O Renascer de Hana: Adeus, Inferno

O Renascer de Hana: Adeus, Inferno

Gavin

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Capítulo

No sétimo ano de um casamento infernal, o ar frio de Lisboa congelava-me a alma. Caída no chão de um estúdio de Fado, o sangue escorria da minha testa. Ferida por uma rival, liguei desesperadamente ao meu marido, Hugo Contreras. A sua voz, como sempre, era fria e distante. "Hana, o que queres agora? Estou ocupado." Quando consegui sussurrar que estava ferida, ele soltou uma gargalhada cruel. "Tu morreres seria um alívio para todos, Hana. Especialmente para mim." O som, cortante como uma lâmina, aniquilou o meu espírito antes que a escuridão me envolvesse. Acordei, sem ferimentos, mas com uma dor dilacerante no coração. Olhei para o calendário: sete anos antes, logo após o nosso casamento forçado. Eu tinha renascido. Ele anunciou-me que o advogado estava lá em baixo para o divórcio. Foi então que ouvi a voz da Vanessa Perez, a sua amante e minha meia-irmã. Ela, cuja mãe destruíra a minha família e levara a minha mãe à morte. Vinte anos de amor não correspondido, sete anos de inferno. Ele sempre soubera dos meus sacrifícios, das minhas tentativas desesperadas de fazê-lo olhar para mim. Mas preferiu ver-me como uma "filha malcriada e ciumenta". Até ele, que se dizia meu marido, me via como um "jogo". Chamei um advogado, pedindo metade de tudo. "Eu quero o divórcio. Eu estou a pedir o divórcio." Hugo, chocado, viu nos meus olhos algo que nunca vira: o fim. Hoje, o meu amor por ti morreu. E pela primeira vez, senti alívio.

Introdução

No sétimo ano de um casamento infernal, o ar frio de Lisboa congelava-me a alma.

Caída no chão de um estúdio de Fado, o sangue escorria da minha testa.

Ferida por uma rival, liguei desesperadamente ao meu marido, Hugo Contreras.

A sua voz, como sempre, era fria e distante.

"Hana, o que queres agora? Estou ocupado."

Quando consegui sussurrar que estava ferida, ele soltou uma gargalhada cruel.

"Tu morreres seria um alívio para todos, Hana. Especialmente para mim."

O som, cortante como uma lâmina, aniquilou o meu espírito antes que a escuridão me envolvesse.

Acordei, sem ferimentos, mas com uma dor dilacerante no coração.

Olhei para o calendário: sete anos antes, logo após o nosso casamento forçado.

Eu tinha renascido.

Ele anunciou-me que o advogado estava lá em baixo para o divórcio.

Foi então que ouvi a voz da Vanessa Perez, a sua amante e minha meia-irmã.

Ela, cuja mãe destruíra a minha família e levara a minha mãe à morte.

Vinte anos de amor não correspondido, sete anos de inferno.

Ele sempre soubera dos meus sacrifícios, das minhas tentativas desesperadas de fazê-lo olhar para mim.

Mas preferiu ver-me como uma "filha malcriada e ciumenta".

Até ele, que se dizia meu marido, me via como um "jogo".

Chamei um advogado, pedindo metade de tudo.

"Eu quero o divórcio. Eu estou a pedir o divórcio."

Hugo, chocado, viu nos meus olhos algo que nunca vira: o fim.

Hoje, o meu amor por ti morreu.

E pela primeira vez, senti alívio.

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Romance

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O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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