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Eu tirei uma estagiária da lista de indicados a um prêmio por roubar a pesquisa da minha falecida irmã. Meu marido, Caio, ficou furioso. Ele escolheu defendê-la, não a mim.
Sua raiva se tornou violenta. Ele destruiu o trabalho da minha vida — a cura para o Alzheimer — e depois me empurrou com tanta força que perdi nosso filho.
Ele me chamou de "exagerada" enquanto eu sangrava no chão.
Então ele me trancou em nossa casa, uma prisioneira, forçando-me a assinar a transferência das minhas patentes para a amante dele, a mulher que levou minha irmã ao suicídio. Ele achou que tinha me quebrado, que eu era dele para controlar.
Mas quando ele tentou me humilhar da forma mais depravada que se possa imaginar, eu vi minha chance. Eu me joguei da janela do segundo andar.
Enquanto eu jazia quebrada no chão, vendo-o correr para o lado da amante, fiz uma promessa. Minha vingança estava apenas começando.
Capítulo 1
Ponto de Vista de Ayla Tavares:
Minha mão tremeu ao riscar o nome de Amanda Rangel da lista de indicados ao prêmio. Foi um ato simples, uma decisão enraizada na justiça, mas que estilhaçou meu mundo.
"Dra. Tavares, tem certeza?" Minha assistente, Mariana, perguntou. Sua voz era cautelosa, hesitante.
"Sim, Mariana. Absoluta." Minha própria voz era firme, embora um pavor gelado já estivesse se formando no meu estômago. A decisão estava tomada. Amanda Rangel não receberia o prestigioso prêmio 'Jovem Inovador em Neurociência'. Não enquanto eu estivesse aqui.
Amanda, uma jovem estagiária, tentou reivindicar uma pesquisa que não era dela. Uma pesquisa que pertencia à minha irmã. O trabalho de Júlia. Júlia, que se foi.
Os ecos de sua risada, de seu brilhantismo, assombravam meu laboratório. Este prêmio, este reconhecimento, não era apenas sobre ética profissional. Era sobre honrar os mortos. Era sobre Júlia.
Meu marido, Caio Mendes, soube da notícia. Ele invadiu meu escritório, seu rosto uma máscara de fúria cuidadosamente construída. "Ayla, que diabos você fez?" ele exigiu, sua voz um rosnado baixo que sempre prometia problemas.
Eu me mantive firme, meu jaleco parecendo um escudo. "Eu fiz o que era certo, Caio. Amanda roubou os dados da Júlia. Ela manipulou seu caminho até essa indicação."
Seus olhos, geralmente tão quentes e cheios de adoração, tornaram-se frios, afiados. "Certo? Certo para quem? Você acha que isso é certo, destruir a carreira de uma jovem?"
Ele se aproximou, invadindo meu espaço. Sua mão disparou, não para me bater, mas para agarrar meu braço. Seu aperto era como um torno, cravando-se na minha carne. A dor explodiu, uma linha aguda e branca subindo pelo meu braço.
"Me solta, Caio!" eu gritei, tentando me afastar. Ele segurou mais forte. A raiva em seus olhos era crua, aterrorizante.
"Você acha que pode simplesmente fazer o que quiser, Ayla?" ele sussurrou, seu rosto a centímetros do meu. Seu hálito era quente na minha bochecha. "Você se acha acima das consequências?"
Meu braço latejava. A intensidade de seu aperto era chocante. Meu marido, o homem que havia prometido me amar, estava me machucando. Fisicamente.
Então, tão rápido quanto começou, a pressão aliviou. Sua mão deslizou do meu braço para o meu ombro, uma aparência de ternura. Ele apertou suavemente, seu polegar acariciando minha pele. "Você está bem, querida? Você parece pálida."
Sua voz era suave, tingida de preocupação, um contraste gritante com a raiva que acabara de torcer suas feições. Era uma performance ensaiada, uma forma cruel de me fazer duvidar da minha sanidade.
Eu o encarei, meu coração batendo forte. "Você acabou de me machucar," consegui dizer, as palavras presas na garganta.
Ele franziu a testa, um retrato de confusão inocente. "Machucar você? Ayla, não seja exagerada. Eu estava simplesmente tentando te acalmar. Você estava ficando histérica."
Minha mente girou. Histérica? Eu estava apenas constatando um fato, protegendo o legado da minha irmã. Mas suas palavras plantaram uma pequena semente de dúvida. Eu estava exagerando?
"Você precisa consertar isso, Ayla," ele continuou, sua voz firme, mas aparentemente razoável. "Dê esse prêmio para a Amanda. Peça desculpas a ela. Ela já passou por muita coisa."
"Pedir desculpas?" Minha voz se elevou. "Caio, ela levou minha irmã ao suicídio! Ela usou sua campanha de cyberbullying para atormentar a Júlia, e depois roubou a pesquisa dela! Como você pode me pedir para recompensar isso?"
Seu rosto endureceu novamente. "Você não tem provas, Ayla. Apenas sua dor e suas acusações. Amanda é a vítima aqui. Uma jovem tentando vencer em um mundo difícil."
"Provas? Eu vi as mensagens! A Júlia me mostrou! Os boatos fabricados, o assédio constante online, as ameaças! E os dados... Caio, era o sequenciamento genético para o Alzheimer de início precoce. A Júlia estava tão perto de uma descoberta." Minha voz falhou ao dizer o nome dela.
Ele suspirou, um som longo e exasperado. "Júlia tinha problemas, Ayla. Você sabe disso. Ela era instável. Amanda foi apenas um bode expiatório conveniente."
"Instável? Ela era brilhante! E Amanda explorou suas vulnerabilidades, Caio! Você sabe o que a Amanda fez." Minha mente relembrou trechos de conversas, telefonemas abafados que Caio havia atendido, olhares estranhos que ele me lançou quando o nome de Júlia surgia. Uma onda fria me percorreu. Não. Não podia ser.
"O que você está insinuando?" A voz de Caio baixou, gelada. "Você está me acusando agora?"
Meu estômago se contraiu. "Ela roubou os dados da Júlia, Caio. Os dados que poderiam ajudar milhões. Os dados que poderiam ter ajudado sua própria mãe."
Uma nuvem escura pairou sobre seu rosto. Seus olhos se estreitaram em fendas. "Mencione minha mãe de novo, Ayla, e você vai se arrepender."
Ele deu um passo para trás, seu olhar varrendo meu laboratório. Demorou-se nas telas dos computadores exibindo meses, anos, da minha pesquisa meticulosa. A cura para o Alzheimer de início precoce, o trabalho da minha vida.
"Se você me pressionar nisso, Ayla," ele disse, sua voz perigosamente suave, "eu prometo que você vai perder tudo. Sua pesquisa. Seus dados. Tudo pelo que você trabalhou, vai desaparecer."
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