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Não existe fim

Capítulo 5 .

Palavras: 3809    |    Lançado em: 27/10/2021

acorda na casa. Eu fui te ver ontem quando cheguei do supermercado, mas já era tarde e você estava dormindo, por isso não quis te acordar. Suelen e Jorge me contaram tudo. Eu não acredito co

. Depois de uma longa respirada e um pedido interno de coragem, aproximou-se de Eduardo, que estava em posição fetal sobre a sua King Size. Aguçada por sua curiosidade, chegou mais perto dele e sentiu o cheiro de banho recém-tomado. - Senhor Eduardo - chamou baixinho e não obteve sucesso. - Senhor Eduardo... - Com o indicador, pressionou a bochecha dele, que acordou devagar e gritou percebendo a jovem de cócoras em sua frente. - Ai que susto, menina! Quer me matar do coração? - Eu preciso de sua permissão para dormir fora este final de semana. - É o quê? - Ele sentou-se sobre a cama. - A Suelen me chamou para ficar na casa dela este fim de semana e eu quero ir. - Não vai - ele a interrompeu. - Mas... - Não vai! - interrompeu mais uma vez. - Eu estarei de volta domingo à noite. - Não. Agora me deixe dormir. - Deitou de volta na cama e cobriu o rosto com o travesseiro. - Minha bolsa já está arrumada e a Suelen está me esperando lá embaixo. - Não quero você andando com a Suelen. Ela é uma mulher fácil e você, além de inocente, é minha responsabilidade. - Descobriu o rosto sem paciência. - Mas eu já sou casada, e madrinha me emancipou, então não sou mais criança. Eduardo observou a esperteza na conclusão da menina e pensou se ela era tão ingênua como pensava. Era linda, não podia negar, mas ainda não conseguia vê-la como mulher. Talvez, se houvesse um pequeno esforço, aquilo deixasse de ser um impedimento. Eduardo sorriu, desceu da cama e começou a ir de encontro a ela, que dava passadas largas para trás. - Senhor, o que está fazendo? - Maria Fernanda já estava encostando-se à parede do quarto. Eduardo não respondeu nada, apenas continuou analisando seu rosto, querendo achar algum defeito, mas não obteve sucesso em sua busca. Ela não conseguia retribuir o olhar. As bochechas estavam levemente avermelhadas e mirar a porta entreaberta foi a forma que encontrou para não fazer isso. - Então, você não é mais criança, não é mesmo? - Segurou a ponta do seu queixo e a fez encará-lo. Acariciou as mechas do cabelo castanho. - E é casada comigo. - Encostou os lábios de leve em seu rosto, que tremia. Não perdeu a chance e aproveitou para inalar o aroma dos cabelos de Maria Fernanda. - Você não é mais criança, sou seu marido e tenho alguns direitos sobre você. - Tudo bem, eu não vou, senhor. Eu só preciso avisar a Suelen. - Maria Fernanda apertou os olhos, como se aquilo fizesse tudo a sua volta desaparecer. - Eduardo beijou o outro lado da bochecha dela e afundou os dedos na ondulação de fios castanhos. - Senhor, eu estava errada. Eu... eu ainda sou uma criança. Uma lágrima escapou dos olhos de Maria Fernanda. Não demorou muito e ela sentiu os lábios de Eduardo se movendo sobre os seus e uma das mãos dele sustentando sua cintura. Maria Fernanda estava estática entre a parede e Eduardo não conseguia mover um músculo sequer. Ele, por sua vez, tentava a todo custo buscar a língua dela dentro de sua boca, mas Maria Fernanda não reagia. A menina era nova, certamente apenas ele a teria beijado. Poderia estar sendo egoísta da parte dele, mas não estava tendo resposta negativa, ou melhor, não estava tendo resposta alguma, então iria insistir até obter uma reação. Ela estava assustada, suas pernas não paravam de tremer e Eduardo insistia um tanto possessivo. - Não, não, não chora. - Ele respirou próximo a boca dela. - O que deu em você para chorar de pavor de um beijo como o meu? - Ele respirou pesado, mas não resistiu aos lábios carnudos a sua frente, então deu uma leve mordida. - Céus! Ele ouviu um grito agudo e se separou rapidamente de Maria Fernanda, que fitou Suelen na porta do quarto, com os olhos maiores do que os de costume. - Desculpe, eu não sabia que... eu não sabia que vocês... que vocês estavam... - O que faz em meu quarto, Suelen? - ele falou sem paciência. - A patroinha demorou e eu vim socorrê-la. Mas, pelo que parece, ela estava muito bem. - Suelen olhou para Maria Fernanda maliciosamente. Ela havia chegado no momento exato em que Maria Fernanda fechou os olhos. Maria Fernanda ainda sentia as mãos de Eduardo sobre sua cintura e olhou para o local, evitando olhá-lo nos olhos, que estavam ali tão perto. Eduardo, vendo aquilo, pareceu ter recobrado o juízo e se afastou por completo, esfregando os dedos nos cabelos ainda molhados. - Não vá pela cabeça da Suelen. - Suelen estreitou os olhos lutando para não falar os desaforos que estavam sempre preparados na ponta de sua língua. - Pode ir com ela, menina - Olhou para Maria Fernanda e a viu segurando o choro. - O que está esperando? Vá logo, antes que eu desista! - Com licença. - A jovem sussurrou e saiu do quarto, sendo seguida por Suelen. Eduardo sentou-se na cama e fitou o cantinho da parede onde, segundos atrás, estava com Maria Fernanda e sorriu ao lembrar-se da reação inerte da menina ao ser beijada. - Onde eu fui me meter? Se você tiver juízo, ficará bem longe de mim - murmurou para si mesmo e voltou a se envolver nos lençóis de sua cama. Maria Fernanda, descendo a escada às pressas, estava sendo interrogada por Suelen. - Então, vão ser marido e mulher de verdade? - Não vamos ser marido e mulher e eu não comecei aquilo. Ela enxugou os olhos. - Ele que te beijou! - Suelen gritou, mas logo cobriu a boca e olhou para os dois lados da sala. - Cuidado com aquele lá, ele é bonitão, mas não vale nada. Você gostou, não tente me enganar, danadinha. - Eu não gostei de nada. - Mas se foi assim, porque não o empurrou e deu um chute no meio das pernas? - Ele é forte. - Estou estranhando isso. Segundo minhas observações, você não faz muito o tipo daquele lá. Será que ele acordou e descobriu que está caído de amores pela pequena Maria Fernanda? Hein, hein... - Cutucou a barriga da jovem, fazendo-a se curvar em um esquivo. - Por que está chorando? Vergonha por ter gostado do beijo do bonitão cafajeste? - Como poderia ter gostado de um ogro que me beijou sem permissão! - Do ângulo onde eu estava, cheguei a ver uma virada de olho. Não minta para mim, não minta que eu descubro tudo. Suelen entrou na cozinha ainda cutucando a cintura de Maria Fernanda. - Suelen, pare com isso! - Antonieta a advertiu. - Antonieta você não sabe, o senhorzinho mulherengo, está caindo de amores pela nossa pequena patroa de olhos azuis. – Suelen piscou os olhos várias vezes. Jorge, que bebia displicente uma generosa xícara de café, expeliu o líquido para fora e Antonieta colocou a mão no coração e suspirou extremamente preocupada. Maria Fernanda olhou para Suelen, implorando sem palavras, para não falar do beijo. - Não é para tanto, gente, só tirei essa conclusão, pois ele a deixou sair comigo sem contestar. - Devolveu um olhar cúmplice para a jovem, que suspirou aliviada. - Ele deixou? - Jorge limpou a própria camisa suja de café. - Deixou e eu não

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