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Não existe fim

Capítulo 8 .

Palavras: 2770    |    Lançado em: 27/10/2021

ueça qualquer namorico bobo que teve antes de mim, ou você acha que me engana com esse papo de irmãos? - Por alguma razão, ele estava furioso. - Se duvidar, andavam mesmo era

. Peguei uma ligação dela para o caipira. Eles estão tramando uma fuga. - Eduardo afrouxou o nó da gravata e sentou em sua cadeira. - Se ela for, já era não é? - Ela não vai. E você vai me ajudar. Comece falando algo que eu poderia dar de presente a ela. - Uma joia? Bolsa de marca? - Pense como se você fosse presentear. Você é todo "frufru", deve pensar em algo que agrade a pirralha. - Perfume? - Ela tem mais perfume que a própria perfumaria - Eduardo falou sem paciência. - Um vestido bem sexy? - Algo para me aproximar. - Você quer conquistar e não seduzir? - Sim, conquistar. Eu sei prender uma mulher na cama, mas aquela lá é diferente, deve ser toda cheia de sentimentalismo bobo. - Então, compra uma coisa fofa. Mulheres românticas gostam de coisas fofas. - Boa, uma coisa fofa seria ideal. - Eduardo apontou a caneta para o amigo. - Mas o que seria uma coisa fofa? - Cara, você não quer me deixar conquistar a menina? Isso não vai funcionar com você, irmão. Você é um cavalo, Edu. Ela pode fugir mais rápido. Efeito reverso. - Minha pirralha, minha empresa. Deixo qualquer mulher aos meus pés, não vai ser diferente com ela. Só preciso de uma aproximação sutil. Vou comprar algo... fofo. E você, tire o olho dela. Preciso mantê-la em casa por muito tempo. - Cara, a menina é virgem, você é muito bruto, vai acabar com ela. Deixa comigo eu sei fazer isso. - Volte ao trabalho e não se meta com minha mulher. *** Maria Fernanda tinha um jeito tímido, mas não se encolhia no seu mundo. Pela primeira vez em uma escola de verdade, fez amizade com alguns alunos e, como toda aluna nova de uma escola no meio do ano letivo, foi alvo dos olhares masculinos. Soube a intenção de cada um que a cumprimentou. Estava se tornando adulta, não se deixaria levar por cantadas adolescentes. - Como é morar em uma fazenda, Fernanda? - Thiago, um taiwanês que estudava na mesma turma em que ela foi inserida, estava encantado com a beleza da jovem de sorriso tímido. - Lá na fazenda é muito bom. Nadar no riacho, comer frutas direto do pé, respirar o ar puro e acordar com os passarinhos cantando em nossa janela. - Ela estava com os olhos brilhando e o coração saudoso. - Você fala com tanta paixão que eu estou quase pedindo uma fazenda para meus pais de aniversário. - Ninguém pede uma fazenda de presente, Thiago. É uma área enorme de terra, algo muito caro para se ganhar assim... - Maria Fernanda deu uma gargalhada espontânea e o taiwanês ficou ainda mais encantado com o som da risada. - Sou filho único e meus pais falaram que eu poderia escolher qualquer coisa. - Ele não conseguia desviar os olhos puxados de Maria Fernanda. Ela se recuperava da risada e percebeu que era observada. - Seus pais devem ser bastante ricos para te dar um presente desses. - Meu pai é dono de uma rede de joalherias chamada Império. Ele abriu duas filiais aqui no Brasil e, desde então, eu moro aqui com minha mãe. Ele vem todo final de mês. - E como você fala português tão bem assim? - Minha mãe é brasileira. - Então, você é o único herdeiro do império? - Por enquanto, sou. - Eu também sou filha única, mas tenho um irmão do coração, o Giovane, e ele é o meu melhor amigo. - E um namorado, você tem? - O taiwanês tentou disfarçar a timidez ao fazer a pergunta, que já estava na ponta de sua língua desde que colocou os olhos em Maria Fernanda. A jovem pensou por alguns segundos na melhor resposta. Namorado ela realmente não tinha, mas também não ia falar que era casada com um homem que a maltratava. Sentiu vergonha de sua situação. - Então, você tem? - Não, não tenho ainda. Sou muito nova para isso, Thiago. - Olhou para os próprios pés, tentando esconder a vergonha em seu rosto. - Eu preciso ir agora. O Jorginho já deve estar me esperando lá fora. - Sim, eu não quero te atrasar. Até amanhã, então. Foi um prazer conhecer você, Fernanda. - O jovem deu um sorriso de canto a canto que deixou Maria Fernanda com as bochechas coradas. - Tchau, Thiago. - Virou-se e sorriu enquanto caminhava até o carro. *** Quando Eduardo voltou para casa, já era muito tarde. Tinha estendido o trabalho, pois precisava dar tudo de si nos últimos projetos que faria na J.A. Engenharia. Queria sair de lá com as portas abertas e a boa recomendação do chefe e professor. Maria Fernanda estava sentada sobre seus cobertores, escovando os cabelos. Levou um susto quando a porta foi aberta. Eduardo deixou a mochila sobre o sofá e seguiu direto para o banheiro. Ela olhou para o vaso de porcelana ao lado. Havia pegado na sala, e uma pancada dele deixaria Eduardo desacordado. Usaria, se ele a tocasse novamente. Dez minutos depois ele saiu do banheiro. Estava de calça moletom, mas não usava camisa. Maria Fernanda abraçou a escova de cabelo e olhou disfarçadamente para o vaso ao lado. - Eu vou comer um sanduíche. Você quer alguma coisa da cozinha? - Tentou puxar as

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