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Desperto, mas não sinto vontade de acordar. Estou tão cansada, queria dormir mais, porém quem me balança impede isso.
— Acorda, minha querida. — Nana diz, ela é minha babá, cuida de mim desde o meu nascimento.
— Não, deixe-me dormir só mais um pouquinho. Ontem fiquei até tarde acordada, olhando as estrelas. — Digo, puxando o cobertor até tapar a cabeça.
— Ninguém mandou ser tão sonhadora. — Nana disse puxando o cobertor e dobrando. — Seu pai vai viajar hoje, você deveria se despedir, não? — Dou um pulo da cama assim que ela termina de falar. — Venha, seu banho já está pronto.
— Claro, claro. Como pude esquecer que meu pai viajaria hoje? Queria tanto ir com ele, mas, por algum motivo ele não quer deixar. — Falo tirando o pijama e indo me banhar.
Terminei de tomar banho, coloquei a roupa que Nana havia escolhido para mim e ela penteou meu cabelo. Hoje ele está especialmente vermelho, por isso falei para ela deixar solto, após muita insistência de que o correto é preso. O que não ligo muito. Felizmente, consegui ganhar a disputa.
Não quis passar nenhuma maquiagem. Tenho a pele bem clara, cabelos lisos e com as pontas cacheadas que vão até além da minha bunda, eles são vermelhos e meus olhos são verdes, mas, às vezes, ficam azuis. Ninguém entendeu muito bem a cor dos meus cabelos, pois meu pai, o rei, tinha o cabelo loiro, agora eles são brancos devido a idade e como muitos retratos de minha mãe revelam, ela se parecia comigo, só que com os cabelos lisos e pretos como a noite.
— Menina, para de correr ou vai acabar caindo. — Nana diz, me olhando feio do alto da escada.
— Tá bom, Nana. Desculpe. — Falo parando no meio da escada.
Olho para a frente novamente e reviro os olhos. Não sou mais criança, mas eles insistem em me tratar como uma. Assim que vejo meu pai parado, corro novamente e pulo em seus braços. Ignorando os gritos atrás de mim.
— Bom dia, minha bela flor. — Fala me dando um beijo no rosto. — Estou de saída, mas voltarei antes do seu aniversário de dezoito anos, trarei um belo presente para você. — Ele fala sorrindo.
— Pai, meu aniversário é daqui um mês, você vai ficar tanto tempo assim fora? — Falo, saindo do abraço e parando em sua frente.
— Provavelmente, eu volte antes, mas o que vou fazer é muito importante e precisa ser feito com calma. Agora, tenho que ir, se cuida, minha pequena. — Dá um leve beijo em minha testa e olha para Nana. — Cuide bem dela, os guardas estão todos com ordens de proteger e vigiá-la. Não deixe que saía do castelo.
Antes mesmo de poder protestar, perguntando mais uma vez se eu poderia ir, papai sai e entra na carruagem, me deixando sozinha onde estávamos. Por que tanta pressa?
Corro até o lado de fora e fico parada olhando a carruagem, até que ela some no meio do verde da floresta. Não gosto dessas viagens longas, em uma delas ele chegou a ficar quatro meses fora e meu tio que ficou no comando nesse período. Ele é bom e gentil, todos gostam dele também, mas meu pai é o melhor de todos.
Após ficar mais uns minutos parada olhando para onde a carruagem foi, decido que já é hora de tomar meu café. Subo as escadas novamente e sigo em direção a farta mesa que aguarda por mim e ao meu estômago roncador.
Mesmo que Nana esteja comigo, me sinto muito sozinha nesse castelo enorme. Eu tento, mas os empregados não conversam comigo, os guardas menos ainda e as outras princesas não me aceitam muito por não ser como elas. Tenho apenas uma amiga, mas ela está presa com os preparativos de seu aniversário.
Terei de inventar meios para não cair na tristeza durante esse tempo que meu pai vai ficar fora. Mesmo que tenha seus afazeres, ele costuma separar muito tempo para mim e gosto quando sentamos perto do rio, e ele lê para mim. É meu passatempo preferido.
(...)
Termino de tomar café e sigo para o meu quarto. Está um dia bem tedioso agora e não sei o que fazer. Não posso nem ir respirar sozinha no jardim, pois milhares de guardas estão ao meu encalço, prontos para me vigiar e proteger.
Sento na cama e fico pensando em um jeito de sair sem ser vista. Me deito, encaro o teto e tento montar planos para isso em minha mente.
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