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Não existe fim

Capítulo 3 2

Palavras: 2986    |    Lançado em: 27/10/2021

do filho, por entrar em um negócio sem dinheiro algum e ganhar uma rentabilidade tão rápida. Para Olavo, tudo aquilo não passava de negócios. Eduardo não pensava diferente, afinal ele seria o b

nina sacolejou inutilmente a sua protetora. - Ela está nos deixando, Nandinha. Minha Bell está indo embora. - Lamentava o marido em desespero. - Não, madrinha! Por favor, não me deixe, eu preciso de você! - Meu amor, eu estou indo feliz, pois cuidei de você e sei que estará bem de agora em diante. - respondeu a debilitada, num fio de voz. - Madrinha, por favor, não me deixe! Maria Fernanda chorava em desespero no momento em que Giovane, juntamente com Eduardo, entrou pela porta do escritório. - Minha mãe, não vá, eu ainda preciso de você. - Giovane chorou feito uma criança. - Cuide de seu pai e de sua irmã, meu menino, e se cuide também. Você foi o filho que nunca pude ter, mas que os céus me presentearam. Eu amo vocês, nunca se esqueçam disso. - Por favor, madrinha, eu preciso de você! - Maria Fernanda implorou. - Eduardo, venha aqui, meu filho. - A mulher, quase sem forças, esticou a mão para ele. - Vem se juntar com Maria Fernanda e Giovane. - Oi, minha tia? - Meio perdido, Eduardo fixou o olhar na mão da mulher, que segurava a sua sem forças. - Prometa que vai cuidar dela, prometa que vai fazer a Nandinha feliz... Eduardo se viu em uma situação difícil. Sua tia distante estava implorando pela proteção da afilhada e ele sabia que não teria qualquer relação com a esposa. Nunca se sentiria responsável por ela, mas não negaria um pedido de uma pessoa à beira da morte, ainda mais se ela não estivesse mais presente para vê-lo cumprir a promessa. - Eu cuidarei dela, minha tia, sempre terá o meu cuidado e proteção - prometeu, incomodado com a grandiosidade de suas palavras. *** Uma semana se passou desde que Izabelle se fora. O coração de Maria Fernanda doía por saber que agora iria para a casa do homem com quem se casou, mais cedo do que pretendia. - Promete que vai me visitar, Giovane? Promete! - Ela segurou o rosto do amigo com as mãos. - Eu nunca te deixarei minha bonequinha linda. Qualquer coisa, você liga, que eu bato lá na sua casa em dois tempos. - Eu te amo, Giovane. - Eu também te amo, Nandinha, e sempre vou amar. Giovane tinha convicção na sua fala. Tinha certeza de que sempre amou Maria Fernanda e que nunca nenhuma outra mulher despertaria algo assim em seu coração. - Vamos! - pigarreou Eduardo nas costas de Maria Fernanda. - Ele precisava manter sua postura de bom marido na frente de Giovane e do pai. - Se eu souber que você não está cuidando dela, vou buscá-la, está me ouvindo? - Giovane apontou o dedo a centímetros do rosto de Eduardo. - Se tem uma coisa que eu sempre soube fazer é cuidar de uma mulher. - Eduardo tocou a cintura de Maria Fernanda em provocação. - Vamos! - Segurou a mão dela. Eduardo já havia percebido no olhar de Giovane que o sentimento dele pela jovem não era só amizade. Sabia do interesse do rapaz e teve um leve palpite de problemas futuros. Maria Fernanda segurou o pescoço de Giovane e o abraçou mesmo sob a posse do marido. - Vamos, menina, o caminho é longo. Giovane o olhou com ódio, mas Eduardo não se incomodou e puxou-a na direção do carro, onde seu pai já estava os esperando. O amigo, Sergio, tinha voltado para a cidade no dia seguinte do casamento. *** A viagem havia sido longa, Maria Fernanda ficou encolhida no banco de trás da caminhonete durante todo o percurso, e ali chorou baixo até adormecer. - Ei, acorde. Acabamos de chegar. - Eduardo balançou o corpo adormecido de Maria Fernanda no banco traseiro do carro, entretanto, ela não acordou de imediato. - Vamos ferinha, levante. - Balançou o rosto dela de um lado a outro. - Como pode ter a pele tão macia, menina? Mas que diabos eu estou... ACORDE! - gritou. Maria Fernanda arregalou os olhos e se encolheu no banco. Eduardo respirou sem paciência. - Saia daí. Chegamos e eu não tenho o dia todo para perder com você. Ele abandonou o carro e caminhou na direção da casa. Maria Fernanda caminhou pelo jardim da casa de pintura amarela, ainda sonolenta. Passou pela porta esfregando os olhos. - E você, quem é minha jovem? - Uma mulher que aparentava ter em torno de quarenta e cinco anos estava na sala recebendo os patrões. - Boa tarde, sou Maria Fernanda. - A garota analisou cada canto da casa para saciar a sua curiosidade. - Você veio com o senhor Olavo e o Eduardo? - Eu me casei com o senhor Eduardo na semana passada. - Ainda estava olhando o interior da casa. - Com o Eduardo? Então, aquela conversa que a Suelen ouviu era verdade? - meditou a mulher sobre o que ouviu na cozinha de uma das arrumadeiras da casa. - A senhora trabalha aqui ou é parente dele? - Enfim ela olhou para o rosto da negra. - Me chamo Antonieta, e sou a governanta e cozinheira da casa. Você é muito nova, minha filha, não deveria estar se casando e sim estudando. Ainda mais com o Edu. - Foi o desejo da minha madrinha. Maria Fernanda se aproximou dos porta-retratos na bancada, e olhou tudo com muita curiosidade. - E você não poderia ter negado? - Não era de se estranhar a preocupação evidente da jovem senhora. Afinal, ela sabia a vida de boêmio que Eduardo levava. - Não poderia ir contra um pedido da mulher que tanto cuidou de mim. - Maria Fernanda seguiu em direção à cozinha analisando tudo o que via pelo caminho. - Está com fome? - Um pouco. - O olhar dela estava na pintura artística na parede - É uma réplica perfeita de "A Última ceia"[1]. - A

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