As Crônicas de Marum - O Primordial
(Rés
e atrapalhassem sua visão. Ela vasculha rapidamente as pequenas bolsas à sua cintura, verificando se suas ar
ão bate rápido, a adrenalina aguçando meus sentidos. Escondida entre a
ro, sem a atenção do objetivo. - Estou
Suas instruções soam como um enigma, quase inaudíveis. - Vai a Arcríris... obtenha
onde uma voz desconhec
s esta espada cair nas mãos de ninguém, ela possui muito valor para mim. Por favor, protege-a! - Su
lerado. A curiosidade pulsa forte, entrelaçando-se com um medo crescente. Apesar disso, a necessidade de compreender os planos
de Primárium. Cada passo é calculado, evitando qualquer ruído que possa delatar minha p
voz de Lésnar emerge baixa e tensa
oz tão suave quanto um sussurro, mal ousando
monstração de preocupação. - É muito arriscado! - ela adverte, mas
precisos para não chamar atenção. Ao atingir o topo, me d
stranhas criaturas estão em pé, próximas a Máterum. São figuras impo
oz sumindo em minha garganta. Meus olhos se arregalam enq
escura e um corpo compacto com rígidos trapézios. A segunda com traços femininos, ainda que quase imperceptíveis, contém um corpo ainda mais robusto que o esve
uas variadas cicatrizes, em sua maioria compridas e grossas;
as criaturas, como se estivessem pr
a de Máterum. Minha mente trabalha freneticamente para jun
z ressoando com um timbre de comando que ecoa até minha posição oculta. Ele se dirige a uma deusa desconhecida e às duas criaturas a
a espinha, e aperto os punhos, sentindo uma mistura de medo e determinação. O plano de M
ua voz baixa. Ela ainda está abaixada en
a deusa e seres bem... estranhos - respondo, minha voz trêmula revelando a inte
sua voz. Ela começa a caminhar silenciosamente em direção
palavras certas. - Possuem um tom de pele... - come
ando com cuidado sobre a pedra e começando
inha voz um sussurro. - Eles são dif
usas, pontuadas por pausas hesitantes. Meu olhar fixo nas figuras estranhas, tento articu
te. Ela escorrega, agarrando-se a um pequeno pedaço
r de seios firmes e... - faço uma pausa, frustrada por não conseguir
pedra. Seus olhos se arregalam ao avistar as criaturas, e uma expressão de surpresa e perplexidade se desenh
ma, sua boca semiaberta. -
. - Mas acho que... - sou interrompida por uma memória súbi
nar interrompe, sua voz u
onhecem esse nome. Moam, um dos oito planetas
em ser Toihid e Térax, os planet
possibilidade. - Só sei que precisamos avisar Theos
ala e, lentamente, vira seu rosto em nossa direção. Meu co
o, meu cérebro trabalhando febrilmente para manter a calma. - Mas não posso recuar agora. - Sinto a presença penetrante de Máterum sobre nós, uma sensação de estar
rai de esconder-vos, Réslar e Lésnar! - Ele ordena,
o, um lampejo de pânico cruzando minha mente. Agindo por instinto, seguro firmemente o braço de Lésnar e a puxo rapidamente para debaix
corpo rígido de medo, é uma constante lembrança de que não posso ceder ao pânico. - Preciso ser fria, pensar em uma rota de fuga - meu cérebro trabalha a todo vapor, mas o medo é como uma névoa, obscurecendo meu raci
idade do momento. - Não podemos ser capturadas, - sussurro, mais para mim mesma do que para ela. -
o em seu olhar. - Não seremos capturadas - digo, tentando transmitir confiança que mal sinto. Minha
ando por uma arma que poderia nos oferecer uma fagulha de esperança, mas seus dedos trêmulos falham em agarrar qualquer co
suas presenças são como sombras opressivas que pesam sobre nós. - Ele nos alcançaria facilmente. - Minhas palavras saem com uma fatalidade que tento afastar, mas que se aloja em meu coração. - Ele no
s cond
lido. O breve contato visual que compartilhamos está tomado por uma tristeza inominável e uma compreensão mútua da gravidade da nossa situaçã
turbulentos, me puxando de volta à realidade assustadora que nos cerca. Seus olhos, grandes e expressivos, re
nervosismo agora, - penso. - Lésnar depende de mim. Eu tenho que salvá-la. - Nesse momento, uma ideia se forma em minha mente, clara como
que você quer fazer, e não aceito. - ela insiste, sua voz tremendo, mas firme. - Vamos embora daqui juntas
Desejo apenas conversar - anuncia ele, sua voz ressoando com uma calma que contrasta com a tensão em nossos coraç
e Máterum dá em nossa direção. Seus passos são como o tique-taque de um relógio, marcando o tempo
rteza se chocando com a realidade das minhas palavras. - Não importa se ficarmos ou fugirmos; de um jeito ou de outro, seremos capturadas - continuo, cada palavr
está dividida entre a vontade de ficar ao meu lado e a compreensão de que nossa separação é a única chance de salvação
- Os deuses nunca saberão dos planos de Máterum a menos que uma de nós permaneça - reitero
lutam para conter as lágrimas, mas me recuso a permitir que elas caiam. Preciso ser a força que Lésnar
teza e admiração. Ela entende o que deve fazer, e
e acumulam em seus olhos, mas ela as enxuga rapidamente, tentando se manter forte diante da realidade esmagadora. Seus dedos tremem ligeiramente ao pegar u
tem; é uma lembrança da nossa ligação, uma conexão que agora estará distante. Meus próprios
respiração profunda, ela se volta e salta da grande pedra de areia, iniciando uma corrida apressada entre as pedras. A cada passo que ela dá para longe
. Uma onda de medo do abandono me inunda, aterradora e avassaladora. A consciência de que poderia ser aprisionada novamente em Salacrum lança s
mulas, vão até minha boca, abafando qualquer som que possa revelar minha angústia cresce
pesada, e sua mão pousa sobre meu ombro, um gesto que carrega tanto conforto quanto auto
m um poder que me lembra de sua autoridade indiscutível. Sinto-me dividida entre a necessidade de resistir e a v
r um lado, há uma filha que anseia pelo amor e proteção paternos; por outro, uma deusa ren
I (Ré
salho, fios prateados se misturando aos poucos vestígios de sua cor original. Essas mechas prateadas não apenas adornam seu rosto, mas também fluem em seu cabelo, l
afirmar sua grandiosidade. Sua postura é a de um monarca sem coroa, cuja a verdadeira realeza reside em sua pr
ndo nas pedras irregulares, enquanto tento manter a distância de Máterum. A incerteza me envolve como um
sso é medido. Ele ignora minha pergunta, sua expressão inescrutável como se
oz tranquila como uma brisa suave, mas com
ão com sua segurança, a frustração por não ter uma resposta satisfatória para ele. Sinto-m
minha irmã, de desviar a atenção de Máterum dela, mas ao mesmo tempo, sou consumida pela incerteza e pe
que virá. Seu olhar não se desvia do meu, e cada
ue ele tenta esconder. Seus olhos cinzentos, testemunhas de inúmeras eras, brilham com reflexos de lembranças
tos me assola. Amor e ódio se entrelaçam em meu co
uma voz firme, mas internamente vacilo, cien
nha direção, os dedos quase tocando meus cabelos. Nesse gesto, vejo um vislu
ela ternura paternal, deseja sentir o amor e a proteção que apenas Máterum poderia oferecer. No entanto, o rancor e a mágoa
nfrento. Cada músculo do meu corpo está tenso, pronto para a aç
ã está em perigo. A urgência da situação me empurra para a ação. Rapidamente, afasto-me dele, minhas mãos mergulhando na bolsa em busca
u alvo na coxa de Korla, que emite um grito agudo de dor. O sangue escuro jorra do ferimento. Os outros, Toihid
brisa, desviando das estacas que passam raspando, uma delas co
queno e satisfeito enfeita seus lábios, como se ele admirasse min
o de dor e raiva, avança com uma ferocidade animalesca. Toihid e Térax, como sombras sinistras, se m
Lanço-as com uma precisão letal em Tohid e Térax ar, mas eles se
lexo rápido, canalizo minha força em um dos meus pés e salto sobre o bastão com um giro. Sem pausa, Korla redireciona seu ataque para meu torso, mas esquivo com um movimento veloz de espacate, abrindo m
esquivo todos com minhas mãos, contra-atacando com um gancho de direita visando seu queixo. O impacto do meu punho contra sua mandíbula ressoa com violênci
hid, vazios e frios, me encaram com um desdém silencioso, como se
. Primeiro, um soco estrondoso em meu peito, que rouba o ar dos meus pulmões, seguido por um chute feroz na lateral da minha costela. O som de ossos rachando
nto a pressão em minha traqueia, o desespero de lutar por cada respiração. O sangue quente escorre dos m
pe um acorde cruel na melodia da batalha. O som de
m sorriso desdenhoso, ergue o punho para me golpear novamente, mas de repent
terum comenta. Sua mão erguida, or
meu pescoço, ele me empurra violentamente, liberando-me com um movimento abrupto. Cambaleio para trás, lutando par
o quero. Não me obrigue - Suas palavras soam quase suplicantes, enquanto es
ez se misturando enquanto o encaro. Com um gesto brusco, cuspo na direção de seu rost
a sob meus pés começar a levitar, os grãos dançando em um redemoinho frenético. Uma força invisível me agarra, puxando-me violent
o, alcanço uma estaca na bolsa e a cravo no ombro de Máterum. Ele solta um gemido abafado de dor, seu aperto afr
nfligi, estende-a para mim em um gesto de ajuda. Sua voz é calma. -
violento em sua mão ensanguentada. Sinto a textura úmida e quente do san
isão letal. Máterum, no entanto, reage com agilidade. Ele inclina o corpo para o lado, a estaca pass
um lampejo de algo mais: uma mistura complexa de emoções que refletem
plando a luta. - O que vós estais fazendo ai parados? Ide logo atrás de Lésnar!
rando os três inimigos. Térax, com uma velocidade incrível, bloqueia as estacas, sacrif
x - Diz Máterum a
demonstra dor ao arrancar as estacas cravadas em sua carne, sangue escorrendo pelos ferimentos.
rtíferas. Com um giro rápido do corpo, desvio de uma estaca que assobia perto da minha orelha. Retorno o ataque com um chute lateral, direcionando toda a minha f
eu coração, meu instinto de sobrevivência se acende. Com
iva de golpe aéreo. Mas Térax desvia, suas mãos calejadas agarram minha perna no ar, a força bruta de sua pegada é aterradora e
spiro de alívio é efêmero. Máterum manipula a areia ao nosso redor, os grãos de areia das pedras se agitam e explodem, cada par
adora que comprime meu corpo contra a rocha dura. O som do meu corpo colidindo com a pedra ecoa. Sinto os ossos estalarem com o impacto, um
ado do impacto. Máterum, com seus olhos cinzentos, observa a cena, e a serenidade em sua expressão dá lugar
ento. Cada respiração é uma luta, enquanto o sangue se mistura c
m o peso de seu arrependimento. Seus olhos, que outrora brilhavam com a força de milênios, agor
e um pai. Suas mãos tremem ao se aproximarem de minha figura quebrada. Ele entende, naquele moment
hado de sangue, a determinação me impulsionando apesar do corpo quebrado. A cada movimento, a dor se intensifica
míseros passos. A dor intensa percorrendo por todo meu corpo, princi
ão. - Estás muito machucada, minha filha. Desiste, antes que acabes morta! - Sua adv
irmã que depende de mim, atiça-me a continuar. - Tenho que me levantar. Não posso ser capturada, Lésnar precisa de m
convite para a rendição, soam distantes aos meus ouvidos. - Vem comigo, Réslar! - Ele estende a mão, u
olorosa resposta ao coração do Universo - Nunca! - e, num ato de desespero, lanço as es
ial jamais pensaria em fazer), ele é surpreendido por uma estaca vinda por trás, pegando-a facilmente com a telecinese
tá? - Escuto,