Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
O retorno chocante da Madisyn
O caminho para seu coração
Um vínculo inquebrável de amor
Acabando com o sofrimento de amor
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Sabe aqueles dias que você sente que não devia ter saído de casa? Aqueles mesmos que mesmo que você seja uma pessoa positiva e cheia de fé. A cada respiração que dê o universo parece avisar: volte para cama, é sério, volte agora.
Eu estava tendo um deles. Veja bem, eu não era muito de reclamar e tentava ver as coisas sempre pelo lado positivo, mas em menos de quarenta minutos acordada eu já tinha discutido com um cara idiota que insistia em agir como se fosse meu namorado pelo telefone, pisado em um cocô que meu cachorro Sidney Magal (não ria, a minha vó quem batizou o animal com o nome do cantor o qual ela dizia sentir um tesão da porra! É sério, palavras dela! E ela morreu há três anos, respeite a falecida, ok?), meu buldogue-inglês tinha deixado como um presente para mim na porta do meu quarto e eu com meus tênis vans novos tinha dado uma bela pisada, também tinha deixado a espuma de pasta de dente cair sobre minha camiseta preta, queimado o dedo indicador na prancha e por último o mais grave de todos, o meu pó de café tinha acabado.
— Bom dia, gostosa. — Uma voz rouca veio em minha orelha no mesmo momento que um beijo pousou em meu ombro. Merda. Eu tinha me esquecido deste.
— Olá... — Me virei forçando um sorriso tentando me lembrar o nome que o moreno tinha me dito se apresentado ontem. —...Mauricio?
— Matheus. Você já esquece meu nome Ísis? — Franziu a testa perdendo a leveza do humor matinal.
— Ah, é que eu estava meio bêbada ontem, eu não lembrava bem, mas está tudo certo, nossa noite foi ótima, né?
— Foi sim. — Sorriu de novo me deixando um beijo no ombro. — Quando a gente vai repetir?
— Quando você quiser.
— Agora? — Se achegou na minha bunda para que eu sentisse seu volume.
— Agora não dá, lindo, eu tenho que sair tenho um compromisso de trabalho então você realmente devia ir. — Dei o sorriso amarelo torcendo para que parecesse chateado, mas tudo que eu queria era aquele cara fora do meu apartamento.
— Hum, então pode me passar seu número?
— Claro que posso. — Aceitei seu celular e anotei o que ele queria.
— Vou te ligar, hein?
— Vou esperar ansiosa. — Menti enquanto via vestir a camiseta sem dúvidas ele era bom, mas eu já tinha ficado com melhores, depois da despedida meio estranha onde evitei beijar sua boca amanhecida o vi ir rumo à porta de saída.
Afim de não me estressar mais do que já estava, agarrei o notebook nas mãos e olhei pela janela para ver se o café da Fran estava cheio, e estava, mas ela sempre me arrumava uma mesinha. Dona Fran era uma senhorinha que eu conhecia desde criança era dona do mais antigo e melhor café daquela região, por minha sorte era situado do outro lado da avenida das Palmeiras, que era onde eu morava, por isso desci as escadas do apartamento e sai para rua com pressa, tinha menos de quinze minutos para encaminhar aquele manuscrito e eu ainda não tinha um epílogo pronto.
Olhei para o lado da via da rua e comecei a atravessar quando do nada o carro que antes não estava ali fez a curva rápido demais, não deu tempo de nenhuma reação, fui atingida em cheio e voei para o chão.
— Puta que pariu! De onde você surgiu, porra? Moça, você pode me ouvir? — Uma voz masculina se misturou ao zumbido do meu ouvido e a luz do sol cegava meus olhos.
— Ô caralho, sabia! — Foi a minha primeira reação.
— Sabia de quê? Você tá bem? Não se mexe eu vou chamar a ambulância.
Me sentei no asfalto e analisei o jeans que eu tanto gostava que agora tinha um rasgo no joelho. O café da Fran parecia prestes a sair um bloco de carnaval com a quantidade de gente que estava surgindo dali para assistir minha vergonha em primeira mão.
— Como é que você não me viu, inferno? — Resmungo tentando ficar de pé e mãos grandes demais seguram meus braços.
— Ô garota, não se mexe, fica parada aí.
— Que não se mexe o quê, me solta seu brucutu! — Firmo as vistas para ver o rosto do meu algoz e tenho a leve impressão que aquilo era pior do que eu pensava.
Eu tinha morrido!
Morrido, ido para o céu e o anjo loiro que me recebia ao contrário do que minha vó sempre disse (tatuagem num é de Deus não minha fia) tinha os braços e o pescoço coberto de desenhos, usava uma camiseta branca e tinha os olhos claríssimos como um mar caribenho.
— Ei. — Ele me soltou e ergueu os braços em rendição. — Só estou tentando ajudar. — A voz que antes estava preocupada saiu um pouco carregada de irritação.
— Me ajuda a levantar então. — Falei também irritada, sentindo meu pé esquerdo doendo. Não era porque ele era um deus grego que eu ia esquecer que o cara tinha me atropelado.
Quando suas mãos tocaram as minhas um arrepio transpassou minha coluna, a mão daquele homem era enorme, imagina... (Mantenha o foco Ísis!)
Estava prestes a implorar que aquela boca maravilhosa dele me desse um beijo enquanto meus olhos desciam para seus braços fortes tatuados e para as mãos que... Bew bew bew (a sirene a da minha cabeça soou) o círculo prata rodeando seu dedo foi meu balde de água fria. Era claro que ele não era solteiro, quem deixava um macho desse solteiro?
Depois de me decepcionar com a aliança voltei para o mundo que me pertencia quando arregalei os olhos e soltei: — Meu Deus do céu, meu notebook! — Olhei ao redor tentando achá-lo, mas primeiro movimento que eu tentei dar um grito saiu da minha boca e minha perna falhou.
Ótimo meu tornozelo estava doendo tanto por um motivo, estava fodido.
— Ô maluca, você precisa se acalmar, ok? Vou te levar para o hospital agora!
— Meu notebook! — Voltei a falar desesperada e ele olhou ao redor me soltando e andando até o canteiro.
— É isso? — Levantou a pasta me mostrando e eu concordei estendendo os braços.