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O chamado da floresta

O chamado da floresta

cahcah

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Capítulo

Lyria é filha de Adra uma bruxa solitária que morava nos confis de uma floresta nevada norueguesa onde conheceu Sylvaris um lobo Alfa que estava perdido e ferido, após ajudá-lo entraram em um relacionamento onde nasceu Lyra, após o nascimento Sylvaris saiu com a promessa de buscar alimento e remédios mas, não foi mais visto, embora Lyra crescece acreditando que o pai estava morto, sua mãe não acreditava nisto. Lyra aprendeu tudo que pode sobre seu lado místico com sua mãe, mas não sabia nada sobre o lado lobo, quando sua mãe adoeceu ela lhe disse para nunca confiar em lobos, após sua morte Lyra viveu sua vida pacata até ver um homem lobo sangrando na beira do rio gelado e salvar sua vida, se tratava de Talion, a futura promessa para ser um rei Alfa. O que o futuro espera desses dois?

Capítulo 1 O lobo na nevasca

- O lobo está uivando na floresta, ele quer mas não consegue dormir, está frio em sua toca, a fome lhe tem, lobo, lobo você não irá pegar minha criança, dorme agora minha filhinha, a mamãe aqui está. Adra canta suavemente para Lyria.

A nevasca atinge a velha casa no meio da floresta densa, se tratava da segunda nevasca em seis anos, embora velha, dentro da casa estava confortável, Adra havia preparado a lareira e uma sopa de cebola com cogumelos.

-Mamãe, como conheceu meu pai? Lyria pergunta curiosamente.

-Agora não é hora, vamos fechar os olhinhos pequena filhote.

-A senhora nunca me conta sobre ele, eu só sei que ele era um lobo forte e bonito como eu.

-Muito modesta. Vamos durma que amanhã é um novo dia e será lindo. Adra sorri com uma pitada de tristeza.

Adra a criava sozinha desde que Sylveris sumiu do mapa há exatamente seis anos, ela nunca acreditou que ele de fato havia morrido e sim se cansado da vida pacata que levavam, ele era um lobo e um Alfa com certeza ele teria outras coisas para fazer.

Embora ela não sentisse ódio por ele ter ido embora sem olhar para trás, ela alimentava um pouco de raiva e frustração além da tristeza de perder seu primeiro e único amor. Era certo de que ela não queria que Lyria passasse pelo mesmo.

Ela nunca conseguiu ensina-la sobre seu lado lobo, mas seu lado bruxa foi bem treinado, mas era difícil, pois os dois lados de Lyria viviam em desequilíbrio, e por Adra não saber, não conseguia ensina-la de forma eficaz.

Adra era uma mulher de personalidade forte, cabelos longos pretos ondulados, seus olhos escuros e pele bronzeada. O ambiente em que vivia era afastado pois antigamente na época de seus pais se tratava de um esconderijo.

O vilarejo em que viviam havia sido atacados por humanos e muitos acabaram se espalhando pelo mundo em diversos esconderijos, muitos bruxos conseguiram acordos com os lobisomens de viverem pacificamente em suas terras.

No entanto os pais de Adra acabaram se instalando nos confis da floresta e por lá viveram, e assim Adra cresceu e está fazendo com sua filha o mesmo a criando longe do perigo, pelo menos era o que se achava.

A nevasca se foi, o tempo passou, Adra envelheceu, alguns humanos e lobisomens foram vistos ao longo dos anos mas toda casa tem encantamentos de disfarce, Lyria só os via de longe.

-O fluxo de pessoas e lobos aumentou muito durante os anos mamãe, o que pode ser?

- Eu não entendo aqui é longe e deveria ser seguro. Adra diz com preocupação.

Lyria já estava com vinte e dois lindos anos, embora tivesse vontade de ir conhecer outros horizontes ela não queria deixar sua mãe sozinha e nem deixa-la triste igual seu pai fizera uma vez.

-Cof...Cof... Adra tossia com muito esforço.

-Mamãe você está bem? Deixa que eu faço o jantar, vá deitar. Lyria dizia com preocupação.

- Estou bem, apenas me faça um chá de hortelã.

-Mas mamãe.

-Lyria estou bem, apenas cansada. Irei deitar você continua.

-É melhor irmos procurar ajuda médica mamãe.

-Lyria NÃO. Não sabemos o que há lá fora é muito perigoso.

Embora vivessem afastadas Lyria já havia lido todos os tipos de livros, ela não tinha muito a fazer então ela lia os livros que haviam na casa, incluindo um esquecido por seu pai, era um livro de guerra e defesa de lobisomens.

A noite foi longa, Adra já estava muito doente e Lyria imaginava ser alguma doença no corpo mas não era médica e queria muito pedir ajuda mas ela temia não conseguir achar o caminho de volta a tempo de salvar sua mãe.

-Lyria venha aqui. Adra disse com a voz baixa e cansada.

-Estou aqui mamãe. O que há?

-Acho que chegou a hora de eu lhe contar sobre seu pai e como nos conhecemos.

-Mamãe não. Você pode me contar quando melhorar. Lyria disse com lágrimas.

-Você é uma adulta agora, sinto muito por não poder lhe proteger mais. Quando eu me for você pode ir embora daqui, mas lembre-se evitem os lobos maus.

Lyria não respondeu apenas derramou lágrimas.

-Foi na primeira nevasca que enfrentei neste lugar, estava muito frio e eu não havia me preparado então saí em busca de lenha...

A verdade é que Sylveris estava enfrentando o torneio Lobo rei. Que visa escolher o primeiro e segundo lugar para se tornarem sucessor e secretário do rei. Eles eram submetidos a dias com fomes e logo eram soltos na floresta.

Na floresta havia muitas iscas para os levarem ao erro, incluía humanos em alguns pontos estratégicos em cabanas, pedaços de servos, água a vontade, teriam que ficar três dias em forma de lobo e os últimos dois em forma humana.

A regra era clara não poderiam atacar os humanos, nem sucumbir aos desejos de carne a vontade. Teriam que caçar e sobreviver, a questão era que um lobo faminto não raciocina direito então teriam que serem fortes.

Eles enfrentariam alguns perigos armadilhas e lobos sem alcateias, os gorgs que são violentos e doentes. Lobos olheiros mantinham distância cada um tinha seu lobo olheiro para avaliar a performance de cada participante.

Mas ninguém esperava que naquele dia caísse a maior nevasca que já viram naquela imensa floresta, não dava pra ver muitas coisas o que tornava tudo mais difícil, logo o lobo olheiro de Sylveris já havia se perdido dele, agora ele estava sozinho.

Sylveris não conseguia achar o caminho de volta, nem o caminho certo, ele também não estava disposto a perder o torneio. Porém com a visão diminuída ele não percebeu que estava no alto de uma colina e ao correr em frente caiu.

Após a queda Sylveris sangrava muito, e para se curar mais rápido precisaria se transformar de volta. Ele tinha duas alternativas perder o torneio ao se transformar em humano e se curar, ou ficar em forma de lobo e sangrar torcendo para se curar a tempo ou alguém lhe achar o que era improvável.

Percebendo que pudesse estar sozinho sem seu olheiro ele tentou voltar a sua forma humana mas logo ele cessou pois ele jamais deixaria a oportunidade de ser sucessor do rei passar.

Ele sangrou por um dia e uma manhã quando já estava fraco ele acordou sendo arrastado por uma figura que ele não sabia identificar mas ele não conseguia se mexer suas patas quebradas estavam imobilizadas então apenas observou os longos cabelos pretos voarem junto à neve.

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