Os Seis Meses Que Mudaram Tudo

Os Seis Meses Que Mudaram Tudo

Gavin

5.0
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Capítulo

O médico entregou-me um envelope. Dentro, não era um relatório de saúde, mas fotos do meu marido, Pedro, com outra mulher, Sofia, grávida. "Senhora Alves, o seu marido tem acompanhado a Srta. Sofia nos exames pré-natais dela há três meses." A voz do Dr. Mendes era calma, mas cada palavra atingia-me como um golpe. Eu estava com o meu próprio diagnóstico na mão: cancro do pâncreas em estado avançado. Seis meses de vida. E o homem com quem eu partilhava a cama estava a construir uma nova família pelas minhas costas. Liguei ao Pedro, e ouvi a voz dela ao fundo: "Pedro, o bebé está a dar pontapés outra vez." Ele desligou, apressado. Naquela noite, confrontei-o, e ele nem negou, apenas se recusou ao divórcio e ameaçou arruinar a minha reputação. Até a minha própria mãe, Laura, que sempre adorou Pedro, virou-me as costas. Ela disse-me para "lutar" pelo casamento, preocupada mais com as aparências do que com a minha dor. "É egoísta", ela sibilou. Então, a amante, Sofia, ligou-me, com uma voz falsa e doce, pedindo para "deixá-lo ir". "Ele só está contigo por pena", ela disse, chamando-me de egoísta outra vez. Senti-me encurralada, humilhada, com a minha vida a desmoronar-se. Eu estava doente, traída, abandonada, e sem ninguém do meu lado. Pedro queria que eu desaparecesse silenciosamente, levando migalhas. Mas eu tinha seis meses de vida. Seria eu a vítima, a definhar em silêncio? Ou faria da minha dor a minha maior arma? Decidi: eles queriam guerra? Teriam a guerra da minha vida.

Introdução

O médico entregou-me um envelope.

Dentro, não era um relatório de saúde, mas fotos do meu marido, Pedro, com outra mulher, Sofia, grávida.

"Senhora Alves, o seu marido tem acompanhado a Srta. Sofia nos exames pré-natais dela há três meses."

A voz do Dr. Mendes era calma, mas cada palavra atingia-me como um golpe.

Eu estava com o meu próprio diagnóstico na mão: cancro do pâncreas em estado avançado.

Seis meses de vida.

E o homem com quem eu partilhava a cama estava a construir uma nova família pelas minhas costas.

Liguei ao Pedro, e ouvi a voz dela ao fundo: "Pedro, o bebé está a dar pontapés outra vez."

Ele desligou, apressado.

Naquela noite, confrontei-o, e ele nem negou, apenas se recusou ao divórcio e ameaçou arruinar a minha reputação.

Até a minha própria mãe, Laura, que sempre adorou Pedro, virou-me as costas.

Ela disse-me para "lutar" pelo casamento, preocupada mais com as aparências do que com a minha dor.

"É egoísta", ela sibilou.

Então, a amante, Sofia, ligou-me, com uma voz falsa e doce, pedindo para "deixá-lo ir".

"Ele só está contigo por pena", ela disse, chamando-me de egoísta outra vez.

Senti-me encurralada, humilhada, com a minha vida a desmoronar-se.

Eu estava doente, traída, abandonada, e sem ninguém do meu lado.

Pedro queria que eu desaparecesse silenciosamente, levando migalhas.

Mas eu tinha seis meses de vida.

Seria eu a vítima, a definhar em silêncio?

Ou faria da minha dor a minha maior arma?

Decidi: eles queriam guerra?

Teriam a guerra da minha vida.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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