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As Crônicas de Marum - O Primordial

Capítulo 6 O Vazio do Universo

Palavras: 5082    |    Lançado em: 03/01/2024

T

gível é o som, um caos ensurdecedor de vozes, choros e sussurros que ecoam do além, tão íntimos aos ouvidos que se tornam gritos. Imagens tumultuadas in

desespero e fadiga, gritando enquanto empunha uma grandiosa espada dour

medo e asfixia, suplica por socorro, suas palavras

sua arma no chão com um som metálico ressonante, quase q

a profunda e dilacerante enquanto segura sua amada nos

vem e me consomem. A cacofonia se torna insuportável, e num impulso desesperado, clamo ao va

rea sussurra diretamente em minha mente, uma palavra

ntando compreender o si

te, um silêncio sepulcral se instala. Observo, então, com fascínio e cautela, uma névoa avermelhad

nto ao vazio, intrigado por

omo um sussurro.

ente de compreender minha própria existência neste lug

de grãos vermelhos jazem espalhados, como se o chão estivesse coberto por rubis diminutos. Levando a mão à testa para

elodia distante e enigmática de

horizonte até que algo chama minha atenção. Ergu

e, percebo um ser de aparência extraordinária, com cabelos loiros que se destacam vivamente contra o vermelh

resposta em um su

rada. Seu apelo silencioso me atinge profundamente, despertando em mim um sentimento de compaixão

enterrado na verme

m minha consciência, como se um véu fosse retirado dos meus olhos

mpedido pela ausência de um corpo físico. Sinto uma frustração intensa e desoladora por não poder intervir. De r

nco rochas redondas colossais que se destacam no horizont

o é sucinta e enig

ental está prestes a acontecer. E acontece. Sem aviso, um dos planetas explode em uma conflagração apocalíptica, enviando uma onda de fogo em minha

tante do Vazio está ausente, deixando-me com uma sensação de isolamento profundo

eles, transmitindo uma intensidade emocional avassaladora. Surge em mim um desejo profundo de alcançar esses

desdobra diante de mim, um lugar que parece ser a própria personificação das trevas e do desespero. A atmosfera infestada com uma malignidade emanada de uma figura caída no

essência incorpórea quando percebo que seu olhar está fixo em mim, penetrando as sombras para alcançar minha consciência. A criatur

inimaginável. É como se cada fragmento do meu ser estivesse clamando em desespero para fugir dessa visão maca

i, antes que eu mate vocês! - A voz parece vir das profundezas de um abismo sem fim. Repleta de uma prom

dão asfixiante que essa criatura representa. Porém, antes que eu possa reunir a coragem necessária para enfre

tura sombria ainda me acompanha, como uma sombra persistente em minha mente. Cada detalhe do novo cenário, cada pétala delicada das flores que me cercam, é exami

que se revela diante de mim. As cores vibrantes das rosas e orquídeas, as nuances exuberantes da vegetação, e a harmonia sublime

eira preta, coberta de sangue coagulado, solitária no chão. Ela atesta a violência que uma vez perturbou a paz deste lugar. Esse o

mais atentamente os arredores, examinando cada detalhe em busca de pistas. O silênc

ergunto, buscando respostas

os, captando a atmosfera carregada de tensão e o odor do sangue seco que paira no ar. Mas antes que eu possa tent

se cenário inquietante e transportado p

usa deitada. Seus cabelos ruivos, derramados sobre a tábua de madeira escura

é perturbadora, uma quietude que parece gritar um triste epílogo. - Ela está morta? - pe

cortando através da imensidão silenciosa: - Sim. - A palavra atinge minha ess

e a mão dela, a cabeça pressionada na barriga da deusa, comunica uma perda inimaginável. Seu lamento: - Eu sinto muito! Sint

eu rosto, marcado por pequenas e delicadas manchas, remete a um céu noturno estrelado. Es

sa processar completamente a magnitude daquela perda, o Vazio

drasticamente diferente. Encontro-me agora em um deserto ensolarado. O contraste brusco entre a

marcante com o intenso lilás de seus olhos. Seus cabelos castanho-escuros, cortados de maneira precisa, emolduram um rosto simétrico. O nariz, sucinto e discretamen

nuação é clara e desconcertante; ele sugere que eu seja esse deus misterioso. - Daqui em diante, serás enviado a Mar

tender. - Mas, quem é você? - As palavras mal escapam, uma parte de mim parece fundir-se

mudanças. Ao despertar, a lembrança da resposta desvanece, deixando apenas a sensação de u

O

m cada linha do seu corpo esbelto, marcado por uma musculatura bem definida. Seu rosto, traços fortes e delicados coexistem em equilíbrio. O queixo é suave, mas firme. Seu nariz tem um contorno elegante, bem definido, que harmoniza com o resto de

os e vívidos, transmitindo uma intensidade que me prende. Eles são acentuados e vívidos, marcantes sob g

do o olhar penetrante que parece me estudar. Suas orelhas são pequenas e próximo ao seu olho direito, uma pequena pinta acres

cê? - Inter

usa mais de perto enquanto me ergo, notando a perfeição do seu torso, um exemplo de beleza, com músculos abdominais discretamente marcados. A cintura é firme, fluindo em linhas que

- indago, esquecend

té os ombros, com pontas ainda mais reluzentes. Uma barba bem aparada adorna seu queixo forte, emoldurando um rosto musculoso e angular. Seus traços, fortes e definidos, incluem um nariz achatado e

ascer" - comenta o deus, com um olhar perspica

as, cortantes como as adagas de cristal arcririsiano prateado que ela segura firmemente em cada mão. As lâminas, com suas curvas ele

vel e sereno, transmite uma calma calculada, contrastando fortemente com a impaciência fervente da deusa. Ele fala com uma voz tranquila, porém firme: - Você deveria ser menos i

ortuna, bem no momento em que estamos vulneráveis? É muita coincidência, Ézus. Não podemos simplesmente ignorar que ele seja uma ameaç

Dynes, entendo sua preocupação, e concordo com sua cautela. Mas eliminar um deus, assim sem mais nem menos? Se estiver sendo

uma determinação feroz. Em minha mente, as dúvidas giram: - Dynes pensa que sou um espião dos deuses renegados. Mas por que ela desconfia d

: - Não temos tempo para investigações demoradas! Podemos acabar nos ar

para impedir que ela ataque, e a encarando com seriedade. Seus olhos se encontram, e neles, Ézus revela uma compreensão profunda da sit

do seu rosto, mas aos poucos sua expressão se suaviza. Há uma r

postura firme e palavras sinceras, devo conseguir dissipar as

r minha honestidade. - Entendo suas preocupações e suas suspeitas. Mas eu juro a você, não tenho conexão com esses deu

que minhas palavras sej

as peço que você considere todas as possibilidades antes de tirar conclusões precipitadas. Sei que é difícil conf

iluminam com uma expressão travessa. Seu sorriso malicioso desabrocha, quebrando a tensão que nos envolvia. Com uma leveza quase teatral, ela relaxa a postura, o corpo todo ex

interrompo seu divertimento com um

uma familiaridade descontraída. Sua voz descontraída enquanto ela brinca: - Você acredita que esse grandão

- começo, ainda

edida. - Tudo isso foi uma encenação. Eu sabia que você não era um espião. Apostei com Ézus que poderia provar isso - Ela faz uma paus

achar ter persuadido Dynes, agora se transforma numa m

ascido, ganhei o direito de fazer mais patrulhas. - Sua express

o, a postura de um deus que não é tão benevolente quanto parecia. Seus olhos, antes calmamente analíticos, agora queimam com uma intensidade que revela uma natu

Vou considerar suas palavras. Mas fique avisado, estaremos de olho em você. Qualquer si

, eu apena

slumbre de alívio em sua voz quando ele acrescenta: - De qualquer maneira, estou aliviado que minha des

é o seu nome? - Ela pergunta, curiosi

tentando compreender tod

ynes indaga, seus olhos cor de me

aqui - Minha resposta é sincera, acomp

e saiu muito bem sob pressão. Sua sinceridade foi convincente - ela admite, seu tom transmitindo uma mistura de aprov

assuntos mais sérios - Ézus interrompe, retomando sua seriedade.

, seu entusiasmo evidente enquanto dá um leve tapa amigável em minhas co

complexidades deste novo mundo. Entretanto, Ézus, com um tom de voz que reflete uma consideração repentina, interrompe nossos passos. -

sto se ilumina com o sorriso triunfante, e seus olhos brilham com um entusiasmo renov

á-lo ao nosso lar. É importante que você comece a entender o nosso mundo

os, deixando Dy

O

o da estrutura que se ergue diante de nós, imponente como uma montanha tocando os cé

nte, mas com um toque de orgulho na voz, nota

ussurro reverente, enquanto tento absor

ontro uma criatura minúscula, com asas delicadamente coloridas, pousada al

nto a criatura se move gentilmente sobre meu

amos - responde olhand

plico. Sentindo a suavidade de suas asas vibrantes e o leve bater del

a construção do castelo. - Explica ele com um sorriso amável, uma expressão que suaviza suas feições normalmente sérias. - Chamamos esse inseto específico

formando um pequeno balé no ar antes de se dirigir para o alto do castelo. Seguindo seu voo,

para a figura solitária contra o vasto c

olhos seguindo a minha indicação até a figura no topo do castelo. Há um brilho de resp

a, enquanto observo a silhueta distante de Córpulus, tenta

momento. - Líder? Haha! Não, Void, nós não temos um líder. - Sua mão encontra meu ombro em um gesto fraterno, apertando suav

icia suavemente sua barba. - Somente ele se alegra mais que nós com o nascimento de novos deuses. É meio ób

tivo, Ézus indica que eu o

O

apturada pela presença de uma deusa de pele negra, cujos cabelos plat

ligeiramente em um sinal de respeito silencioso; e um nariz miúdo, perfeitamente esculpido, dando-lhe uma aparência quase nobre. As ore

telo. Transmitindo imponência em cada aspecto de sua aparência. Seu olhar penetrante, sua postu

nte, move-se graciosamente para nos receber. Sua voz, surpreendentemente suave e melod

degraus. - Por qual motivo, Muntera? Tenho em minha companhia um recém-nascido - ele argu

- Com certeza gostará, mas não agora - ela afirma, a autoridade em sua voz inquest

é alguém para se desafiar

espeito mútuo. Ézus, apesar de sua estatura e autoridade, aceita a decisão de Muntera com um respeito silencioso, evidenciando o alto status dela

minha direção. - Pelo visto teremos que esperar - ele murmura, uma nota de desapontamento sutil pe

rãos de areia, fecho os olhos por um instante

e entusiasmo. - Que tal ver os calabouços? Há algo... ou melhor

esa. - Prisioneiro? - pergunto, meu

de emoção complexa, uma mistura de ressentimento e uma tristeza subjugada. - Moam o capturou recentemente durante sua missão - sua voz com uma nota

a espera. Calabouço, lar onde sua alma descansará. O sangue que cura

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