Em uma cidade onde a noite guarda segredos e mistérios, Marina, uma jovem encantadora mas incrivelmente azarada, vê sua vida mudar radicalmente ao encontrar Adrian, um vampiro enigmático que carrega séculos de maldições. Marina sempre teve um dom para atrair problemas, mas seu coração gentil e espírito indomável nunca deixaram que isso a derrubasse. Quando seus caminhos se cruzam, ela descobre que seu azar pode estar ligado a algo muito mais profundo e antigo. Adrian, condenado a vagar pela eternidade com um coração de pedra, se vê inexplicavelmente atraído por Marina. Ela é a chave para quebrar a maldição que o aprisiona, mas libertá-lo pode significar o fim para ela. Em meio a beijos que carregam promessas e maldições que ameaçam destruí-los, os dois precisam desvendar um passado sombrio enquanto lutam contra forças que não entendem e um destino que parece decidido a mantê-los separados. "Beijos e Maldições" é uma história de amor proibido, mistérios sobrenaturais e a luta entre a luz e a escuridão. Embarque nesta jornada onde o azar pode ser o maior trunfo e o amor, a única salvação.
Capítulo 1 O Encontro Sob a Lua
Marina sempre acreditou que sua vida era guiada por uma estranha combinação de sorte e azar. Desde pequena, pequenos acidentes e coincidências bizarras faziam parte de seu cotidiano, mas seu espírito alegre e carismático sempre a mantinha em pé. Naquela noite, porém, algo estava diferente. A lua cheia pairava no céu, iluminando as ruas estreitas e sombrias da antiga cidade de Vilarreal, como se quisesse revelar segredos escondidos nas sombras.
Marina estava voltando para casa depois de um longo dia de trabalho no café local. Seu uniforme estava sujo de café derramado, uma vítima de mais um de seus famosos tropeços.
Ao dobrar a esquina da Rua dos Cedros, sentiu um arrepio subir pela espinha. As sombras pareciam mais densas, e o ar estava carregado de uma energia que ela não conseguia explicar.
De repente, ouviu um barulho atrás de si. Virou-se rapidamente, mas não viu nada além da rua vazia e dos faróis dos carros distantes. Apressou o passo, o coração batendo mais rápido a cada segundo. Foi então que o viu.
Adrian estava parado sob a luz fraca de um poste, sua silhueta alta e imponente projetando uma sombra longa no chão. Seus olhos brilhavam com uma intensidade que Marina nunca havia visto antes, e um leve sorriso curvava seus lábios pálidos.
- Boa noite, Marina - disse ele, com uma voz profunda e melodiosa.
Ela parou, surpresa por ele saber seu nome. Não o conhecia, mas algo nele parecia familiar, como se tivesse saído diretamente de seus sonhos mais secretos e perturbadores.
- Quem é você? - perguntou, tentando manter a voz firme.
Adrian deu um passo à frente, saindo da sombra e revelando seu rosto. Ele era incrivelmente belo, de uma maneira quase etérea, mas havia algo nos seus olhos que falava de uma dor antiga e inescapável.
- Alguém que espera por você há muito tempo - respondeu ele, enigmaticamente.
Antes que Marina pudesse reagir, um grupo de homens apareceu no fim da rua, armados e com intenções claramente hostis. Eles pareciam procurar alguém, e seus olhares predadores rapidamente se fixaram em Adrian e Marina.
- Venha comigo - ordenou Adrian, segurando sua mão.
Sem saber exatamente por que, Marina confiou nele. Algo dentro de si dizia que seguir Adrian era seu destino. Juntos, correram pelas ruas sinuosas de Vilarreal, com os perseguidores logo atrás. As habilidades de Adrian em navegar pela escuridão eram quase sobrenaturais, e Marina sentiu uma estranha mistura de medo e fascínio por ele.
Finalmente, encontraram refúgio em uma antiga capela abandonada. Ofegantes, eles se encostaram nas paredes de pedra fria, tentando recuperar o fôlego. Adrian a olhou profundamente nos olhos, e Marina sentiu uma conexão inexplicável, como se suas almas se reconhecessem.
- Quem são esses homens? - perguntou ela, ainda tentando entender o que estava acontecendo.
- Eles são caçadores de vampiros - respondeu Adrian, com um brilho sombrio no olhar. - E eu sou a presa deles.
Marina piscou, tentando processar a revelação. Vampiros? Parecia impossível, mas olhando para Adrian, algo lhe dizia que ele estava falando a verdade. E, de alguma forma, ela sabia que sua vida nunca mais seria a mesma depois daquela noite.
- E por que estão atrás de você? - perguntou ela, tentando manter a calma.
- Porque sou o último de minha espécie nesta região - respondeu Adrian, com um tom de tristeza.
- E porque preciso de você, Marina. Você é a única que pode quebrar a maldição que me aprisiona.
Marina sentiu seu coração disparar. Maldições? Vampiros? Nada fazia sentido, mas ao mesmo tempo, tudo parecia se encaixar. E ali, sob a luz pálida da lua, ela soube que estava prestes a embarcar na aventura mais perigosa e fascinante de sua vida.