Traição e Azulejos Quebrados

Traição e Azulejos Quebrados

Gavin

5.0
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Capítulo

Tiago prometeu pedir-me em casamento no nosso quarto aniversário. No oitavo, o anel ainda não tinha aparecido. A desilusão era uma presença constante. A sua desculpa para se afastar era sempre Carolina, a estagiária "frágil" a quem ele dedicava todo o tempo. A desilusão transformou-se em horror quando ele me pediu o painel de azulejos do meu pai, um beija-flor, um símbolo da nossa cumplicidade, para oferecer ao "sombrio" apartamento dela. Mas a verdadeira humilhação aconteceu na noite em que Tiago, com o meu painel de azulejos atrás dele, se ajoelhou publicamente num evento da empresa para pedir a Carolina em casamento. Quando cheguei, disposta a enfrentar a traição, ela orquestrou uma queda teatral, espatifando a herança do meu pai no chão. Ele culpou-me. Culpou-me pela destruição, enquanto me deixava sozinha com os cacos do meu mundo. "A Sofia não precisa de ninguém", disse ele, como se a minha força fosse um defeito. Aqueles oito anos foram uma mentira? Foi ali, entre os destroços, que a dor se transformou em clareza gelada. Peguei no telemóvel e aceitei a proposta de casamento de Duarte. Aquele homem poderoso, de quem eu fugira anos antes, seria a minha tábua de salvação. A minha fuga para o Porto não era uma derrota, era um novo começo. Mas Tiago, teimoso e cego, ainda não tinha percebido com quem se metera.

Introdução

Tiago prometeu pedir-me em casamento no nosso quarto aniversário. No oitavo, o anel ainda não tinha aparecido. A desilusão era uma presença constante.

A sua desculpa para se afastar era sempre Carolina, a estagiária "frágil" a quem ele dedicava todo o tempo. A desilusão transformou-se em horror quando ele me pediu o painel de azulejos do meu pai, um beija-flor, um símbolo da nossa cumplicidade, para oferecer ao "sombrio" apartamento dela.

Mas a verdadeira humilhação aconteceu na noite em que Tiago, com o meu painel de azulejos atrás dele, se ajoelhou publicamente num evento da empresa para pedir a Carolina em casamento. Quando cheguei, disposta a enfrentar a traição, ela orquestrou uma queda teatral, espatifando a herança do meu pai no chão.

Ele culpou-me. Culpou-me pela destruição, enquanto me deixava sozinha com os cacos do meu mundo. "A Sofia não precisa de ninguém", disse ele, como se a minha força fosse um defeito. Aqueles oito anos foram uma mentira?

Foi ali, entre os destroços, que a dor se transformou em clareza gelada. Peguei no telemóvel e aceitei a proposta de casamento de Duarte. Aquele homem poderoso, de quem eu fugira anos antes, seria a minha tábua de salvação. A minha fuga para o Porto não era uma derrota, era um novo começo. Mas Tiago, teimoso e cego, ainda não tinha percebido com quem se metera.

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