Até Que O Inverno Acabe
mim, eram estranhas, porém boas. Arrastando minha mala preta de rodinhas, senti meu celular vibrar pela
os da minha adolescência, não havia mudado muito. Movi meus pés continuando minha caminhada, até parar em uma casa de dois andares que
lla? – indago su
condado de Pitikin. A pista de patinação estava repleta de crianças, a neve de algumas noites passadas ainda estava intacta nas laterais da estrada. O sol da tardezinha, apesar de nos presentear com
obter resposta. –
a. Escura e fria. Passei pela sala e cozinha indo subir as escadas. Com uma certa dificuldade
guém mesmo em
ma estava sem a colcha. Deixei a mala perto do armário e fui até minha janela deslizando as cortinas para o lado. Minha casa ficava sobre uma colina meio alta, da janela eu podia ver todo o condado de Pitikin.
encontram, mas não esboça nenhuma reação. Seus cabelos continuavam longos e ela ainda usava um lenço vermelho no pescoço.
everia ter me ligado avisand
i, eu moro aqui também – digo indo ajudá
ste nenhum motivo para ter vindo agora. O q
efe, da denúncia que fiz ao presidente da empresa e de ni
ão as cois
i sua fala um pouco ma
ah transformou sua c
uem toma conta. Noah se mudou para u
– re
do pretende vol
go sentando-me na cadeira. – Po
a cozinha, enquanto tia Emma te
tionou e desviei meus olhos. – O
incera e tia Emma fechou
rincando
ez volte para capital quando o inverno acabar. Preciso
icar tanto tempo
ualquer coisa por aí – informo e ela
da ganho dinheiro com os meus livros ant
mim – digo enraivecida. – Não queria mais ficar no me
ido facilmente, deveria ter lutad
a tudo é f
resposta para tudo... Igual sua mãe – re
nda
deira, esquente e coma. Depois vá
ente de carro, tudo mudou. A palavra, assassina, ficou marcada nela e consequentemente respingou em mim. Ela foi acusada de ter provocado o acidente e na escola eu ouvia coisas como: "Todos da família devem s
z questão de me levar para a capital e voltar para a cidade, me deixando sozinha lá. Eu consegui me virar, fiz minha faculdade e me formei em produtora de market
testa quando as imagens do meu chefe me encurralando em sua sala e tentando tirar minha blusa vem em minha mente, me lembrando novamente de que as coisas nem s
*
e saí. O inverno já havia chegado em Pitikin, e aqui no interior, em épocas assim, as pessoas costumavam ficar mais tempo em casa para se aquecerem do frio, por isso não havia ninguém ali for
sentindo a fria brisa bater em meu rosto, porém o barulho de alguém se aproximando me fez abri-los novamente. A pessoa parou alguns metros longe
em interroga
eus olhos forçando a memória e sorri ao me recordar da voz. Ele era o garoto que l
eso, mas devolveu meu sorriso em um
meus olhos voltando a olhar para a plantação. - Você não deveria
ia andar
a di
mas agora parece
sempre uma l
a... – suspi
noite vai esfriar be
diante do seu pedido
vou indo.
ara frente. Fiquei apenas mais alguns
não era ruim
*
s fui até nosso quintal, ver nosso jardim de flores. Eu me espreguicei levantando meus braços e pelo canto do olho v
falei assim
. – Cumprimento
veio faz
estado alguns patin
ati
staria alguns que tinha – explicou e olhei para o lad
– aponto, vendo-o
ras semanais. Agora ele havia se tornado um homem muito bonito. Sua voz grossa e, forte, era marcante e seus cabelos pretos continuavam do mesmo jeito, pelo pouco que me lembrava. Acompanhei por segundos, com
orri, sentindo seus olhos tímidos em mim
ndo seu olhar surpreso, enquanto eu colo
a dois
hos ao perceber um singelo sorris
Ele se despediu rápido e fiquei parada no l
ranho.
alguma coisa – ele falou ao girar o
cisar de al
pouco de tudo. Se precisar de um carro para ir à cidade também... Sei que sua tia não tem
ria me empr
aga um pouco n
ca
em minha direção. Peguei rapidamente e sorri em ag
.. Obrigad
. Será que falei algo de errado? Voltei para casa
escre
parei de escreve
talvez tive
r? – ela me interrompe sem
restado para ir até à cidade.
eciso falar c
esperar a
dade. Vejo o que parece ser um chaveiro em formato de sol e
Ti
um.
z que trabalh
e? – questiona olhand
ele no tempo do colégio, mas p
? – pergunta
magem de seu sorriso tím
penas c
que, ele parece um pouco mai
pode
vezes e, depois voltava como se nada tivesse aco
seu rosto pela vizinhança por uns dois anos. Na verdade, ele voltou faz um ano e tomou conta da livraria.
lembranças dele n
na escola, por que você iria se lemb
sito, tia, por que a senhora ainda
Qu
o – aponto. – Por
ão é da
uma per
so, Lisa – responde um pou
iria passar alguns meses, precisava de uns reparos, que minha tia se negava a consertar, então decidi eu mesmo ajeitá-la. Entreguei uma listinha do que eu precisava para o homem que me ofer
n em frente a livraria e antes de sair olhei no
ngel" – murmurei. – De
ue se juntava a ele, parecia familiar para mim. Tentei recordar de onde eu tinha visto aquele
menina com seus quinze an
igo me afasta
ui agora, ele deve esta
u irmão? – per
ngue, mas ainda assim é meu irmão
nas entregar a
ue eu entrego –
bri
namorad
ão... Sou apenas uma conhecid
ma emprestar seu
colega de sala
estranho – refle
stiono um po
ponde rapidament
u precis
r acaso ele namora alguém escondido? Já em casa começo a consertar a maçaneta do meu quarto, uns degraus da escada que estavam soltos, t
voz de minha tia assim
tá ficando b
Nã
enta, não
um p
casa precisa de m
desbotar quando
o pessimista – d
sendo
logia que não i
ia? – ela rebate e sai e
quanto não irá chover ou nevar e eu acredito
*
arto eu resmungava e me debatia na cama. Inacreditável! Isso só podia
não irá chover? – tia Emma repete minhas pa
suas provocações
va ligada, aproveitei o barulho para ir lá fora. Peguei o guarda-chuva, calcei meu tênis, que estava próximo à porta, vesti
o vai ficar ridícu
m minha mão. Abro a boca não acreditando no que via. Isso só pode ser brincadeira. Tentei colocar a maçaneta no lugar e abrir novame
a! – murmu
ais rápido que pude. Além dos pingos da chuva estarem fortes, o vento era assustador. O guarda-chuva que eu usava, não me protegia de form
as sobrancelhas se ergueram. Eu sabia que era lo
fiquei presa do lado de fora da ca
le diz me i
ados na antessala da livraria, enquanto ele pega
icar à vontade. – Dylan subiu as escadas
estante que continha diversos livros diferentes. De um lado havia um sofá, uma mesinha de centro e um piano pequeno, e do
me entregar uma toalha, com uma blusa, que julguei ser dele.
to pegando o que ele me oferecia e
s curtas que Dylan me deu. Passei a toalha pelos meus cabelos e rosto e, saí. Ao chegar mais perto da bancada, notei que Dylan estava fazendo um chá. Sorri pelo seu je
– Agradeço
z encostando-se na
ocê é bem
os lábios desviando seu olhar de mim, observando sua livraria. Dy
este lugar tinha se tornado uma livraria
andar de cima ai
perguntei e ele af
onta de tudo. Como o andar de cima não foi mexido... – Ele cruzou os braços ainda parecendo
gosta de tra
ssoas acham que sou intelectual. – Me pegue
s prateleiras e ele logo bala
livros? C
om seu gênero. Dylan não era só atencioso e educado, era muito organizado também. Vo
tos livros iguais
afirmo com a cabeça. – Gosto da história desse livro, então c
E
– diz com
cê também vend
Nã
livros dessa prate
deixam um marcador quando não conseguem terminar, assim, quando vierem dá próxima vez, saberão onde parara
forma simples dando atenção a uns l
ma ao aquecedor portátil. Após alguns minu
ivraria se ch
então depois da morte dela, eu e meu pai decidimos abrir uma liv
o muito p
agora. – Ele levantou a cabeç
com ele e achava que talvez ele quisesse ficar mais na dele. Então, resolvi ler qualquer livro que estava
ter notado logo de início. Peguei um dos marcadores que h
mais uma vez. - Dylan olhou pela janela vendo que a chuva realment
ediu. – Aqui
ta, pegando minhas roupas que eu havia deixado ali. Antes de sair, olhei para trás observando-o mais uma vez. Ele me fazia querer ficar mais tempo neste lu
louc
gel - Escrito p
pista de patinação ajudan
resposta era sim. Para mim, ela era como um fantasma. Angel, meu primeiro e único amor. Ela não havia m
*
ela me reconheceu. E estava tão linda. Será que assim como eu, ela tem insônia? Queria ter ficado com ela e a acompanhado até sua casa, mas você sab
*
ivinha só? Até o inverno acabar! Você pode sentir minha felicidade, não é? Fora isso, soube que minha irmã, Alice, acabou desco
*
vi usando, parecia que eu tinha borboletas no estômago. Você é capaz de saber o que aconteceu durante o tempo que ela ficou aqui. Fiquei distante e reservado. Ela ten