As Crônicas de Marum - O Primordial
T
a vida. À terr
tom. Meus olhos fixos no deus de aspecto marítimo. Seus cabelos azul-marinho, úmi
simples mas reverbera no espaço confinado, ench
e ele e o deus ao seu lado. Uma semelhança intrínseca, embora matiz
, batucando os dedos vagarosamen
o brevemente antes de desaparecerem no tecido de suas vestes. Seu olhar desvia-se, encontrando o do deus ao seu lado, e um sorriso cúmplice e lev
veis, diverge da seriedade de Pólimos, cujos o
alça seus profundos olhos azul escuro, seu cabelo azul marinho, escuro como uma noite
é reto e bem definido, logo abaixo, seus lábios são uma nota de suavidade em meio à severidade
ita para os ombros amplos que sugerem uma constituição robus
-marinho do cabelo de Lesus, traçam um caminho lento e deliberado até se depositarem sobre o tecido de
seguiram ao seu nascimento. A habilidade inata de Lesus para comunicar-se com tamanha fluidez, apesar de sua recente entrada no mundo, me intriga. Sua capacidade parece desafiar as normas naturais de a
olhar que é um desafio em si mesmo. Seus olhos carmesim são como duas brasas, capazes de lançar um olhar que é tanto penetrante
a escuridão de seus cabelos e a vivacidade de seus olhos, dando-lhe uma aura sombria. Um nariz reto e firme jaz no centro de sua face, abaixo
ia facial, possuí um porte franzino, cujo não é tão ameaçador quanto
é nascer? - questiono Lesus, minha voz impregnada de uma curiosidade genuína e um anseio por compreen
ilencioso ou talvez uma comunicação não-verbal entre eles. Lesus, momentaneamente distraído, sacode sua mão, enviando pequenas gotas de água em direção a Pólimos. Est
nzir de sobrancelhas adornando seu rosto. - Nã
como é a experi
m capturar a essência de uma memória fugidia. - Repentino
testa em confusão. A palavra pare
xistência. - Sim, acho que não há como descrever. Apenas... nasci. Assim como você e qual
sidade súbita. - Fomos criados pelo próprio Primordial. Nosso nome foi ele quem
existência divina pressionando meu peito. Desvio o olhar, incapaz de sustentar a visão dos deuses na
mim mesmo. A palavra sai como um suspiro, uma tentativa de compreender e aceitar minha própria essência. Esse simples mur
antasia tornada realidade. A luz refletia em sua superfície, criando um brilho que lembrava um sol miniaturizado. O objeto tinha uma forma peculiar, como um "T" e
oz vibrando com orgulho. Ele levanta o objeto com facilidade, segurando-o com uma mão, e o gira para que eu possa apreciar melhor seu
mplando a obra. - Que tal...
erum pergunta, curioso, ainda se
e "dourada". O brilho me faz pensar em
ele indaga com u
sorriso, sentindo o calor agradável de
com uma sensação de amor e alegria. - Espada - ele repete, te
tatura imponente ao meu nível. Ele gira a espada suavemente, permitindo que
s olhos fixos na espada, meu c
Não, coração. Sinto muito. É perigosa demais para alguém tão frágil como tu. Talv
! - exclamo, cerrando os punhos com força. Uma onda de emoção me envolve, l
não és. És tão grande e poderoso quanto teus irmãos, talvez até mais - diz ele, colocando uma mão reconfortante em meu ombro. Seu toque é leve, mas chei
m uma facilidade que desafia sua aparência letal. - Vamos lá. Prova-me
enso da espada. Meu coração acelera com a possibilidade de provar meu valor. - Vou pr
braços, sinto-me esmagado por sua criação. A ponta da espada crava no chão, enviando um som metálico pelo ar, eco
rosto. Ele levanta discretamente o dedo indicador, como se incitasse a
Meus braços tremem, meu rosto está banhado em suor, e preste a desistir quando, de repente, uma sensação estr
s expectativas. Meus olhos se arregalam, refletindo o espanto e a alegria que me inundam. Levanto a espada acima da cabeç
ção. Ele sabia que Zilevo era um deus promissor, mas a força necessária para erguer aquela espada era além
lava o segredo que ele guardava. Seus poderes telecinéticos haviam dado o empurrãozinho nec
eça, com vasto sorriso, não grande o sufic
uiria - proclama M
Afirmo, soltando a e
i amava o filho e o
emórias que turvam minha mente e redirecio
s têm esses no
ão escolhemos. Simplesmente temos esses no
bservo com interesse as espadas em seu colo. - E essas e
esbranquiçada, com um toque quase paternal, Lesus
e eleva, traída pela surpresa. -
em consciência - Lesus explica, estendendo
al, mas logo uma sensação estranha toma conta da minha mão. Sinto uma cãibra int
ão. A frieza súbita e penetrante se dissipa tão rápido
urpresa ainda evidente em minha
- afirma Lesus, sorrindo de forma enigmática e
s? - que
me delas - re
como se possuísse vontade própria, começa a levitar delicadamente do chão, erguendo-se e flutua
levemente, a expressão de assombro evidente em meu rosto.
us responde calmament
interrompo, impaciente, mas t
avra que eles pronunciam, cada gesto que fazem, minha desconfiança se aprofunda. Duvidando mais de que sejam realmente recém-nascidos. - Podem ser espiões de Máterum - penso
mos. Sua postura séria me intriga, e uma pergunta se forma em meus lábios:-
e encara diretamente, seu olhar ca
nossa existência foi moldada. Mas nossa consciê
emente o olhar para contemplar as palmas das minhas mãos, marc
origem (Vermo), o tempo flui diferente. Para mim, nas profundezas do oceano, for
observando que seu cabelo parou de pingar no banco. - Neste inter
cada deus, nós observamos tu
lguém com você
o consigo lembrar claramente. Estávamos juntos, mas há uma sen
não alguém? - Reflito, enquanto uma dúvida me assola: se Lesus e Pólimos
em praticamente de
ra mais aberta, sinalizando disposição para dialogar. - Não de tudo, apen
mo o
são seres vivos. Sabemos que um de
- Sabe como criar zérum? - pergunto, inclinando-me abruptamente para frente, as m
e, sua única palavra é o suficien
ipa. - Mas sabemos que Máterum está construindo uma gigantesca fortale
? - murmuro
ele a chama de Malbor
inha consciência. Envolvo-me em lembranças, afundando-me no passado,
de
e à existência de Lesus, é a materialização física de sua essência e possui uma consciência própria. Esta espada singular outorga a Lesus o domínio sobre a criocinese, permitindo-lhe manipular o frio e o gelo a seu bel-prazer. Em um cenário onde a Espada Gêmine é destruída, apenas Lesus possui a habilidade e o conhecimento necessários para reconstituí-la, um processo que, embora possível, demanda um período significativo de tempo. Um detalhe crucial sobre esta arma mística é seu efeito gradual e implacável sobre aqueles que a empunham, sem serem
O
transbordando em sua voz. - Gostaste, coração? - Pergunta, segurando um caderno rep
. Diante de mim, o esboço de Malbork, uma estrutura colossal, se revela em detalhes meticulosos. A fortaleza, desenhada com uma
rá nossa casa daqui a alguns séculos, coração! - ele declara, apontando para outros desenhos enquanto os raios
e perco em pensamentos, mal ouvindo as palavras de M
passa despercebida, evidenciada por sua presença marcada por um sorriso que esforçadamente tenta mascarar seu rancor. Se
te ajudar na criação delas? - Sua postura, embora respeitosa, revela uma impaciência
as com um toque de carinho paternal. - Quando o dia chegar, avisar-vos-ei - Ele recolhe os papé
aparência frágil, semelhante à dos irmãos, há algo nele que irradia uma força inerente, um potencial bruto e poderoso de poder
os, mas se sente subestimado e confinado às margens das criações de Máterum. Esse sentimen
ovamente nossas falhas criações, assim como fez com as anteriores - di
paciência e sabedoria paternal. - Tuas criações não são falhas, filho. Apenas eram imperfeitas. Abrangiam bel
criamos! - jogando punhados de areia ao chão em um gesto dramático. - Não há como comparar isto com isso! - Exclama, apontando para a
rmãos - Máterum responde, com uma expressão suave e compreensiva, aproxim
mim, Pai! Estou
almente aparenta ser algo pequeno e insignificante. - Levitando mais e mais grãos de areia a cada segundo. - Entretanto, f
a cúbica assustadoramente espaçosa, dominan
ra banal. Assim, não importa o que tu criarás, se não a analisares perfeitamente como ela é, eternamente criarás coisas lindas, porém julgadas como vil por ti. - explodindo a descomunal estrutura cúbica no ar e fazendo chover grãos de areia
s teimosamente se agarrassem à minha consciência, resistindo à partida. É com um esforço deliberado que me arranco do
s mãos ainda pressionando a mesa, como se buscando apoio. Lesus, surpreso com a urgência em meu tom, arregala os olhos
sa de cabelos ruivos foi c
e angústia e minha mente dispa
as mãos da mesa num movimento brusco, cada músculo do meu corpo v
embora tente manter a firmeza. Meu coração bate acel
ca, determinado a encontrar e resgata
O
adornado por grãos de areia cuidadosamente posicionados em seu centro; ergue o olhar, sua expressão marcada por uma expectativa séria
pausa, olhando nos olhos de Tanri. - Eles parecem ser recém-nascidos, mas algo não se encaixa. Há uma forte possibilidade de serem espi
- Sei que ela significa muito para você, Zilevo. Mas n
om Zulfiqar, adicionando: - Ele tem razão. Já faz semanas que
ressão pensativa, sugere: - Precisamos enviar al
r feita, Zulfiqar se adianta. - Eu irei! -
ozinho? É muito arriscado - advirto, a voz carregada de preocupação não só por Lésnar, mas também pelo bem-
u olhar é firme. - Além disso, - Ele acrescenta, lançando um olhar signific
ciosamente a situação, enquanto Theos, ainda apoiado na árvore, ma
responsabilidade de garantir a segurança dos outros também pesa sobre mim. Com um suspiro, admito a necessidade da missão de Z
ça que ele espera que seja contagiosa. Ele entende os riscos, mas sua d
e enlaçados no galho da árvore acima. - Nosso verdadeiro problema são esses dois novos deuses - sua voz carregando um tom de ser
- O que está fazendo aqui, Urum? Era para estar treinando com Críngu - exalando irritação e pre
o lado de Zulfiqar, suas palavras são diretas. - Pref
qar, interrompido por Theos
ão séria. - Se Lesus e Pólimos forem espiõ
er aliados valiosos na batalha iminente - reitero, lembrando-os do aviso de ataq
ntá-los aos outros deuses e fingir que confiamos neles. Mantendo os sempre vi
da relutantemente. - Não é o ideal, mas par
outros deuses separadamente? - Ele gesticula com as mãos para enfatizar se
Urum, ponderando as possibilidades
lham com uma intensidade que revela sua natureza estratégica, enquanto seus cabelos n
veis consequências de cada ação. - Tanri, fique responsável por Pólimos. Apresente-o a Críngu e aos outros. Theos, você fica com Lesus e o leva para conhec
teia a nuca de Urum, acompanhando o ato com um sermão em tom bai
espiando discretamente por uma pequena fresta. - Mas qual é Lesus e qual é
lhos azuis. Pólimos, os carmesins. - Em seguida, abro a porta da c
limos. Por favor, sigam meus irmãos. Eles vão lhes apresentar o acampamento. - Meu olhar se fixa n
que indicam uma comunicação não-verbal entre eles. Suas expressões permanecem neutras, mas uma l
O
ntes carregado com a tensão do desconhecido, agora parece mais leve, embora ai
á um silêncio ponderado entre nós, como se estivéssemo
ia de prontidão, como se estivesse preparado para entrar em ação a qualquer momento. Seu rosto jo
ximos passos - começo, quebrando o silêncio. - Zulfiqar, sua missão para Arcríris é vital. Precisamos saber o que aconteceu
arefa. - Sim, a furtividade é essencial. Quanto
Urum, ciente do laço que une os dois. Observo a expressão de Zulfiqar, percebendo a preocupação em seus olhos quando pensa
a complexidade dos laços. - Certamente Urum aceitará,
pilares de força, firmes e imponentes, testemunhas de incontáveis horas dedicadas a aprimorar sua força e resistência
tado em um dos intensos treinamentos com Zulfiqar. Essa cicatriz é mais do que uma lembrança de um duelo passado; é um símbolo de honra e resiliência, um lembrete constante da pr
que pretendo confiar-lhe se fortalece. Sua respiração calma e control
e, plenamente ciente de que ele é mais do que capaz de cumpri-lo. - Urum, - começo, pausando brevemente pa
familiar, um sinal de que está pronto para ouvir. - O quê? - Ele
imárium. Procure po
é assertivo, mas uma inquietação subjacente tinge suas palavras. Ele quer proteger Urum, um sentimento pat
m mim. Sou capaz - pede, um apelo por respeito e co
nfio, Urum, mas Primárium é um ninho de aliados de Máterum. Você pode ser
mãos de Zulfiqar. - Não acontecerá. Não se preocupe. - Sua resposta é t
vel. - Não há como ter certeza
voz autoritária, mas com um entendimento silencioso de que, apesar das ordens, Urum agi
que enviou Réslar e Lésnar para Primárium. Um dilema moral se agita dentro de mim, mas a urgência da situação
a a Zulfiqar. Sua postura reflete uma maturidade e seriedade que difere com sua ha
e tanto apoio quanto preocupação. - Tome cuidado também, Zilevo. Esses novos deuses
edidas necessárias - desejando que tal fato não viesse a oco
voz se torna mais baixa, como se hesitasse em expressar sua desconfiança. - Ele enviou Réslar e Lésnar sem nos consultar. Às vezes penso que ele f
nter um equilíbrio entre a lealdade e a prudência. - Sei que ele é o que mais tem razões para odiar Máterum. Mas trair a família? Isso é
de que ele vá longe demais em sua sede de vingança... - pondera Zul
o temor de estar cometendo um erro ao enviar Urum para Primárium, priorizando meus sentimentos pessoais acima de tudo. A linha e
rtir para Arcríris. - Preciso eu ir agora. Quant
e Lésnar - participa Urum que se si
ompendo o pesado ar de determinação. - Eu... o que? -
marcada pela exaustão e ferimentos. Seus passos são incertos, e seu corpo