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As Crônicas de Marum - O Primordial

Capítulo 8 Mudança (Zilevo) - Parte 1

Palavras: 6589    |    Lançado em: 05/01/2024

T

a vida. À terr

tom. Meus olhos fixos no deus de aspecto marítimo. Seus cabelos azul-marinho, úmi

simples mas reverbera no espaço confinado, ench

e ele e o deus ao seu lado. Uma semelhança intrínseca, embora matiz

, batucando os dedos vagarosamen

o brevemente antes de desaparecerem no tecido de suas vestes. Seu olhar desvia-se, encontrando o do deus ao seu lado, e um sorriso cúmplice e lev

veis, diverge da seriedade de Pólimos, cujos o

alça seus profundos olhos azul escuro, seu cabelo azul marinho, escuro como uma noite

é reto e bem definido, logo abaixo, seus lábios são uma nota de suavidade em meio à severidade

ita para os ombros amplos que sugerem uma constituição robus

-marinho do cabelo de Lesus, traçam um caminho lento e deliberado até se depositarem sobre o tecido de

seguiram ao seu nascimento. A habilidade inata de Lesus para comunicar-se com tamanha fluidez, apesar de sua recente entrada no mundo, me intriga. Sua capacidade parece desafiar as normas naturais de a

olhar que é um desafio em si mesmo. Seus olhos carmesim são como duas brasas, capazes de lançar um olhar que é tanto penetrante

a escuridão de seus cabelos e a vivacidade de seus olhos, dando-lhe uma aura sombria. Um nariz reto e firme jaz no centro de sua face, abaixo

ia facial, possuí um porte franzino, cujo não é tão ameaçador quanto

é nascer? - questiono Lesus, minha voz impregnada de uma curiosidade genuína e um anseio por compreen

ilencioso ou talvez uma comunicação não-verbal entre eles. Lesus, momentaneamente distraído, sacode sua mão, enviando pequenas gotas de água em direção a Pólimos. Est

nzir de sobrancelhas adornando seu rosto. - Nã

como é a experi

m capturar a essência de uma memória fugidia. - Repentino

testa em confusão. A palavra pare

xistência. - Sim, acho que não há como descrever. Apenas... nasci. Assim como você e qual

sidade súbita. - Fomos criados pelo próprio Primordial. Nosso nome foi ele quem

existência divina pressionando meu peito. Desvio o olhar, incapaz de sustentar a visão dos deuses na

mim mesmo. A palavra sai como um suspiro, uma tentativa de compreender e aceitar minha própria essência. Esse simples mur

antasia tornada realidade. A luz refletia em sua superfície, criando um brilho que lembrava um sol miniaturizado. O objeto tinha uma forma peculiar, como um "T" e

oz vibrando com orgulho. Ele levanta o objeto com facilidade, segurando-o com uma mão, e o gira para que eu possa apreciar melhor seu

mplando a obra. - Que tal...

erum pergunta, curioso, ainda se

e "dourada". O brilho me faz pensar em

ele indaga com u

sorriso, sentindo o calor agradável de

com uma sensação de amor e alegria. - Espada - ele repete, te

tatura imponente ao meu nível. Ele gira a espada suavemente, permitindo que

s olhos fixos na espada, meu c

Não, coração. Sinto muito. É perigosa demais para alguém tão frágil como tu. Talv

! - exclamo, cerrando os punhos com força. Uma onda de emoção me envolve, l

não és. És tão grande e poderoso quanto teus irmãos, talvez até mais - diz ele, colocando uma mão reconfortante em meu ombro. Seu toque é leve, mas chei

m uma facilidade que desafia sua aparência letal. - Vamos lá. Prova-me

enso da espada. Meu coração acelera com a possibilidade de provar meu valor. - Vou pr

braços, sinto-me esmagado por sua criação. A ponta da espada crava no chão, enviando um som metálico pelo ar, eco

rosto. Ele levanta discretamente o dedo indicador, como se incitasse a

Meus braços tremem, meu rosto está banhado em suor, e preste a desistir quando, de repente, uma sensação estr

s expectativas. Meus olhos se arregalam, refletindo o espanto e a alegria que me inundam. Levanto a espada acima da cabeç

ção. Ele sabia que Zilevo era um deus promissor, mas a força necessária para erguer aquela espada era além

lava o segredo que ele guardava. Seus poderes telecinéticos haviam dado o empurrãozinho nec

eça, com vasto sorriso, não grande o sufic

uiria - proclama M

Afirmo, soltando a e

i amava o filho e o

emórias que turvam minha mente e redirecio

s têm esses no

ão escolhemos. Simplesmente temos esses no

bservo com interesse as espadas em seu colo. - E essas e

esbranquiçada, com um toque quase paternal, Lesus

e eleva, traída pela surpresa. -

em consciência - Lesus explica, estendendo

al, mas logo uma sensação estranha toma conta da minha mão. Sinto uma cãibra int

ão. A frieza súbita e penetrante se dissipa tão rápido

urpresa ainda evidente em minha

- afirma Lesus, sorrindo de forma enigmática e

s? - que

me delas - re

como se possuísse vontade própria, começa a levitar delicadamente do chão, erguendo-se e flutua

levemente, a expressão de assombro evidente em meu rosto.

us responde calmament

interrompo, impaciente, mas t

avra que eles pronunciam, cada gesto que fazem, minha desconfiança se aprofunda. Duvidando mais de que sejam realmente recém-nascidos. - Podem ser espiões de Máterum - penso

mos. Sua postura séria me intriga, e uma pergunta se forma em meus lábios:-

e encara diretamente, seu olhar ca

nossa existência foi moldada. Mas nossa consciê

emente o olhar para contemplar as palmas das minhas mãos, marc

origem (Vermo), o tempo flui diferente. Para mim, nas profundezas do oceano, for

observando que seu cabelo parou de pingar no banco. - Neste inter

cada deus, nós observamos tu

lguém com você

o consigo lembrar claramente. Estávamos juntos, mas há uma sen

não alguém? - Reflito, enquanto uma dúvida me assola: se Lesus e Pólimos

em praticamente de

ra mais aberta, sinalizando disposição para dialogar. - Não de tudo, apen

mo o

são seres vivos. Sabemos que um de

- Sabe como criar zérum? - pergunto, inclinando-me abruptamente para frente, as m

e, sua única palavra é o suficien

ipa. - Mas sabemos que Máterum está construindo uma gigantesca fortale

? - murmuro

ele a chama de Malbor

inha consciência. Envolvo-me em lembranças, afundando-me no passado,

de

e à existência de Lesus, é a materialização física de sua essência e possui uma consciência própria. Esta espada singular outorga a Lesus o domínio sobre a criocinese, permitindo-lhe manipular o frio e o gelo a seu bel-prazer. Em um cenário onde a Espada Gêmine é destruída, apenas Lesus possui a habilidade e o conhecimento necessários para reconstituí-la, um processo que, embora possível, demanda um período significativo de tempo. Um detalhe crucial sobre esta arma mística é seu efeito gradual e implacável sobre aqueles que a empunham, sem serem

O

transbordando em sua voz. - Gostaste, coração? - Pergunta, segurando um caderno rep

. Diante de mim, o esboço de Malbork, uma estrutura colossal, se revela em detalhes meticulosos. A fortaleza, desenhada com uma

rá nossa casa daqui a alguns séculos, coração! - ele declara, apontando para outros desenhos enquanto os raios

e perco em pensamentos, mal ouvindo as palavras de M

passa despercebida, evidenciada por sua presença marcada por um sorriso que esforçadamente tenta mascarar seu rancor. Se

te ajudar na criação delas? - Sua postura, embora respeitosa, revela uma impaciência

as com um toque de carinho paternal. - Quando o dia chegar, avisar-vos-ei - Ele recolhe os papé

aparência frágil, semelhante à dos irmãos, há algo nele que irradia uma força inerente, um potencial bruto e poderoso de poder

os, mas se sente subestimado e confinado às margens das criações de Máterum. Esse sentimen

ovamente nossas falhas criações, assim como fez com as anteriores - di

paciência e sabedoria paternal. - Tuas criações não são falhas, filho. Apenas eram imperfeitas. Abrangiam bel

criamos! - jogando punhados de areia ao chão em um gesto dramático. - Não há como comparar isto com isso! - Exclama, apontando para a

rmãos - Máterum responde, com uma expressão suave e compreensiva, aproxim

mim, Pai! Estou

almente aparenta ser algo pequeno e insignificante. - Levitando mais e mais grãos de areia a cada segundo. - Entretanto, f

a cúbica assustadoramente espaçosa, dominan

ra banal. Assim, não importa o que tu criarás, se não a analisares perfeitamente como ela é, eternamente criarás coisas lindas, porém julgadas como vil por ti. - explodindo a descomunal estrutura cúbica no ar e fazendo chover grãos de areia

s teimosamente se agarrassem à minha consciência, resistindo à partida. É com um esforço deliberado que me arranco do

s mãos ainda pressionando a mesa, como se buscando apoio. Lesus, surpreso com a urgência em meu tom, arregala os olhos

sa de cabelos ruivos foi c

e angústia e minha mente dispa

as mãos da mesa num movimento brusco, cada músculo do meu corpo v

embora tente manter a firmeza. Meu coração bate acel

ca, determinado a encontrar e resgata

O

adornado por grãos de areia cuidadosamente posicionados em seu centro; ergue o olhar, sua expressão marcada por uma expectativa séria

pausa, olhando nos olhos de Tanri. - Eles parecem ser recém-nascidos, mas algo não se encaixa. Há uma forte possibilidade de serem espi

- Sei que ela significa muito para você, Zilevo. Mas n

om Zulfiqar, adicionando: - Ele tem razão. Já faz semanas que

ressão pensativa, sugere: - Precisamos enviar al

r feita, Zulfiqar se adianta. - Eu irei! -

ozinho? É muito arriscado - advirto, a voz carregada de preocupação não só por Lésnar, mas também pelo bem-

u olhar é firme. - Além disso, - Ele acrescenta, lançando um olhar signific

ciosamente a situação, enquanto Theos, ainda apoiado na árvore, ma

responsabilidade de garantir a segurança dos outros também pesa sobre mim. Com um suspiro, admito a necessidade da missão de Z

ça que ele espera que seja contagiosa. Ele entende os riscos, mas sua d

e enlaçados no galho da árvore acima. - Nosso verdadeiro problema são esses dois novos deuses - sua voz carregando um tom de ser

- O que está fazendo aqui, Urum? Era para estar treinando com Críngu - exalando irritação e pre

o lado de Zulfiqar, suas palavras são diretas. - Pref

qar, interrompido por Theos

ão séria. - Se Lesus e Pólimos forem espiõ

er aliados valiosos na batalha iminente - reitero, lembrando-os do aviso de ataq

ntá-los aos outros deuses e fingir que confiamos neles. Mantendo os sempre vi

da relutantemente. - Não é o ideal, mas par

outros deuses separadamente? - Ele gesticula com as mãos para enfatizar se

Urum, ponderando as possibilidades

lham com uma intensidade que revela sua natureza estratégica, enquanto seus cabelos n

veis consequências de cada ação. - Tanri, fique responsável por Pólimos. Apresente-o a Críngu e aos outros. Theos, você fica com Lesus e o leva para conhec

teia a nuca de Urum, acompanhando o ato com um sermão em tom bai

espiando discretamente por uma pequena fresta. - Mas qual é Lesus e qual é

lhos azuis. Pólimos, os carmesins. - Em seguida, abro a porta da c

limos. Por favor, sigam meus irmãos. Eles vão lhes apresentar o acampamento. - Meu olhar se fixa n

que indicam uma comunicação não-verbal entre eles. Suas expressões permanecem neutras, mas uma l

O

ntes carregado com a tensão do desconhecido, agora parece mais leve, embora ai

á um silêncio ponderado entre nós, como se estivéssemo

ia de prontidão, como se estivesse preparado para entrar em ação a qualquer momento. Seu rosto jo

ximos passos - começo, quebrando o silêncio. - Zulfiqar, sua missão para Arcríris é vital. Precisamos saber o que aconteceu

arefa. - Sim, a furtividade é essencial. Quanto

Urum, ciente do laço que une os dois. Observo a expressão de Zulfiqar, percebendo a preocupação em seus olhos quando pensa

a complexidade dos laços. - Certamente Urum aceitará,

pilares de força, firmes e imponentes, testemunhas de incontáveis horas dedicadas a aprimorar sua força e resistência

tado em um dos intensos treinamentos com Zulfiqar. Essa cicatriz é mais do que uma lembrança de um duelo passado; é um símbolo de honra e resiliência, um lembrete constante da pr

que pretendo confiar-lhe se fortalece. Sua respiração calma e control

e, plenamente ciente de que ele é mais do que capaz de cumpri-lo. - Urum, - começo, pausando brevemente pa

familiar, um sinal de que está pronto para ouvir. - O quê? - Ele

imárium. Procure po

é assertivo, mas uma inquietação subjacente tinge suas palavras. Ele quer proteger Urum, um sentimento pat

m mim. Sou capaz - pede, um apelo por respeito e co

nfio, Urum, mas Primárium é um ninho de aliados de Máterum. Você pode ser

mãos de Zulfiqar. - Não acontecerá. Não se preocupe. - Sua resposta é t

vel. - Não há como ter certeza

voz autoritária, mas com um entendimento silencioso de que, apesar das ordens, Urum agi

que enviou Réslar e Lésnar para Primárium. Um dilema moral se agita dentro de mim, mas a urgência da situação

a a Zulfiqar. Sua postura reflete uma maturidade e seriedade que difere com sua ha

e tanto apoio quanto preocupação. - Tome cuidado também, Zilevo. Esses novos deuses

edidas necessárias - desejando que tal fato não viesse a oco

voz se torna mais baixa, como se hesitasse em expressar sua desconfiança. - Ele enviou Réslar e Lésnar sem nos consultar. Às vezes penso que ele f

nter um equilíbrio entre a lealdade e a prudência. - Sei que ele é o que mais tem razões para odiar Máterum. Mas trair a família? Isso é

de que ele vá longe demais em sua sede de vingança... - pondera Zul

o temor de estar cometendo um erro ao enviar Urum para Primárium, priorizando meus sentimentos pessoais acima de tudo. A linha e

rtir para Arcríris. - Preciso eu ir agora. Quant

e Lésnar - participa Urum que se si

ompendo o pesado ar de determinação. - Eu... o que? -

marcada pela exaustão e ferimentos. Seus passos são incertos, e seu corpo

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