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Ame enquanto há tempo

Ame enquanto há tempo

Rosa Benguela

5.0
Comentário(s)
6
Leituras
1
Capítulo

A história de Fernando e Laura ilustra de maneira poderosa a fragilidade das relações e a importância do diálogo, da empatia e do perdão. Às vezes, deixamos que o orgulho e as mágoas se tornem barreiras em nossos relacionamentos, esquecendo que o tempo é finito e que, ao final, o amor deve prevalecer sobre qualquer desentendimento. Fernando aprendeu, da forma mais dolorosa, que a vida não oferece garantias de segunda chance, e que as palavras não ditas podem deixar cicatrizes mais profundas que qualquer discussão. A partir desse momento trágico, ele encontrou em si mesmo a força para buscar o perdão e a paz, ainda que fosse tarde demais para consertar o passado.

Capítulo 1 Ame enquanto há tempo

Era uma vez, em uma pequena vila à beira de um lago sereno, um casal que tinha uma vida simples e feliz.

Fernando e Laura eram conhecidos por sua cumplicidade, sempre trabalhando lado a lado, partilhando sonhos e momentos de alegria.

Contudo, como em qualquer relacionamento, também enfrentavam dificuldades. Com o tempo, as pequenas diferenças entre eles começaram a se tornar grandes discussões. Fernando, cansado da rotina e das responsabilidades, sentia que Laura não o compreendia.

Ela, por outro lado, acreditava que ele não a valorizava como antes. Uma tarde, depois de uma briga acalorada, Fernando saiu de casa furioso, sem se despedir. Laura, com o coração pesado, ficou sentada à mesa, sozinha, com as palavras ditas ecoando em sua mente. Os dias se passaram e nenhum dos dois tomou a iniciativa de se desculpar. A tensão pairava sobre a casa, mas no fundo, ambos queriam se reconciliar. Fernando, com o orgulho ferido, esperava que Laura desse o primeiro passo. Laura, magoada, aguardava que ele reconhecesse o erro. Um dia, quando Fernando estava no trabalho, recebeu uma notícia que mudaria sua vida para sempre: Laura havia sofrido um mal súbito e falecera. O mundo de Fernando desabou. O peso das palavras não ditas e das desculpas adiadas esmagou seu coração. Ele correu para casa, mas já era tarde demais. Laura se fora, e com ela, a chance de reconciliação. Fernando, atormentado pela culpa, passava os dias revisitando cada discussão, cada momento em que poderia ter se desculpado. Mas nada trazia Laura de volta. Ele se lembrou do último olhar que ela lhe deu, cheio de dor e saudade, antes de ele sair de casa naquele fatídico dia. Percebeu, tarde demais, que o orgulho havia lhe roubado o que mais amava. Nas noites seguintes, Fernando sonhava com Laura. Em seus sonhos, ela aparecia sorrindo, como se estivesse em paz. No último sonho, ela lhe disse: - Eu te perdoo, Fernando. Não carregue essa culpa. Nosso amor era maior do que qualquer discussão. Fernando acordou com o coração um pouco mais leve. Mesmo que a dor da perda fosse insuportável, ele sabia que Laura havia encontrado a paz. Com o tempo, ele aprendeu a viver com o arrependimento e a valorizar cada memória que tinham construído juntos, prometendo nunca mais deixar o orgulho falar mais alto que o amor

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