugada.
Daniel trocou a foto do perfil do aplicativo de mensagens para uma nossa em que estamos nos beijando. Admiro-a por um instante e me lembro da sorte que é tê-lo ao meu lado. Na verdade, ele sempre foi apaixonado por mim, mas demorei um pouco a dá-lo uma chance. Mas estamos juntos a dois anos, e esse tempo parece tão curto perto de tudo o que passei ao lado de...
Fecho o aplicativo de mensagens e resolvo tentar reler um relatório que o hospital me mandou na tarde de ontem por e-mail. Novos contratados, sendo dois médicos plantonistas e um residente cardiologista.
E é nesse último que me concentro por um longo e interminável minuto.
Fecho a aba do e-mail antes de terminar de ler o relatório. Eu nunca consigo passar pelo nome dele porque sinto-me paralisar diante a inesperada surpresa que é vê-lo ali.
Vou até o filtro e pego um copo de água, mas a boca seca não se resolve apenas com o líquido. Parece faltar algo de dentro pra fora que nada tem a ver com hidratação.
- Senhorita? – A recepcionista chama a minha atenção. Ela traz uma garrafa cor de marfim consigo logo após ir até um cômodo atrás de uma porta azul. – Gostaria de um pouco de café? – Oferece.
- Não, obrigada. – Agradeço e me sento novamente. O café me traria um pouco mais de ansiedade e palpitações desreguladas em meu peito, impossíveis de serem acalmadas a menos que tenha algo que exigisse muito esforço para fazer logo após.
Faltando quinze minutos recebo uma ligação de Elisa.