Bruna é uma mulher que reside em Seul há seis anos. Vive sozinha, distante de sua família e de sua filha, e possui poucos amigos. Em um dia em que se sente extremamente triste, com saudade de seu país, decide ir ao único lugar que a faz sentir-se bem. Lá, por um acaso do destino, conhece um rapaz mais jovem. Ele traz vida e cor à sua existência, revelando-se super alto astral, brincalhão, com um ar misterioso e uma aparência angelical. Conforme seus caminhos se cruzam mais vezes, ela descobre sua verdadeira essência. Ele se torna a esperança de um recomeço, uma oportunidade de redescobrir o amor, agora de uma forma mais leve e genuína
Estou a caminho de casa, mas por um momento eu só queria parar e esquecer tudo o que havia acontecido. Meus pensamentos apenas voam em momentos passados. Decido não ir pra casa, Paro o carro, digito uma mensagem rápida pra Sammy, minha amiga, dizendo para não me esperar acordada após ia demorar pra sair da faculdade. Dei meia volta com o carro e segui para o lugar que mais amo aqui!
Desde que cheguei em Seul, o Rio Han tem sido como meu consolo. Venho aqui sempre que preciso pensar, chorar, ficar com raiva, enfim sempre que preciso de um acalento e hoje era um daqueles dias que eu só precisava sentar ali mesmo no chão, olhar pra ele e apenas chorar.
Estou longe da minha família a 6 anos, longe da minha filha a 3 anos, quando eu e ela decidimos que entre terminar os estudos e cursar estética aqui ou nos Estados Unidos preferia que ela fosse pra lá. Temos amigos e alguns parentes e ela não se sentiria sozinha. Ela ficou relutante no começo, pois sabia que sempre fui muito dependente das pessoas, de afeto de carinho, não me interprete mal, mas aqui é totalmente diferente a forma que é demonstrado do que no Brasil e eu sentia falta disso, e hoje era um dia assim.
Sentei a frente do lago e como nunca havia ninguém ali, gritei com o universo a todo pulmão:
Bruna: EU ODEIO ESSE LUGAR DE MERDA, QUERO MINHA FILHA, MINHA MÃE, MEUS AMIGOS. - Nesse momento parecia que a minha alma ficou um pouco mais leve, porém como a minha sorte é muito grande (contém ironia) escuto uma voz atrás de mim, o que me fez gelar dos pés a cabeça.
Xxx: Se odeia tanto esse lugar e quer sua família de novo, porque apenas não vai embora, ficar gritando aqui não vai resolver, não acha ?
Bruna: A pronto, no único lugar que eu poderia desabafar e expressar minhas insatisfações, vem um doido com cara de adolescente cheio de tatuagem achando que pode simplesmente me dizer o que fazer. Escuta aqui, você não pode simplesmente chegar aqui e se meter no meu desabafo. Não perguntei nada pra você.
Xxx: Com esse tom de voz que usou e o volume do grito, queria que ficasse quieto? E pra sua informação não sou um adolescente e outra, quem é você pra falar? Tá com quase mais tatuagens que eu.
Bru: A poupa minha vida, se me der licença, vou continuar aqui no meu lugar e por favor não me encha mais o saco. Não estou com paciência garoto. Vai procurar sua turma do colegial, devem estar te procurando. Isso não é hora pra você estar na rua.
Xxx: Ainda é arrogante e cheia de marra! Faz totalmente meu tipo. Adoro mulheres assim. Ainda mais porque vejo que pelo sotaque é do Brasil. Se fosse em outro momento eu te chamaria pra beber, mas como você disse, vou procurar minha turma. Se cuida linda! O moreno se afastou, mas antes que eu pudesse perde-lo de vista ele gritou:
Xxx: AH E PRAZER, ME CHAMO JUNGKOOK! ATÉ MAIS MARRENTINHA! A GENTE SE ESBARRA QUALQUER DIA.
Fiquei simplesmente atordoada, nunca tinha me acontecido isso, como eu disse, sempre venho aqui e nunca tem ninguém. Nesses 6 anos nunca apareceu nenhuma alma viva. E que abusado me chamar de marrenta e falar tudo aquilo, que ele pensa que é, pra falar isso???
Fiquei mais um pouco ali sentada, aquela tristeza aos poucos foi indo embora e fiquei somente com uma sensação de paz. Voltando pra casa me peguei pensando naquele garoto, em tudo o que ele me disse e tive uma sensação estranha. Tentei não pensar, mas era impossível. Ele era uma graça, tinha um ar misterioso, tinha um rosto angelical, um ar de inocência mas ao mesmo tempo tinha uma postura sexy, o jeito de falar, o físico dele... Não sei explicar ao certo, só sei que esse pequeno encontro mexeu um pouco comigo. Isso nunca tinha me acontecido!! Mas como a gente nunca mais iria se ver, tratei de tirar esses pensamentos da minha cabeça. Se fosse em outros tempos, eu teria dado em cima dele. A minha vida toda, com exceção do Yoong, nunca me interessei por homens mais velhos, ele tinha sido o único. Ele foi o amor da minha vida, lembro que quando terminamos, jurei que nunca mais iria gostar de ninguém como eu gostei dele. A gente era bom em tudo juntos. Ele era meu melhor amigo, meu parceiro nos finais de semana de jogos, me consolo na TPM meu melhor amante, sem contar que me ajudou muito com a Maria, nunca se importou pelo fato de eu ja ser mãe quando nos conhecemos. Mas nem tudo são flores, acabamos terminando. Na época ele me disse que gostava demais de mim e que até pensou que eu seria a mulher perfeito para ele passar o resto da vida, mas que o coração dele batia mais forte por outra pessoa, pedi mais uma chance, mas infelizmente nos separamos. Depois disso, não me envolvi amorosamente sério com ninguém.
Tentei afastar os pensamentos que invadiram minha mente, mas era difícil. Fazia muitos anos que eu não ficava com ninguém e a muito tempo que não me despertava interesse sexual, até aquele momento. Fiquei imaginando ele sussurrando no meu ouvido, me chamando de marrenta, beijando minha boca, mordendo meus lábios, enquanto uma de suas mãos estão em meu cabelo puxando para trás a outra percorre meu corpo, pedindo passagem pela minha intimidade....
Saio do transe com uma buzinando atrás de mim, eu estou molhada apenas pensando nele e nessa cena que minha cabeça criou. Mas como jamais veria ele novamente, tentei afastar de mim essa vontade.
Cheguei em casa e corri para o banheiro, tomei um banho gelado e tratei de colocar minha cabeça em ordem novamente. Coloquei meu pijama favorito, fiz um ramen e para acompanhar, uma dose de Whisky, minha bebida favorita. Assim que terminei, fui dormir pois precisaria acordar cedo para trabalhar e ir para a faculdade.
**QUEBRA DE TEMPO**
O despertador toca, e eu realmente fico com raiva de mim mesma por ter ido dormir novamente tarde. Levanto e como de costume, tomo meu banho rápido pois não teria tempo de comer nada, novamente.
Sammy já está na cozinha e como sempre com o café preparado para mim. Ela é uma das únicas pessoas que eu posso contar aqui. Conheci ela assim que cheguei, trabalhavamos juntas na clinica, nossa sintonia bateu desde o primeiro dia. Ela é 10 anos mais jovem, mas as vezes acho que ela é bem mais madura que eu. Ela nasceu e cresceu aqui e ajudou muito no inicio a mim e a minha filha a se encaixar na nova cultura. Decidimos morar juntas já fazem 4 anos.
Sammy: Acordou gata? A senhora tem chegado bem tarde ultimamente e sempre que eu levando a garrafa de Whisky está sempre quase vazia...
Bruna: Sammy, você é linda, maravilhosa e uma amiga que amo muito, mas hoje não estou bem e não queria falar nada. Ontem não foi como os outros dias, foi diferente e eu preciso pensar sobre tudo o que houve.... Desculpa ta? Podemos tomar um café na facul e te conto tudo pode ser?
Sammy: Eita, nunca te vi assim! Ei sabe que pode contar comigo para o que precisar viu? Estarei aqui e não só comigo, como com o Nam também. Ele gosta muito de você...
Bruna: Ei é por isso que te amo amiga!
Nam é o noivo dela e sempre me considerou mais que amiga, sempre me chama de cunhada e tem minha filha como sobrinha dele, faz ela fazer reverencia e tudo. Ele ajudou muito ela quando decidi mandar ela para os EUA para estudar e sempre que pode da um jeito de ir até lá ou mandar um dinheiro, mesmo ela e eu falando que não precisava. Ele trabalha em uma empresa de cosméticos e isso facilita muito sua ida para lá quando pode. Não sei como agradecer ao universo por terem colocado eles no meu caminho.
No caminho do trabalho fico ainda bem pensativa no que aconteceu e de como eu realmente queria voltar para casa, mas ainda não posso. Tenho que trabalhar mais alguns anos aqui para conseguir ter uma vida estável no Brasil. Chego na clinica onde trabalho e foco nos meus pacientes.
Devido a minha primeira formação, que é enfermagem estética, consegui uma boa colocação aqui em Seul. Trabalho auxiliando uma médica nos procedimentos que é feito e devido a isso tenho conseguido uma boa experiência. Ela me ajuda em tudo relacionado a isso e disse que quando eu decidi ir embora, ira fazer o possível para me ajudar a distancia no Brasil, se eu ainda decidir seguir essa carreira, já que a minha faculdade aqui é totalmente diferente. Sou estudando do 4 período de Artes cênicas na Universidade Nacional de Artes da Coreia (K-Arts).
Meu dia passou voando, ajudei em alguns procedimentos estéticos, agendei algumas palestras para Dra Yuna e consegui estudar um roteiro novo que era para hoje a noite.
Dra Yuna: Bruna senti você meio distante hoje, aconteceu alguma coisa? Posso ajudar em algo?
Bruna: Desculpe Dra Yuna, não era minha intenção demonstrar. Se atrapalhei ou algo assim, peço que me desculpe.
Dra Yuna: Não precisa se desculpar, você foi excelente como sempre, impecável, mas eu já te conhece e sei quando não está bem. É referente a sua família né?!
Bruna: Sim - Digo com um aberto no peito - Estou com muitas saudades novamente e ainda mais porque está chegando o aniversário da minha princesa e novamente vamos passar longe. Mas sei que é por uma boa causa. Mas agradeço a senhora mesmo assim.
Dra Yuna: Se precisar de qualquer coisa me procure. Gosto muito de você Bruna.
Bruna: Obrigada Dra. Agora se a senhora me der licença, vou indo. Tenho ensaio na faculdade hoje para a peça da primavera.
Dra Yuna: Sem problemas, boa aula.
Nos despedimos e logo sai. Chegando na faculdade fui direto na cantina comer algo, estava com fome e hoje foi um daqueles dias que não consegui comer nada. Entro na fila para pedir algo e começo a me sentir estranha, com tontura e uma sensação de desmaio, droga não deveria ter pulado as refeições. Minha boca começa a ficar seca, tento focar em alguma coisa mas sem sucesso. Tenho uma sensação de desmaio e quando eu ia cair, sinto alguém me segurar. Quando recobro a consciência, já na enfermaria vejo quem eu menos esperava ver, o garoto abusado daquele dia, o que ele estaria fazendo aqui?
JK: Marrentinha, para quem passou a pose de sabe tudo e eu não preciso de ninguém, você me surpreendeu! Crise de hipoglicemia? Sério?
Bruna: Garoto não vou nem perder minhas forças para te responder. Não tem nem idade para estar aqui aposto. Veio com a mamãe dar aula? É o dia da família na faculdade? - Só poderia ser brincadeira isso, o destino deveria estar me pregando uma peça só pode, de todas as pessoas desse mundo, porque justamente ele e aqui?
J/K: Para sua informação, eu estudo aqui. Estava no período da manhã, mas tive que mudar para a noite. Estou no 4º período de artes cênicas. Não acredita, da uma passada lá depois gatinha.
Bruna: A ta, você só pode estar de brincadeira. Mas enfim, não vou perder meu tempo discutindo. Obrigada por me trazer aqui, não tive muito tempo de comer hoje. Onde está a enfermeira, eu preciso ir para a aula.
J/K: De nada linda, foi um prazer te carregar no colo. Alias, que perfume gostoso esse seu viu... A enfeira já vem, mas ela disse que assim que você acordasse já poderia sair. Está aqui os papeis.
Bruna: Mas era só o que faltava, eu desmaiada e você aproveitando disso, que horror. Me de aqui, já vou indo. - Quando ia sair da maca, acabei de desequilibrando novamente e JK me pegou antes que eu pudesse cair. Nossos olhos se encontraram e por um momento, eu pensei que meu coração iria saltar da boca. Ele segurava minha cintura com firmeza, sua respiração estava perto demais e eu consegui sentir aquele perfume maravilhoso. Segurei em seus braços, que detalhe, eram muito fortes. Aqueles segundos pareciam uma eternidade e eu devo confessar que não queria sair dali. Ele começou a chegar mais perto, suas mãos que estavam na minha cintura, já começou a abraça-las, nossos corpos se colaram, consegui sentir seu corpo inteiro grudado no meu, minha respiração falhou um pouco e eu achei que iria morrer ali, apenas com o seu toque. Ele chegou bem perto do meu ouvido e com uma voz extremamente sexy e quente apenas disse:
JK: Marrentinha, se continuar com seu corpo grudado ao meu, eu não respondo por mim. Não sou de fazer rodeios e como você mesmo disse que sou um garoto, vou fazer uma coisa bem inconsequente e vou te fazer nunca mais me esquecer...
Aquela voz e esse atitude dele me fizeram derreter, não consegui responder nada. apenas me deixei levar. Ele foi descendo a mão pela minha cintura, achando a barra do meu vestido, foi levantando de forma demorada e como se estivesse pedindo permissão foi colocando sua mão entre minhas pernas. Comecei a sentir seu membro mais duro, a essa altura eu já estava totalmente fora de mim. Nunca tinha feito nada parecido ainda mais com uma pessoa que eu tinha visto apenas uma vez. Ele me deu um beijo doce, mas cheio de tesão. Seus dedos rápidos entraram em contato com minha intimidade.
JK: Nossa ainda está sem calcinha e molhada desse jeito? O que foi não consegue resistir a esse garoto? Será que eu faço você gozar assim?
Eu dificilmente usava calcinha quando ia de vestido, sempre gostei de me sentir livre rsrsrs e como sempre fui de comportar, nunca ninguém tinha percebido. O que estava acontecendo comigo? Eu só poderia estar louca, era isso.
Fomos tirandos do tranze quando a porta se abriu e a enfermeira entrou. Ela ficou um pouco confusa com a cena, mas JK logo falou:
JK: Enfermeira, acho que ela ainda não está bem. Ela estava saindo da maca quando acabou caindo, a segurei. Acho que ela precisa ficar de repouso mais um tempo. Seria bom uma dose extra de glicose e pedir para alguém trazer algo para ela comer.
Enf: Claro, sempre muito bem informado Srº Jeon Jungkook.
JK: Obrigada. Vou pedir a minha mãe para dar uma olhada nela, tudo bem?
Enf: Claro. A Bruna não é de passar mal, mas parece que nessas ultimas semanas tem gostado bastante de vir para cá.
JK: Obrigada - A enfermeira saiu e ele me ajudou a deitar novamente. - Não será hoje marrentinha, mas já pode ver que eu não sou um garoto e que eu quero você.
Com um olhar sexy, colocou os dedos, que antes estavam dentro de mim, na boca, os lambeu - Delicia, gostosa por dentro e por fora.
Antes que eu pudesse falar algo, ele apenas saiu me deixando ali atordoada com tudo isso.