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Meu marido, Heitor, era meu herói de infância, o homem perfeito que me prometeu a eternidade. Depois que nosso filho nasceu, ele parecia o pai perfeito também.
Então, uma mensagem anônima apareceu no meu celular: Heitor Bastos está te traindo. Eu tenho provas.
Mas o homem que descobri não era apenas um traidor. Ele era um monstro que zombava do meu corpo pós-parto com a amante dele.
"Todo aquele trauma do parto... É demais", ele disse, enojado.
Ele me humilhou publicamente, causou um acidente que me deixou com a perna inutilizada e levou a empresa da minha família à falência, colocando meu pai na UTI.
Este era o mesmo homem que uma vez quebrou a própria mão para me proteger, o garoto que jurou que me amaria para sempre.
Como ele pôde se tornar esse estranho cruel que me olhava com nada além de nojo?
Enquanto ele me deixava em pedaços e me culpava por tudo, o amor que eu sentia por ele finalmente morreu.
Peguei meu celular e liguei para um número que não discava há anos.
"Jackson", eu disse, minha voz fria como gelo. "É a Aurora. Preciso da sua ajuda. Lembra da sua proposta?"
Capítulo 1
Aurora POV:
O celular vibrou no travesseiro de seda ao meu lado. Era uma mensagem anônima no Instagram. *Heitor Bastos está te traindo. Eu tenho provas.* Minha respiração ficou presa na garganta. Eu não conseguia respirar, não com aquela frase me encarando.
Heitor estava na cozinha, cantarolando baixinho enquanto limpava as bancadas de mármore. O cheiro de café e seu perfume familiar entraram no quarto. Ele parecia tão perfeito, tão doméstico. Ele sempre fazia questão de limpar tudo depois de seu treino na academia de manhã.
Ele entrou, um sorriso gentil no rosto, um copo de suco de laranja espremido na hora na mão. "Bom dia, meu amor", ele disse, sua voz uma carícia quente. Ele se inclinou, depositando um beijo suave na minha testa. "Dormiu bem?"
Eu assenti, minha mente gritando. Este era Heitor. Meu Heitor. O homem que havia conquistado um lugar no meu coração desde que éramos crianças. Ele não podia estar me traindo. Não era possível. A ideia era uma piada cruel.
Lembrei-me do dia em que ele me disse que me amava pela primeira vez. Tínhamos dez anos, brincando na enorme casa de veraneio de sua família em Angra dos Reis, e ele jurou que se casaria comigo, seus olhos cheios de uma promessa sincera.
Quando éramos adolescentes, ele deu um soco num cara do terceiro ano que tentou me encurralar depois de uma festa da escola, quebrando a própria mão só para me manter segura. Ele não se importou com a dor. Ele só se importou que eu estava chorando. Ele me olhou, com os olhos machucados, mas ainda conseguiu dar um sorriso torto.
Nossa festa de noivado, sob um dossel de luzes pisca-pisca no Parque Ibirapuera, parecia um sonho. Ele me girou, sua risada ecoando, dizendo a todos que podiam ouvir que eu era a única mulher que ele amaria para sempre.
Ele era quem sempre me trazia sopa quando eu estava doente, quem se lembrava das minhas flores favoritas, quem segurava minha mão em cada medo e em cada triunfo. Ele estava lá quando me formei, quando comecei meu primeiro emprego, quando compramos nossa primeira casa. Ele era a única constante na minha vida.
Ele foi o homem que escolheu minhas roupas de grávida com tanto cuidado, que passou noites acordado lendo livros sobre bebês, que apertou minha mão em cada contração, seu rosto uma máscara de preocupação e adoração. Ele era o marido perfeito, o pai perfeito.
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