Davi, nasceu e foi criado em uma familia religiosa, durante toda a sua infância ele vivia na igreja, estudava religião e foi ensinado que Deus estava acima de todos nós. Davi nunca em nenhum momento chegou a se arrepender ou questionar a sua vocação. Até ele assumir a sua primeira paróquia numa pequena cidade no interior, da Bahia.
Atenção: Esse é um romance erótico de ficção.
Essa obra é destinada a maiores de 18 anos, pois contém, sexo explícito, alcoolismo, e linguagem imprópria.
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Davi nasceu e foi criado em uma família profundamente religiosa. Durante toda a sua infância, ele vivia na igreja, estudava religião e foi ensinado que Deus estava acima de todos nós. Fora isso, ele cresceu como qualquer garoto, mas aos poucos percebeu que talvez fosse diferente. Quando Davi já estava na adolescência, por exemplo, demorou a se interessar pelas garotas. Enquanto seus amigos falavam sobre o assunto e até namoravam, ele não tinha essa vontade e não pensava nisso. Em vários momentos, ele se perguntou se havia algo errado com ele.
Um certo dia, sua mãe, que sempre foi sua melhor amiga, veio com uma ideia que nunca tinha passado pela sua cabeça. Ela falou que sempre achou, dentro do seu coração, que ele tinha vocação para ser padre. "Como assim, padre?" Davi se perguntou, pois nunca tinha pensado nisso. Mas naquele momento, Davi se convenceu de que sua mãe tinha razão. Isso talvez explicasse muita coisa em sua vida. Ele foi amadurecendo essa ideia e resolveu estudar. Depois de alguns anos, Davi realmente se tornou padre, e quanto mais o tempo passava, mais ele era feliz com sua escolha. Davi nunca em nenhum momento chegou a se arrepender ou questionar sua vocação. Até ele assumir sua primeira paróquia numa pequena cidade no interior da Bahia.
Como de costume, Davi acordou às cinco horas da manhã para rezar.
- Ó Jesus, pelo coração Imaculado de Maria, ofereço-vos as minhas orações, obras, alegrias e sofrimentos deste dia por todas as intenções do vosso sagrado coração em união com o santo sacrifício da missa em todo o mundo, pela salvação das almas, pela reparação dos pecados, pela reunião de todos os cristãos e, em particular, pelas intenções do santo padre, amém.
As ruas calmas da pequena cidade tinham alguns casarões antigos, casas feitas de barro e palha, outras em alvenaria. A monotonia tomava conta do lugar. Um local totalmente isolado, a cidade mais próxima ficava a uma hora de distância. Sorte quando aparecia algum automóvel ou ônibus ali naquele pequeno pedaço de chão.
Na sua primeira missa, a igreja estava lotada. O padre que antecedeu Davi havia falecido de infarto. Era muito querido na cidade, e sua perda foi muito sentida por todos. Eles ainda estavam de luto por ele. Davi, antes de dar início à missa de domingo, não pôde deixar de proferir algumas palavras sobre seu antecessor, pedindo a Deus que o recebesse com carinho. Isto despertou uma onda de choro generalizada.
O povo era muito religioso. Famílias inteiras se apertavam nos bancos estreitos da igrejinha, atentas a cada palavra que o jovem padre dizia. Gente bonita, todas as moças, até as meninas, usando véus nas cabeças. Uma dessas moças era Rosa. Toda a cidade comentava a beleza da formosa moça. E realmente era muito bonita. Rosa tinha porte de rainha. Os cabelos loiros lisos caíam pelo rosto, o semblante alvo, os olhos azuis, a boca carnuda, sobrancelhas grossas e bem desenhadas. Os seios fartos e exuberantes escondidos por trás de uma blusa completamente fechada, a saia até os joelhos exibia pernas bem delineadas. Rosa, mesmo com um jeito simples de se vestir, era insuportavelmente charmosa e sensual.
Rosa, quando olhou para o jovem padre de batina, sentiu um calor arder em seu corpo, uma sensação nunca antes sentida. Algo que a desconsertava, a deixava inquieta por dentro. Sentiu seu coração acelerar e as pernas estremecerem. Nunca na sua vida havia se sentido tão estranha, nem mesmo com seu noivo, a quem estava prometida em um casamento arranjado pelos pais. Era como se, a partir daquele momento, ela despertasse para a vida.
Padre Davi estava no altar, acompanhado de um jovem coroinha, preparando-se para iniciar a missa. A igreja estava cheia, com a congregação em silêncio, ansiosa pelo início da cerimônia. Davi, com sua batina negra e expressão austera, olhou para a congregação e começou a missa com a oração de abertura. Ele ainda não havia notado Rosa, que estava sentada discretamente na segunda fileira.
Rosa, observava cada movimento do padre. Seus olhos percorriam cada detalhe de Davi: a fisionomia séria, os olhos castanhos profundos, os cabelos castanhos bem penteados, o formato do rosto angular, as mãos firmes segurando o missal, o jeito solene de falar. Cada pequeno gesto do padre parecia carregado de um significado especial para ela. Ela sentia-se estranhamente viva, como se um fogo interior estivesse despertando dentro de si. Todo o desejo que ela havia reprimido durante anos parecia explodir, causando abalos sísmicos em sua alma.
A missa prosseguia e Davi iniciou o sermão. Ele falou sobre o casamento, a importância da família, o respeito ao próximo e os perigos dos pecados da carne. A congregação ouvia atentamente, mas algo dentro de Davi estava fora de sincronia. Quando ele mencionou a necessidade de resistir às tentações da carne e buscar o equilíbrio espiritual, seus olhos se cruzaram com os de Rosa. Foi como se o tempo tivesse parado. Por alguns segundos, ele ficou sem palavras, hipnotizado pela jovem.
Rosa também sentiu um choque quando seus olhares se encontraram. Havia algo nos olhos de Davi que a atraía irresistivelmente. Ela tentou decifrar a expressão do padre, mas tudo o que conseguiu perceber foi um misto de confusão e conflito. Davi rapidamente desviou o olhar, tentando recuperar a compostura. Ele olhou para a entrada da igreja e depois para a congregação, tentando se concentrar novamente no sermão.
Enquanto Davi falava, seus pensamentos voltavam incessantemente para Rosa. Quem era aquela jovem que parecia ter surgido do nada para perturbar sua paz interior? Seria uma tentação enviada pelo demônio? A beleza angelical de Rosa, com seus cabelos loiros e lisos, sua pele alva e perfeita, a faziam parecer um anjo disfarçado. Ele sentia um desejo proibido crescer dentro de si, um sentimento que ele sabia ser errado, mas que não conseguia controlar.
A missa prosseguia e chegava o momento da comunhão. Rosa levantou-se, juntando-se à fila de fiéis que aguardavam para receber o corpo de Cristo. Seu coração batia acelerado, uma mistura de ansiedade e excitação tomava conta dela.
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