Pacto de Sangue, Preço da Honra

Pacto de Sangue, Preço da Honra

Gavin

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Capítulo

Minha filha Sofia apertava minha mão suada na calçada irregular, a borracha colorida na outra mão era a prova de um pequeno deslize infantil. Eu, Maria, mãe solteira e educadora, decidi que esta era a lição perfeita para ensinar honestidade. "Mamãe, a gente precisa mesmo voltar lá?", ela sussurrou, e eu respondi calmamente: "Sim, filha. A gente sempre precisa consertar nossos erros." Entramos na papelaria, o cheiro de papel e tinta preenchendo o ar, e João, o dono, nos esperava. Sofia estendeu a borracha, tremendo. "Eu peguei sem pagar. Desculpa." O que aconteceu em seguida foi um inferno. Num movimento brutal, João agarrou o braço de Sofia, gritando: "LADRA! PEQUENA VAGABUNDA!" Ana, a esposa, se juntou a ele, acusando-nos de roubos de meses, enquanto um cliente na porta filmava tudo descaradamente. Minha Sofia, minha menina de sete anos, foi jogada no chão como lixo. Ele pegou um caderno preto, cheio de anotações falsas, e me acusou de dever sessenta mil reais. "Ou vocês pagam agora, ou eu chamo a polícia e garanto que essa menina vá para um reformatório e você para a cadeia." Minha garganta se fechou; não era sobre justiça, era extorsão. Presa por Ana, eu vi João forçar Sofia a confessar. "Fui eu que roubei", ela soluçou. Naquele olhar, eu vi o meu fracasso como mãe. Minha retidão a tinha levado ao inferno. Ele amarrou uma placa de "EU SOU LADRA" no pescoço dela e a prendeu a um poste na rua, para todos verem. Quando a polícia chegou, eu esperei justiça. Mas a lei falhou. Eles descobriram que o verdadeiro ladrão era Pedro, o filho de João e Ana. "A agressão foi leve, não deixou marcas permanentes", disse o policial. Uma multa. Cestas básicas. O trauma da minha filha pagaria um preço irrisório. Sofia me olhou, seus olhos vazios. "Você disse que fazer o certo era o caminho, mamãe." Naquele instante, algo dentro de mim se quebrou. A moralidade que eu tanto prezava se tornou um luxo inútil. Se a lei falhou em proteger minha filha, eu faria justiça com minhas próprias mãos. Esperei a noite cair, vesti roupas escuras e peguei uma fita adesiva e uma tesoura. Pedro saiu, o filho bastardo que entregara minha filha ao inferno. O amor de mãe virou fúria. A caçada começou.

Introdução

Minha filha Sofia apertava minha mão suada na calçada irregular, a borracha colorida na outra mão era a prova de um pequeno deslize infantil.

Eu, Maria, mãe solteira e educadora, decidi que esta era a lição perfeita para ensinar honestidade.

"Mamãe, a gente precisa mesmo voltar lá?", ela sussurrou, e eu respondi calmamente: "Sim, filha. A gente sempre precisa consertar nossos erros."

Entramos na papelaria, o cheiro de papel e tinta preenchendo o ar, e João, o dono, nos esperava.

Sofia estendeu a borracha, tremendo. "Eu peguei sem pagar. Desculpa."

O que aconteceu em seguida foi um inferno.

Num movimento brutal, João agarrou o braço de Sofia, gritando: "LADRA! PEQUENA VAGABUNDA!"

Ana, a esposa, se juntou a ele, acusando-nos de roubos de meses, enquanto um cliente na porta filmava tudo descaradamente.

Minha Sofia, minha menina de sete anos, foi jogada no chão como lixo.

Ele pegou um caderno preto, cheio de anotações falsas, e me acusou de dever sessenta mil reais.

"Ou vocês pagam agora, ou eu chamo a polícia e garanto que essa menina vá para um reformatório e você para a cadeia."

Minha garganta se fechou; não era sobre justiça, era extorsão.

Presa por Ana, eu vi João forçar Sofia a confessar. "Fui eu que roubei", ela soluçou.

Naquele olhar, eu vi o meu fracasso como mãe. Minha retidão a tinha levado ao inferno.

Ele amarrou uma placa de "EU SOU LADRA" no pescoço dela e a prendeu a um poste na rua, para todos verem.

Quando a polícia chegou, eu esperei justiça. Mas a lei falhou.

Eles descobriram que o verdadeiro ladrão era Pedro, o filho de João e Ana.

"A agressão foi leve, não deixou marcas permanentes", disse o policial.

Uma multa. Cestas básicas. O trauma da minha filha pagaria um preço irrisório.

Sofia me olhou, seus olhos vazios. "Você disse que fazer o certo era o caminho, mamãe."

Naquele instante, algo dentro de mim se quebrou. A moralidade que eu tanto prezava se tornou um luxo inútil.

Se a lei falhou em proteger minha filha, eu faria justiça com minhas próprias mãos.

Esperei a noite cair, vesti roupas escuras e peguei uma fita adesiva e uma tesoura.

Pedro saiu, o filho bastardo que entregara minha filha ao inferno.

O amor de mãe virou fúria. A caçada começou.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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