Amor e Ódio: O Recomeço

Amor e Ódio: O Recomeço

Gavin

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Capítulo

Na minha vida passada, a casa do meu tio era meu refúgio e minha prisão. Eu o amava, um amor doentio e unilateral por Padre João, o homem que me criou. Trancada no porão por ele, implorei por ajuda enquanto meu corpo se contorcia em agonia. Sufocando no meu próprio sangue, eu o ouvia rir do outro lado da porta. "Você merece morrer", foram suas últimas palavras, ecoando enquanto a escuridão me engolia. Minha única falha? Ter engravidado dele na noite em que ele me pediu para ligar para seu verdadeiro amor, Sofia. Ele me forçou a casar, e Sofia, sequestrada, morreu enquanto ele estava ocupado se casando comigo. Fui um sacrifício no altar do ego e da hipocrisia. Morri, levando comigo a dor de um parto inacabado e a crueldade do homem que eu idolatrava. Mas, de repente, abri os olhos novamente. O ar estava pesado com um cheiro doce e enjoativo, o cheiro de uma poção do amor. Eu renasci, de volta ao dia em que ele foi drogado. Desta vez, não haveria amor, apenas uma sede fria por justiça. "Duda...", ele gemeu, a voz rouca. "Me ajude." "Ligue para ela", ele implorou, ofegante. "Ligue para a Sofia." A Maria Eduarda ingênua havia morrido no porão. E a nova Maria Eduarda não hesitaria. Peguei o celular dele, com a memória da dor gravada na alma. Os olhares de Sofia me dizendo que meu lugar era no lixo. A humilhação pública no jantar de noivado deles. João me dizendo que meu amor era nojento. Os sacos de lixo com meus pertences na calçada. Eu não era mais a "sobrinha querida", mas uma mulher que havia sido obliterada. E a dor dele, a arrogância dele no meu renascimento, me empurrava para frente. A Maria Eduarda boba e apaixonada havia desaparecido para sempre. Eu não precisava mais do lixo daquela vida. Bloqueei seu número. "Eu te amo, Duda. Eu acho que sempre te amei", ele sussurrou, a voz quebrada. As palavras que eu sonhava em ouvir, soavam como veneno. "Isso não é amor, é obsessão! Você está me assediando!", eu gritei. O homem que já fora o centro do meu mundo se desmoronou. "A pessoa que te amava está morta. Você a matou." E então, eu desliguei. O som do choro dele desaparecendo foi o som mais libertador. Eu estava, finalmente, e para sempre, livre.

Introdução

Na minha vida passada, a casa do meu tio era meu refúgio e minha prisão.

Eu o amava, um amor doentio e unilateral por Padre João, o homem que me criou.

Trancada no porão por ele, implorei por ajuda enquanto meu corpo se contorcia em agonia.

Sufocando no meu próprio sangue, eu o ouvia rir do outro lado da porta.

"Você merece morrer", foram suas últimas palavras, ecoando enquanto a escuridão me engolia.

Minha única falha? Ter engravidado dele na noite em que ele me pediu para ligar para seu verdadeiro amor, Sofia.

Ele me forçou a casar, e Sofia, sequestrada, morreu enquanto ele estava ocupado se casando comigo.

Fui um sacrifício no altar do ego e da hipocrisia.

Morri, levando comigo a dor de um parto inacabado e a crueldade do homem que eu idolatrava.

Mas, de repente, abri os olhos novamente.

O ar estava pesado com um cheiro doce e enjoativo, o cheiro de uma poção do amor.

Eu renasci, de volta ao dia em que ele foi drogado.

Desta vez, não haveria amor, apenas uma sede fria por justiça.

"Duda...", ele gemeu, a voz rouca. "Me ajude."

"Ligue para ela", ele implorou, ofegante. "Ligue para a Sofia."

A Maria Eduarda ingênua havia morrido no porão.

E a nova Maria Eduarda não hesitaria.

Peguei o celular dele, com a memória da dor gravada na alma.

Os olhares de Sofia me dizendo que meu lugar era no lixo.

A humilhação pública no jantar de noivado deles.

João me dizendo que meu amor era nojento.

Os sacos de lixo com meus pertences na calçada.

Eu não era mais a "sobrinha querida", mas uma mulher que havia sido obliterada.

E a dor dele, a arrogância dele no meu renascimento, me empurrava para frente.

A Maria Eduarda boba e apaixonada havia desaparecido para sempre.

Eu não precisava mais do lixo daquela vida.

Bloqueei seu número.

"Eu te amo, Duda. Eu acho que sempre te amei", ele sussurrou, a voz quebrada.

As palavras que eu sonhava em ouvir, soavam como veneno.

"Isso não é amor, é obsessão! Você está me assediando!", eu gritei.

O homem que já fora o centro do meu mundo se desmoronou.

"A pessoa que te amava está morta. Você a matou."

E então, eu desliguei.

O som do choro dele desaparecendo foi o som mais libertador.

Eu estava, finalmente, e para sempre, livre.

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