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O Despertar Da Magia Lupina

O Despertar Da Magia Lupina

Jac Esteves

5.0
Comentário(s)
17
Leituras
7
Capítulo

Haley foi afastada de sua família quando ainda era pequena e passou cinco anos vivendo com sua tia. Um dia, ela recebe um telefonema misterioso de seu pai, pedindo para que ela retorne para casa. Sem hesitar, Haley faz as malas e volta para casa, mas percebe que tudo mudou. Nada parece familiar. Seu pai está agindo de forma estranha e convoca todos para um grande anúncio. É nesse momento que Haley descobre sua verdadeira origem e o motivo pelo qual foi afastada.

Capítulo 1 O retorno inesperado

Capítulo 1

Miami tem sido minha casa há cinco anos, e para ser sincera, eu amo cada canto deste lugar. Atualmente, moro com minha tia, que, como não teve filhos, me ofereceu um quarto. Bem, tudo começou quando eu tinha quinze anos. Meu pai chegou tarde da noite parecendo um louco, arrumou minhas coisas e me mandou embora de casa. Chorei tanto, implorando para ficar, mas ele não deixou e o resto da família não tentou me ajudar.

Naquela época, eu era namorada do Brendy, o garoto mais popular da escola, o que me fazia ser uma garota legal. Nós namoramos por dois meses até que minha vida mudou. Meu pai me proibiu de manter contato, e ele só ligava para mim uma vez por ano através da minha tia.

Até agora...

- Alô?

- Haley, é o papai.

- Pai? - Levantei do sofá num pulo, meu coração acelerou. - O senhor nunca liga diretamente pra mim, aconteceu alguma coisa?

- Eu quero que você pegue o primeiro voo para casa.

- Por que?

- Eu explico tudo pessoalmente.

- Mas... Eu tenho trabalho amanhã...

- Venha o mais rápido que conseguir, por favor. - Sua respiração ao telefone me assusta, ele fica em silêncio e desliga.

Fiquei de pé na sala com o celular ainda no ouvido, minha cabeça montando cenários horripilantes.

Por que ele não falou por telefone?

Alguém morreu?

Alguém vai morrer?

Virei-me e corri escada acima, enfiei um monte de roupas na mala. Minhas mãos ainda estavam tremendo, eu precisava me acalmar.

– Haley... – Jane parou na porta do meu quarto. – Ah, ele já te ligou.

– Sabe o que aconteceu?

– Ele apenas disse para cuidar do seu voo... – Jane engoliu em seco. – Tem certeza que quer ir?

– Eu não tenho escolha, tia. – Fechei minha mala, abri a gaveta e peguei a carteira com documentos. – Faz cinco anos que ele me mandou embora sem explicar o porquê, agora ele liga pedindo para ir pra casa. Ele não diz os seus motivos, mas sua voz entrega que tem alguma coisa acontecendo.

– Eu sei, mas... Você tem uma vida aqui. Por cinco anos fomos apenas nós duas, eu te tenho como uma filha... – A voz dela falhou no final. Parei por um momento, então ouvi ela chorar. Levantei meu olhar para ela, respirei fundo e me aproximei. Sem demora ela me abraçou.

– Eu te agradeço por cuidar de mim, sem você eu não chegaria tão longe. – Apertei os braços em volta dela. – Não é um adeus.

– Eu sei. – Jane se afastou e limpou seu rosto. – Eu odeio mudanças...

– Eu também, mas às vezes elas são necessárias. Por que não vem comigo?

– Eu não posso, tenho que estar no tribunal logo pela manhã.

– Como anda o caso?

– Muito bem, eu acho que nós vamos ganhar. Meu cliente é inocente...

– Todos dizem isso. – Balancei a cabeça, achando graça.

– Você é muito rigorosa. – Jane riu e tirou do bolso um bolo de dinheiro.

– O que? Não! De jeito nenhum.

– Você não sabe o que vai encontrar por lá, esteja pronta para qualquer coisa. Aqui está sua passagem de volta e algo mais para se virar por uns dias.

– Tia…

– Por favor, me deixe fazer apenas isso. Seja o que for que seu pai diga, se não suportar, venha para casa.

– Tá, eu prometo.

Antes de partir, avisei no trabalho que precisava de uma folga. Não foi algo tão difícil, pois seriam minhas primeiras férias em três anos de trabalho. Eu tinha um mês inteiro para passar com minha família, dependendo do motivo de estar voltando.

Jane me deixou no aeroporto e nossa despedida foi marcada por lágrimas. Como era domingo, não enfrentei fila e meu voo estava marcado para as 14h.

Cheguei em Los Angeles às 23h da noite. Não avisei a ninguém, pois não tinha o número deles para ligar. Meu pai usava um número desconhecido toda vez que ligava, então eu ainda estava no escuro.

O táxi parou na antiga e conhecida Rua Z, onde eu costumava brincar até tarde e foi aqui que dei meu primeiro beijo. Peguei minha mala e virei-me para o que devia ser a casa dos meus pais. A estrutura da casa era completamente diferente do que eu me lembrava, agora possuía três andares.

A placa de neon dizia 'Luar Night'.

- Onde diabos foi parar a minha casa? - murmurei.

Levei minha mão até a maçaneta e, no mesmo instante, alguém abriu a porta e colidiu comigo. Por um momento, perdi o equilíbrio, mas fui segurada antes de cair no chão. Ofegante e assustada, olhei para ele. Seus olhos eram de um lindo e profundo azul acinzentado. Fios castanhos escuros caíam sobre sua testa e seu penteado era desleixado, mas ele era muito cheiroso.

- Está gostando do que vê? - Ele me encarou com uma certa arrogância em seu olhar.

- N-não. Você pode me soltar agora?

Por que eu gaguejei? Agora ele vai pensar que sou uma idiota.

- Eu esperava um obrigado - Ele me soltou, cruzou os braços e riu.

Engoli em seco e rapidamente ajeitei meu cabelo e roupa. O estranho me olhou dos pés à cabeça, mordeu os lábios e levou a mão à nuca. Ele estava me estudando?

- Você me derrubou. Por que eu pediria desculpas?

- Porque é uma questão de educação.

- Nesse caso, eu não sou educada - Segurei minha mala com mais força e dei um passo em direção à porta. Ele esticou o braço, me impedindo de entrar.

- Você não quer entrar nesse lugar - O estranho estreitou os olhos, desafiando-me.

- Primeiro tenta me educar, agora está me dando ordens?

O estranho soltou uma gargalhada fofa. Eu me contive para não rir junto com ele. Olhei para os lados e percebi que alguns homens nos observavam. O estranho se aproximou do meu ouvido, olhei para seu rosto tão perto do meu e meu corpo se arrepiou. Ele virou o rosto na direção do meu pescoço e inspirou algumas vezes.

- Hmm. É comum...

- Ei, você está me cheirando? - Coloquei as mãos sobre o peito dele e o empurrei. Ele riu novamente.

- Esse lugar definitivamente não é para você.

- E você descobriu isso me cheirando?

- É um jeito simples e eficaz.

- Está insinuando que eu estou fedendo?

- Oh! Não, de jeito nenhum. Você cheira

maravilhosamente bem.

Alerta de bochechas corando!

- Ah... É... Obrigada.

- Vá embora, neném.

Dito isso, ele se virou e caminhou até um carro, entrou e, como se fosse um fugitivo da polícia, cantou pneu, sumindo na estrada. Eu ri ironicamente. Mas que diabos acabou de acontecer?

Quem era esse louco?"

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