Login to Lera
icon 0
icon Loja
rightIcon
icon Histórico
rightIcon
icon Sair
rightIcon
icon Baixar App
rightIcon
FUGINDO DO PECADO

FUGINDO DO PECADO

RENATA PANTOZO

5.0
Comentário(s)
329.9K
Leituras
58
Capítulo

Recém divorciada, traída e machucada, Giovana decide dar um tempo na vida amorosa e focar sua atenção na vida profissional. Sua nova jornada como professora universitária tinha tudo para ser calma, revigorante e um alívio a sua vida bagunçada. Só que Giovana não sabia que em seu caminho estaria um estudante disposto a conquista-la, lhe dar sensações bem fora dos seus padrões sexuais. Será que Giovana conseguirá fugir do pecado chamado André?

Capítulo 1 PRÓLOGO

Olho pela janela do escritório o céu se fechando, as nuvens escurecendo e a chuva querendo lavar São Paulo. Começo a me arrepender por aceitar dar aulas na faculdade aqui perto. Podia sair agora, ir pra casa, me enfiar em um pijama confortável, pedir comida e assistir um filme tomando minha taça de vinho.

- Melhor sair agora ou vai pegar a chuva forte que vai cair.

Olho para a porta e vejo Juliana, minha assistente. Ela segura uma linda e esfumaçante xícara de café.

- Depois desse maravilhoso café eu vou.

Escuto risos no corredor e vejo César passar abraçado com a Poliana, sua assistente, ex-amante e atual namorada. Rapidamente Juliana fecha a porta pra que eu não veja muito e nem escute os dois dizendo coisas fofas e safadas. Como eu nunca percebi que esses dois estavam se comendo embaixo do meu nariz?

- Giovana!

Juliana me grita e olho pra ela.

- Supera!

Fala firme e brava.

- Como? Achei que tinha um casamento feliz, que meu marido, sócio, companheiro de dez anos fosse perfeito. Então levo um murro no estomago e descubro que ele é um bosta, que comia suas assistentes e ainda por cima me deu um pé na bunda pra ficar com sua ultima assistente.

Me jogo na cadeira e como recompensa desse desabafo, ganho meu café e um olhar de pena.

- Você devia desfazer a sociedade e recomeçar.

- Não! Não vou desfazer o que demorei dez anos pra tornar sólido, lucrativo e importante pra mim. Esse escritório pode não ser muita coisa pro César, mas é a minha vida toda. Me dediquei noite e dia pra sermos uma das melhores sociedades de advogados de São Paulo, não vou abrir mão desse sonho por causa dele.

Tomo meu café e respiro fundo.

- Vou superar o par de chifres!

- O par? Se ele comeu mesmo todas as assistentes, você virou uma arvore galhuda.

Olho brava para Juliana, mas não seguro muito a raiva quando ela começa a rir.

- Desculpa!

- Eu só queria conseguir elimina-lo da minha vida, de dentro de mim. Não me importar com coisas como acabei de ver.

- Giovana, vocês se divorciaram há seis meses, tenha paciência.

- Tudo isso?

- Sim!

Meu Deus! Faz oito meses que não beijo na boca e não faço sexo. Acho que nem sei mais como é um orgasmo.

- Acho melhor ir!

Juliana comenta olhando a janela e viro o resto do café.

- Ainda não sei porque aceitei dar aulas na faculdade.

- Você queria fugir de suas noites chatas lembrando do seu casamento fracassado.

- Juliana, sua sinceridade às vezes me irrita.

- De nada!

Pego meu casaco, minha pasta, meu celular e respiro fundo.

- Seja o que Deus quiser. Só espero ter paciência com esses jovens de hoje.

- Você só tem trinta e cinco anos e fala como se fosse uma velha de oitenta.

- Sou uma jovem mulher de trinta e cinco anos por fora, que esconde a velha de oitenta por dentro.

Pisco pra Juliana e saio da minha sala correndo, tentando chegar à faculdade antes da chuva.

********************

Faz dez minutos que estou dentro do carro parado no estacionamento, observando a chuva alagar tudo. A faculdade fica do outro lado da rua e descobri que não tenho um maldito guarda chuva. A aula começa em cinco minutos e preciso sair daqui.

Pego a pasta, meu casaco e o coloco sobre minha cabeça. Respiro milhões de vezes antes de abrir a porta e quando faço, saio correndo feito uma louca em direção à entrada. Passo por alguns jovens alunos que caminham na chuva forte como se as gotas não fossem atingi-los. Parece que quanto mais velho você fica, mais você corre das coisas da vida. A chuva está tão forte e o vento tão intenso, que as gostas de água batem em todos os lados do meu corpo. Finalmente chego à parte coberta da faculdade e tiro o casaco da cabeça. Minha pasta está toda molhada e agradeço mentalmente por ser de couro. Pego meu crachá da bolsa, apresento ao segurança e passo pela catraca dos professores. A aula já devia ter começado e ainda estou no térreo. Corro para um elevador com as portas abertas, mas vejo que começa a se fechar.

- Segura!

Grito na intenção de que alguém dentro me escute. Uma mão segura à porta e entro rápido.

- Obrigada!

Digo a um jovem, que sorri pra mim. Meus olhos rapidamente percorrem sua camisa branca molhada colada ao corpo definido e vejo uma tatuagem no ombro direito, pegando o peito. Desço os olhos conforme a camisa branca colada me permite ver mais desse corpo muito, muito, muito definido e sarado. Um pigarrear me faz erguer os olhos e vejo o jovem me encarando com um sorriso malicioso. Merda! A tiazinha aqui foi pega devorando a criancinha com os olhos. Antes de me virar, olho o rosto dele, que é tão perfeito quanto seu corpo. Ele é alto, deve ter seus quase 1.90mts, olhos escuros, pele morena, lábios muito carnudos, cabelo raspado, um brinco de argola pequena na orelha esquerda, bem de adolescente rebelde.

Viro rápido e espero o elevador subir ao décimo andar. É o único botão apertado e sei que o jovem sarado e rebelde vai para o mesmo andar que o meu. Só espero que não seja na minha sala, não quero vê-lo com sorrisinho pra mim, por tê-lo levemente cobiçado. No segundo andar o elevador lota e tenho que recuar. Ai merda! Sinto um corpo atrás do meu quando o elevador lota demais com muitos alunos falantes. Eu sei de quem é o corpo e só consigo pensar nos músculos, na tatuagem, na boca e nos olhos escuros me encarando com malicia. Fecho meus olhos, aperto a pasta contra o meu peito e sua respiração bate perto do meu ouvido. Esse elevador é devagar demais.

Finalmente chegamos ao décimo andar e quando as portas se abrem, empurro as pessoas da frente e escuto os resmungos. Saio do elevador e a passos rápidos sigo para a sala 1010. Abro a porta, entro e quando vou fecha-la, o jovem aluno gostoso impede. Ah não! Ele sorri pra mim e ignorando o belo sorriso, o deixo na porta e vou pra mesa. Coloco minha pasta sobre a mesa, deixo meu celular no mudo e percebo que meu casaco, assim como grande parte da minha roupa está molhada. Penduro na cadeira pra secar um pouco e respiro fundo. Viro para a turma de cinquenta jovens estudantes do segundo ano de direito e abro um pequeno sorriso.

- Boa noite a todos! Sou Giovana Palocci, professora de direito de família de vocês.

Começam murmurinhos, risos e quero entender qual a graça. O jovem do elevador se levanta no fundo da sala, abre sua mochila e tira uma jaqueta cinza. Vem em minha direção e se coloca a minha frente.

- É melhor usar isso!

Sussurra me olhando e coloca sua jaqueta em minhas costas.

- Por que?

Questiono sem entender e seus olhos vão pra minha camisa social branca, completamente transparente como a camiseta dele. A merda do meu sutiã preto bem evidente e quero me dar um soco. Como não percebi que estava exposta assim? Acho que estava mais atenta a exposição de outra pessoa.

- Pronto!

Ele diz após fechar o zíper da jaqueta, me cobrindo por completo.

- Obrigada!

Agradeço sem graça e sua língua passa suavemente em seus lábios.

- Eu que agradeço a bela visão.

Pisca safado e se vira, voltando para o seu lugar. Tenho certeza que estou ruborizando. Os risos continuam e é hora de me impor.

- Espero que fiquem felizes assim quando olharem as notas no fim do semestre.

O silêncio surge e me viro pra lousa.

- Essa primeira aula será de apresentação e vou passar o cronograma da matéria.

******************

A aula termina e recolho minhas coisas. Os alunos vão saindo para o intervalo e me preparo pra ir pra casa. Hoje só tenho aula no primeiro período. Uma sombra surge sobre mim e viro a cabeça pra ver quem é.

- Preciso te devolver a jaqueta.

- Pode usa-la nas próximas aulas.

- Não tenho mais aulas hoje.

Retiro a jaqueta e rapidamente visto meu casaco ainda molhado.

- Obrigada mais uma vez.

- André!

Diz seu nome como se eu não tivesse gravado após a chamada. Também descobri que tem apenas vinte anos e é filho de um advogado atuante de um escritório próximo ao meu. Dr. Edgar Fanzinni, pai do meu aluno André Fanzinni.

- Boa noite!

Digo ao me virar e ele responde com a voz rouca e sensual.

- Boa noite, Giovana!

Continuar lendo

Outros livros de RENATA PANTOZO

Ver Mais

Você deve gostar

A Escrava Mais Odiada Do Rei

A Escrava Mais Odiada Do Rei

Romance

4.9

Há muito tempo, dois reinos conviviam em paz. O reino de Salem e o reino de Mombana... Tudo correu bem até o dia em que faleceu o rei de Mombana e um novo monarca assumiu, o príncipe Cone, que estava sempre sedento por mais e mais poder. Depois da sua coroação, ele atacou Salem. O ataque foi tão inesperado que Salem nunca se preparou para isso. Foram apanhados desprevenidos. O rei e a rainha foram assassinados, o príncipe foi levado para a escravidão. As pessoas de Salem que sobreviveram à guerra foram escravizadas, suas terras foram saqueadas, e suas esposas foram transformadas em escravas sexuais. Tudo foi perdido. O mal caiu sobre a terra de Salem na forma do príncipe Cone, e o príncipe de Salem, Lucien, na sua escravidão, estava cheio de tanta raiva que jurou vingança. *** *** Dez anos depois, Lucien, de 30 anos, e seu povo lançaram um golpe e escaparam da escravidão. Eles se esconderam e se recuperaram. Treinaram dia e noite sob a liderança do intrépido e frio Lucien, que foi impulsionado com tudo o que havia nele para recuperar sua terra e tomar a terra de Mombana também. Levou cinco anos até que eles armassem uma emboscada e atacassem Mombana. Mataram o príncipe Cone e reivindicaram tudo. Enquanto gritavam sua vitória, os homens de Lucien encontraram e imobilizaram a orgulhosa princesa de Mombana, Danika, filha do príncipe Cone. Enquanto Lucien olhava para ela com os olhos mais frios que alguém poderia possuir, sentiu a vitória pela primeira vez. Ele caminhou em direção à princesa com o colar de escravo que tinha sido forçado a usar por dez anos e com um movimento rápido, o amarrou ao pescoço dela. Então, ele inclinou o queixo dela para cima, olhando para os olhos mais azuis e o rosto mais bonito já criado, lhe deu um sorriso frio. "Você é minha aquisição. Minha escrava. Minha escrava sexual. Minha propriedade. Eu lhe pagarei por tudo o que você e seu pai fizeram comigo e com meu povo", disse ele secamente. O puro ódio, a frieza e a vitória era a única emoção no seu rosto.

Seu para sempre

Seu para sempre

Romance

4.9

Um grande casamento não acontece quando o “casal perfeito” fica junto. Acontece quando um casal imperfeito se reúne e aprende a desfrutar das diferenças um do outro. Seis indivíduos com personalidades diferentes. Três casais imperfeitos que foram pedidos para ficar juntos... Vamos descobrir suas histórias. Eles vão se apaixonar um pelo outro ou acabarão por abandonar o casamento? ~~~~~~°~~~~~~~°~~~~~~~°~~~~~~~ Frio, rude, arrogante e narcisista. Era assim que Sophia Yzabelle descrevia o homem com quem se casou, Daniel Kelley. Devido ao seu passado traumático e à procura de justiça, ela concordou em casar com ele, apesar de sua personalidade rude. Eles odiavam-se desde o início, mas não tiveram escolha a não ser se casar, pois ambos precisavam do acordo para seus próprios benefícios. A questão era quanto tempo eles poderiam se enfrentar? Eles eventualmente admitiriam seus sentimentos ou continuariam a ser teimosos um com o outro? * * * Apesar de ter tudo o que ela precisava na vida, isso não impedia Madielyn Davis de completar sua lista de sonhos. Portanto, ela se candidatou para um trabalho como assistente pessoal do diretor executivo. Mal sabia ela que seu chefe rude e bonito, Gabriel Wilsons, lhe ofereceria um negócio mudando sua vida, que era ser sua esposa por um ano. Uhm... Casar com alguém que não te ama de volta seria difícil, mas que tal se casar com alguém por um acordo e a razão - ele só queria ter sua ex-namorada de volta, não seria mais doloroso? Sim, sendo assim, ela ainda concordou em se casar com ele porque acreditava que poderia mudar sua ideia de vingança que ele estava planejando para sua ex-namorada. Mas algo aconteceu durante o processo quando ela acabou se apaixonando por ele. Gabriel seria capaz de retribuir o amor de Madi ou preferiria a pessoa que amou primeiro? * * * Quando completou 18 anos, uma jovem de espírito livre, Arrianna Angela, assinou o contrato mais estúpido de sua vida. E isso era casar com o melhor amigo do seu irmão, o primeiro amor dela, Alexander Jonathan Smith. Mas aqui estava a reviravolta... Ele era rico, bonito, mas um dos mulherengos reconhecidos na cidade. Mas o que eles não sabiam era que não só o contrato assinado podia ser considerado estúpido, mas também ela, que ainda se viu profundamente apaixonada por ele, mesmo que ele a tenha deixado sozinha em seu casamento por quatro anos. E agora que ele voltou, ela ainda podia acreditar no homem que a fez sentir indigno por muito tempo, ou como nos últimos anos que tinha esperado, ela ainda aceitaria e continuaria a amá-lo apesar de tudo o que aconteceu?

Capítulo
Ler agora
Baixar livro