Ladar - Sangue & Sacrifício - Série a Ascensão dos Heróis - Livro 1
cio inevitável da noite que se aproximava, trazendo consigo seus próprios pesadelos. Duas semanas haviam se passado desde que ele retornara dos mortos, o ferimento em seu pescoço agora
se guardião não era apenas um mero acompanhante, mas um espião leal ao Alto Rei, incumbido de relatar cada um de seus movimentos, cad
e tamanhos ancoravam nas docas, suas velas enfunadas e os cascos batendo suavemente contra os pilares de madeira escurecidos pelo tempo e pela água s
das puxadas pelos estivadores. Barracas improvisadas vendiam de tudo, desde especiarias exóticas até armas finamente fo
os às exigências implacáveis de suas vidas. Eles trocavam histórias de tempestades e monstros marinhos, seus rosto
s de vidro vazando pelas portas e janelas abertas. A luz amarela e quente escapava para as ruas,
mercadorias preciosas e protegendo-as dos olhos curiosos e das mãos ágeis dos ladrões. Guardas patrulhavam
ar com a maré e onde o destino de muitos era selado pelas mãos calejadas dos marinheiros. Calum encarava um navio em particular, o maior de todos, ancorado a uns duzentos metros do porto. Era a embarcação real. Seus braços cruzados, ele observav
mais próximas, eram raros. Calum achava todos os Duäles idênticos, assim como os Eervales. A mesma fisionomia esculpida sob medida, o olhar azulado como os céus de verão, a pele branca com lábios avermel
u nome? - e
, meu
empre rápido nas respostas
o rei quando me deixar
o engoli
verd
dade seria
to Rei saberá
do do rapaz. Admirou o ângulo perfeito do rosto e os cabelos, fios brancos como veios de prata derretida e exposta ao calor,
le é? O
ência ou
duas
sseguiu. - Se um dos famintos for Duäle e o outro um Gwin, ele enviará o Duäle para as academias, dará um ótimo salário para ele começar a v
estudou
is famintos
e não produzem, não enriquecem o reino. Se
orceu o
ado assentiu. - Do lugar de onde venho, Cole, a amizade é um laço digno de amor. Duas pessoas podem ser mais que amigos, ch
ez, o soldado d
tornaram Rowan I Ablasak rei. Sonhos estão tornando-o um pouco lunático. Sua presença é uma afronta ao governo de Rowan e quanto mais per
todos os tamanhos e formatos, desde pequenos barcos de pesca até majestosas caravelas de velas enfunadas. A madeira das do
ores descarregavam de seus porões. Estivadores suados e musculosos trabalhavam incansavelmente, suas vozes mesclada
s e utilitárias. Os homens do mar, com suas peles curtidas pelo sol e suas roupas surradas, moviam-se com a confiança de quem já enfrentou tempestades e saído vito
riando reflexos que pareciam fantasmas dos navios que já haviam partido. Na taverna mais próxima, o som de música e risadas
idos por guardas vigilantes que patrulhavam com espadas à cintura e olhos atentos. Ca
dada, urdida com os fios do destino e da vontade humana. Ali, no coração pulsante do comércio, Calum sentia a magnitude da vida, com todas as suas complexidades e desafio
entes, feitas de pedra cinzenta, adornadas com tapeçarias ricamente bordadas que retratavam batalhas antigas, conquistas gloriosas e os símbolos das grandes
as eram de figuras imponentes, com expressões severas e armas em punho, enquanto outras eram mais delicadas, retratando belas damas em pos
suas longos vestidos e corpetes ajustados, riam e cochichavam em grupos, suas vozes um murmúrio suave como o vento através das folhas. Os nobr
lhos atentos a qualquer sinal de perigo. As plumas em seus capacetes balançavam ligeiramente a cada movimento, e suas espadas e lançasmpunhadura de sua espada, os olhos varrendo o ambiente com a vigilância de um falcão. Seu elmo sob o braço deixava à mostra os cabelos prateados, refletindo a luz da
abobadado. Aqui, o movimento era ainda mais intenso. Servos apressados carregavam bandejas de prata e cestos de flores, preparando o s
es e feito alianças complexas. Ele trocou um olhar rápido com Cole, percebendo a determinação nos olhos do jovem soldado. Eram tempos de incerteza e perigo, mas também de op
aposento luxuosamente mobiliado. O interior era aquecido pela luz suave de várias velas espalhadas pela sala
, segurando a porta abert
rar para Cole. O soldado fechou a porta atrás de s
lum, analisando o jovem soldado. - Est
cabeça, os olhos
servir-lhe. Fiz um juramento de
ouvesse uma sombra de
lidade. O rei confia em você para me vigiar, p
senhor - respondeu Cole, a d
vem soldado, estudando o
acredita que sou uma
dade ao rei e a honestidade travand
enhor. Não cabe a mim
mente, apreciando a
rem injustas? Se o
velmente desconfortável c
senhor. Suas ordens s
iro, um misto de fru
e, Cole, que a lealdade cega pode
u em silêncio, os o
s há coisas que precisam ser ditas, coisas que precisam ser questionadas. O re
anteve-se em silêncio, abso
não vai? - perguntou Calum, um sor
ass
. Devo ser honest
de Cole, sentindo a tensão
ole. Pense no que é justo, no que é certo. A
, a expressão de confli
essário para proteger
para trás, soltan
ê, Cole. Não apenas como soldado, mas como um hom
ma reverên
ado, me
er ainda mais longa. Descanse enquanto pode - di
a matar e morrer pelo senhor, apesar de não ter apreço por sua pessoa, sou honrado, então a minha espertina vai co
do dia. O banheiro era um santuário de luxo, iluminado por candelabros de prata cujas chamas dançavam suavemente nas paredes d
grande o suficiente para acomodar dois homens confortavelmente, cheia de água morna que exalava um vapor convidativo. O aroma das essências adicionadas à á
rabalhados, contendo óleos perfumados e sais de banho. Toalhas de linho macio e robes de seda
sua espada, colocando-o cuidadosamente de lado. Em seguida, removeu a túnica e as calças, deixando-as dobradas s
anheiro. A tensão começou a se dissolver enquanto ele contemplava a água morna que o aguardava. Lentamente, ele en
almando sua mente atribulada. Ele fechou os olhos, deixando-se afundar um pouco mais, até que a água cobriu seus ombro
em. O murmúrio suave da água, o aroma das essências e o toque suave das pétalas de rosa contra sua
ua pele, sentindo o calor e o aroma calmante se espalharem. Cada movimento era deliberado e cuidadoso, uma
ade, lembrando de Enya e da paz nas Montanhas de Viseu. A água, agora um pouco mais fria, ainda o mantinha em seu abraço confortante, mas
a pele. Cada movimento era lento, um ritual de auto-cuidado que ele raramente se permitia.
s também parte do peso que carregava em sua alma. Preparado para o que viesse a seguir, ele retornou ao seu
lhada com intrincados detalhes dourados, ele a abriu com um puxão firme. Cole, o soldado juramentado, manteve-se estático, seu corpo robusto e musculoso apo
regava uma bandeja de prata com uma refeição fumegante, enquanto a outra equilibrava uma jarra de vinho e taças do mesmo material brilhante. A
nunciou uma delas com voz baix
rroz macio e um patê exótico. Ele vislumbrou o vinho na jarra, seu aroma robusto já impregnando o ar. Com um movimento casual, ajusto
que tremiam visivelmente, seus rostos pálidos e nervosos, a porta entreaberta
, os cabelos dourados escon
o para alternar os turnos - disse a mais nova, sua
ado. Calum dirigiu-se à cama, onde roupas de dormir estavam cuidadosamente dobradas. Um conjunto preto, com calças de linho e uma camisa de
sua voz carregada de au
enquanto entrava no quarto. Ele olhou ao redor, seus olhos registrando cada detalhe
ome? - quest
uma expressão de lealdad
o, s
oçou
m, s
. Livre-se da espada e da lança, não será necessário - asseverou Calum, seu tom firme mas n
duas taças de prata, entregando uma a Cole enquanto ambos se preparavam para compartilhar a refeição. Cole aceitou a taça de prata com um aceno respeitoso. Os olhos de Calum estudavam-no com a mesma intensidad
ua voz suave mas com uma nota de c
gunta. - Tranquilo, senhor. Nenhuma ameaça à
e, seus olhos cintilando
nca subestime a quietude. Muitas
e estudou o homem à sua frente, notando as linhas finas ao redor dos ol
rta, senhor.
, seu tom mais leve agora. - Mas mesmo os mais
u lentamente, apreciando o sabor robusto que contrastava com a vida austera de um soldado.
le - perguntou Calum, repentinam
os por um instante
us pais eram camponeses. Trabalharam a terra tod
speitando o passad
Ainda estã
á lá, cuidada por meus irmãos mais novos - respondeu
e Calum com sinceridade. - Dev
um gole de vinho para mascar
Protejo Azaban para que outras
eus olhos fixando-se nos de Cole
. Sua lealdade é uma das pedras angulares dest
, emocionado pelas p
nhor. Isso signifi
feição sendo apreciada. Calum, sentindo a tensão diminuir, permitiu-se relaxar um po
ntes. Nunca se sabe quando o perigo pode surgir, mesmo nas n
senhor - repetiu C
m so
a de viver. A lealdade e a vigilância são importa
s palavras, percebendo a
mos nossos corações e emoções. Você aprenderá isso na escuridão do dever quando o rei convocá-lo