icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon

Não existe fim

Capítulo 4 .

Palavras: 4036    |    Lançado em: 27/10/2021

cidades naturais que ela tinha de sobra era a curiosidade. Por meio da exploração e do desejo intenso de conhecer algo novo, alguns anos antes, ela tinha ficado internada por semanas. Na oc

rgio deve estar aí e eu não posso ir até lá, não quero vê-lo. Suelen era só uma jovem de dezenove anos que se envolveu em um relacionamento conflituoso com o melhor amigo de Eduardo, e aquilo ainda machucava o seu coração. - Eu não posso ir lá, Suelen, não quero perder meu emprego. Sabe muito bem que só posso entrar na cozinha. - Por favor, Jorginho, a patroa não vai te ver. Eu te dou cobertura. - A arrumadeira fez sua melhor expressão doce. - Sinto muito, mas não vou me arriscar. - Você é um gordo covarde, barrigudo de uma figa! - Ela desmanchou o rosto meigo e jogou o pano que estava em suas mãos nas costas do motorista. - Um dia, tu ainda vai precisar de mim, ruindade! - Sou gordo e covarde mesmo. E não vou arriscar o meu emprego. - Eu vou, Suelen. Maria Fernanda levantou da mesa e se apresentou como voluntária. Não entendia o que poderia causar tanto medo aos empregados e, sendo ela parte da família, não viu problemas em ajudar. - Obrigada, patroa, mas ignore totalmente a megera da Viviane e saia de lá o mais rápido possível. Nem sei o que essa vaca está fazendo aqui, se agora você é a mulher dele. Aquele safado! - Apenas no acordo, Suelen. Ele não é meu marido de verdade. - Que coisa estranha, hein? Mas cuidado mesmo assim, e ignore a Viviane. - Tudo bem, Suelen, não se preocupe comigo. Maria Fernanda ajeitou seus cabelos para trás, tomou a bandeja nas mãos e adentrou a sala, que Suelen mostrou de longe. - Com licença. - Ela depositou a bandeja na mesa de centro com os olhos sempre baixos, como foi advertida por Suelen. Eduardo mudou as vistas da televisão para ela. Ele passou os olhos em Maria Fernanda. O que chamou sua atenção novamente foram os cabelos recém-lavados. Estranhou internamente estar observando outra vez aquilo. Havia um ar de descoberta gritante dentro dele. - Prendada ela, não é Edu? - falou Sergio, depois de observar a maneira que o amigo a olhava. Sergio sorriu e sentou na poltrona onde estava deitado. - Então, como tem sido as noites de amor do casal? Sorrindo, levantou-se da poltrona e caminhou na direção da jovem. Maria Fernanda levantou os olhos e arriscou uma olhada para Eduardo, que observava a atitude do amigo, calado. Quando o jovem tocou em seus cabelos, ela se esquivou para o lado e acabou indo na direção de Eduardo. - O que deu em você, Sergio? Agora se interessa por crianças? - Eduardo, enfim, se pronunciou. - Então essa é a caipira vendida? Deram milhões nessa coisinha? - Viviane. - Eduardo advertiu a loira. Ele tinha consciência que precisava das duas para alcançar seus objetivos, por isso contou sobre o casamento para Viviane, garantindo que não passava de um contrato que garantiria milhões. Maria Fernanda manteve seu nariz empinado e o queixo erguido. Ela não se esforçou para fazer aquilo, a pose de autoconfiança era algo natural dela, pois nunca havia experimentado humilhações ou algo do tipo. - Meu nome é Maria Fernanda, senhora. - Senhora! - A loira se enfureceu. - Provavelmente deve ter o dobro da minha idade, melhor tratá-la com o devido respeito. Maria Fernanda não falou para provocar, ela realmente tinha sido educada daquela maneira. Deveria se dirigir às pessoas mais velhas com o devido tratamento. Eduardo ergueu o lábio em um curto sorriso e olhou Maria Fernanda dos pés à cabeça. - Eu vou dar na cara dessa caipira! - Viviane levantou, mas Eduardo a puxou de volta para o sofá. - Vivi, por que você não finge que não está incomodada com a bonequinha aqui. - Sergio segurou na cintura de Maria Fernanda, mas ela se esquivou novamente. - Que rebaixamento, Sergio! Já esteve em dias melhores. A loira esnobe ao lado de Eduardo estava evidentemente se sentindo ameaçada com a figura da menina esguia de cabelos longos na sala. Já Maria Fernanda sentiu-se aliviada ao saber que Eduardo tinha uma namorada. - Cabelo cheiroso. Pensa só, uma noite inteirinha sentindo esse cheirinho de laranja. - Sergio olhou para o amigo e inalou com efeitos sonoros o aroma fresco que vinha de Maria Fernanda. - O senhor pode, por favor, não tocar em mim - ela pediu educada e firme. - Calma, só quero conversar um pouco. - Mais uma vez, tocou os cabelos da jovem e levou uma longa mecha até as narinas. - Ele parecia agir para cutucar o amigo. - Muito cheiroso. - Olhou para Eduardo. - Eu sou casada com seu amigo, não pode tocar em mim dessa forma. - Maria Fernanda o afastou com um sopapo. Viviane, a namorada, se enfureceu: - Olha aqui, sua caipira, eu vou deixar uma coisa bem clara: você não é nada, absolutamente nada do Eduardo! Eu sou a mulher dele. Você é só um negócio, então não se sinta no direito de sair por aí dizendo que é casada com o meu homem se não quiser seu rostinho lisinho com alguns hematomas. - Vai bater em mim? - Maria Fernanda olhou para Eduardo assustada. - Pode ir menina! - Eduardo segurou firme na mão da loira para que ela não se levantasse. - Por que vai bater em mim? - Maria Fernanda insistiu, afinal, ela nunca tinha sido ameaçada. - Suma da minha frente, menina! - Eduardo gritou. Maria Fernanda tomou uma lufada de ar, se desviou de Sergio e correu até a cozinha. - O que aqueles miseráveis fizeram com você? - Suelen, aflita, sentiu-se culpada. - Um ficou pegando em mim. E aquela dona me chamou de caipira, disse que ela era a mulher do senhor Eduardo e ameaçou me bater. Ninguém nunca me ameaçou nesta vida, e eu não fiz nada com ela, apenas fui educada. - É tudo culpa minha. Se eu tivesse ido, eles não teriam mexido com você, mas eu não suporto mais o que o Sergio tem feito comigo depois de tudo que vivemos. Eu pensei que com você pudesse ser diferente, sendo esposa do Edu. - Tudo bem, Suelen, eu só não estou acostumada a ser tratada assim. - Viu por que eu não quis ir? - Jorge, de posse de uma banana, falou de boca cheia. - Você é um covarde, Jorge. Se fosse macho o suficiente não deixaria isso aqui acontecer. - Agora o culpado sou eu? - Eu vou me deitar, minha cabeça começou a doer. - Maria Fernanda levantou e amarrou os cabelos no alto da cabeça. Eduardo entrou na cozinha com Viviane. Estavam abraçados de forma íntima. - Queridinha, quero suco de morango. - Viviane falou olhando para Maria Fernanda. Soou como uma ordem. - Só um instante, senhora. - Suelen se antecipou e foi em direção à geladeira pegar as frutas. - Não, você não. Eu quero que ela faça. - ordenou, apontando para Maria Fernanda. - Não, senhora, ela é a nova patroa. Eu sou a mucama. Suelen não gostava de Viviane e jurava que um dia ainda iria entortar os dentes brancos dela com um soco. - Ela morava em uma fazenda e deve saber fazer sucos melhores do que você. Eu quero que ela faça. Maria Fernanda olhou para Eduardo, e por alguma razão, quis ver a expressão facial dele. - Meu suco, querida. Maria Fernanda continuou esperando Eduardo se manifestar. - MEU SUCO. ESTOU ESPERANDO! - Viviane gritou. - Ela é a patroa. Você me ouviu. - Suelen se excedeu, valendo-se da coragem conquistada com a súbita intimidade com Maria Fernanda. - Eu faço Suelen. - Maria Fernanda ainda olhava para Eduardo quando pronunciou a frase. Ela foi até a geladeira, pegou as frutas e espremeu na centrífuga. O líquido deu pouco mais de um copo. Terminando, entregou a Viviane. Eduardo sabia da natureza arrogante e infantil de Viviane e não via problemas, divertia-se com o jeito egocêntrico da namorada o

Reclame seu bônus no App

Abrir