Não Me Procures: O Recomeço Impiedoso

Não Me Procures: O Recomeço Impiedoso

Gavin

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Capítulo

Acordei no hospital, com o cheiro opressivo de desinfetante e o vazio deixado pela perda do nosso filho. O meu marido, Pedro, de olhos vermelhos, parecia chorar comigo. "O Leo não sobreviveu," murmurou ele, e o meu mundo desabou. Mas a dor do luto foi rapidamente substituída por uma frieza cortante. Pedro e a minha sogra, Helena, agiram rápido. Eles esvaziaram o quarto do meu filho, apagando cada rasto da sua existência, enquanto me acusavam de loucura e instabilidade. "Tens de seguir em frente," diziam, na verdade, queriam livrar-se de mim. Quiseram empurrar-me para a casa dos meus pais, enquanto Pedro desviava o foco para consolar a sobrinha. Eu era um incómodo, a minha dor, um problema a ser despachado. Não bastava ter perdido o meu único filho, tinha também a minha vida e a minha sanidade questionadas. Dormi sobre a dor, a raiva e a sensação de injustiça que me consumiam. Mas na calada da noite, a verdade escondeu-se numa gaveta. O relatório do acidente. Neguva. Negligência. Falha mecânica nos travões devido a manutenção negligente. Pedro, o mecânico, sabia. A ganância dele, a avareza, matou o nosso filho. Não foi um acidente. Foi uma escolha. Naquele instante, o amor dentro de mim morreu. Mas a minha alma renasceu. Peguei nos meus documentos e na minha herança, deixando para trás um bilhete simples. "Vou-me embora. Não me procures." Era o início da minha vingança. E desta vez, a justiça seria servida, não importava o custo.

Introdução

Acordei no hospital, com o cheiro opressivo de desinfetante e o vazio deixado pela perda do nosso filho.

O meu marido, Pedro, de olhos vermelhos, parecia chorar comigo.

"O Leo não sobreviveu," murmurou ele, e o meu mundo desabou.

Mas a dor do luto foi rapidamente substituída por uma frieza cortante.

Pedro e a minha sogra, Helena, agiram rápido.

Eles esvaziaram o quarto do meu filho, apagando cada rasto da sua existência, enquanto me acusavam de loucura e instabilidade.

"Tens de seguir em frente," diziam, na verdade, queriam livrar-se de mim.

Quiseram empurrar-me para a casa dos meus pais, enquanto Pedro desviava o foco para consolar a sobrinha.

Eu era um incómodo, a minha dor, um problema a ser despachado.

Não bastava ter perdido o meu único filho, tinha também a minha vida e a minha sanidade questionadas.

Dormi sobre a dor, a raiva e a sensação de injustiça que me consumiam.

Mas na calada da noite, a verdade escondeu-se numa gaveta.

O relatório do acidente.

Neguva.

Negligência. Falha mecânica nos travões devido a manutenção negligente.

Pedro, o mecânico, sabia.

A ganância dele, a avareza, matou o nosso filho.

Não foi um acidente. Foi uma escolha.

Naquele instante, o amor dentro de mim morreu.

Mas a minha alma renasceu.

Peguei nos meus documentos e na minha herança, deixando para trás um bilhete simples.

"Vou-me embora. Não me procures."

Era o início da minha vingança.

E desta vez, a justiça seria servida, não importava o custo.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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