Estava grávida de sete meses, o mundo parecia perfeito. A minha cunhada, Clara, e eu íamos para casa, um dia normal como tantos outros. De repente, o som de metal a rasgar. O carro capotou e o impacto atirou-me contra o vidro. Lá dentro, o pânico começou. O meu Miguel, o meu marido, o pai do meu filho, chegou ao local. Mas ele correu para a sua irmã, que gemia com um braço partido. Enquanto eu, com a barriga a sangrar, lhe suplicava ajuda, ele gritou: "Espera, Sofia! Não vês que a tua cunhada está ferida?". A última coisa que vi antes da escuridão foi ele a confortar Clara, enquanto eu sangrava sozinha. Perdi o nosso filho. No hospital, ele e a sua mãe culparam-me pelo acidente. "Talvez tenha sido para melhor", a minha sogra disse, referindo-se à morte do meu bebé. E Miguel, o meu Miguel, permaneceu em silêncio. Não me defendeu, como nunca me defendera. Percebi que toda a minha vida com ele tinha sido uma mentira. Aniversários esquecidos, dinheiro desviado para a Clara, a minha gravidez minimizada. Tudo sempre girou em torno dela, da sua irmã, do seu "laço inquebrável". Eu e o nosso filho éramos sempre a segunda opção. Como pude ser tão cega? Como pôde um homem que jurou amar-me e proteger-me abandonar-me assim? O meu filho não morreu por um acidente, mas pela frieza e egoísmo do homem que amei. Eu não estava louca, a minha dor não era apenas luto. Era raiva. Uma raiva fria e calculista. Não queria vingança, mas justiça. "Quero o divórcio." As palavras saíram com uma força gelada. Eu não pediria nada dele, apenas a minha liberdade. Mas então, descobri o extrato bancário. 5.000 euros para as facetas dentárias da Clara, pagos com o nosso dinheiro, enquanto ele me dizia que tínhamos de "apertar o cinto". Esta não era apenas uma traição emocional; era fraude. Eles queriam guerra? Iam tê-la. E eu ia ganhar a minha vida de volta.
Estava grávida de sete meses, o mundo parecia perfeito.
A minha cunhada, Clara, e eu íamos para casa, um dia normal como tantos outros.
De repente, o som de metal a rasgar.
O carro capotou e o impacto atirou-me contra o vidro.
Lá dentro, o pânico começou.
O meu Miguel, o meu marido, o pai do meu filho, chegou ao local.
Mas ele correu para a sua irmã, que gemia com um braço partido.
Enquanto eu, com a barriga a sangrar, lhe suplicava ajuda, ele gritou: "Espera, Sofia! Não vês que a tua cunhada está ferida?".
A última coisa que vi antes da escuridão foi ele a confortar Clara, enquanto eu sangrava sozinha.
Perdi o nosso filho.
No hospital, ele e a sua mãe culparam-me pelo acidente.
"Talvez tenha sido para melhor", a minha sogra disse, referindo-se à morte do meu bebé.
E Miguel, o meu Miguel, permaneceu em silêncio.
Não me defendeu, como nunca me defendera.
Percebi que toda a minha vida com ele tinha sido uma mentira.
Aniversários esquecidos, dinheiro desviado para a Clara, a minha gravidez minimizada.
Tudo sempre girou em torno dela, da sua irmã, do seu "laço inquebrável".
Eu e o nosso filho éramos sempre a segunda opção.
Como pude ser tão cega?
Como pôde um homem que jurou amar-me e proteger-me abandonar-me assim?
O meu filho não morreu por um acidente, mas pela frieza e egoísmo do homem que amei.
Eu não estava louca, a minha dor não era apenas luto.
Era raiva. Uma raiva fria e calculista.
Não queria vingança, mas justiça.
"Quero o divórcio." As palavras saíram com uma força gelada.
Eu não pediria nada dele, apenas a minha liberdade.
Mas então, descobri o extrato bancário.
5.000 euros para as facetas dentárias da Clara, pagos com o nosso dinheiro, enquanto ele me dizia que tínhamos de "apertar o cinto".
Esta não era apenas uma traição emocional; era fraude.
Eles queriam guerra?
Iam tê-la. E eu ia ganhar a minha vida de volta.
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