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A foto no celular de Miguel mostrava Isabela, sua esposa, beijando outro homem.
A traição era um veneno, gelando seu corpo, enquanto a raiva subia por sua garganta.
Sua mãe, Laura, vendo sua agonia, não demonstrava surpresa, mas uma frieza que ele nunca tinha visto.
"Mãe, você viu? Você viu o que ela fez?"
"Eu vi", Laura respondeu, surpreendentemente calma.
Ela o mandou fingir que nada tinha acontecido.
Disse que precisava de tempo para "resolver isso".
Miguel confiava nela, mas sentia a dor crescendo dentro dele.
Os dias se arrastaram, tensos e cheios de mentiras.
Isabela agia com falsa inocência, trocando mensagens às escondidas.
Cada risada dela era uma facada no peito de Miguel.
E Laura? Laura se apegava a Leo, o filho de Miguel, com uma devoção quase desesperada.
Miguel se sentia um estranho em sua própria casa, abandonado pela mãe também.
Chega de teatro.
Em um jantar, Miguel explodiu, jogou o garfo no prato.
"Eu não aguento mais isso!"
Ele exigiu que Isabela fosse embora, ou ele mesmo iria.
"Você vai escolher, mãe. Eu ou ela."
Um grito de fúria o dominou, e ele varreu a mesa.
Pratos e copos se espatifaram. Leo chorou assustado.
Isabela, com lágrimas de crocodilo, correu para abraçar o filho.
Fez-se de vítima, acusando-o de enlouquecer.
"Não use meu filho contra mim, sua vadia mentirosa!" Miguel cuspiu.
Ele avançou para ela, cego de raiva.
Mas Laura, rápida como um raio, se interpôs.
Miguel a empurrou. Ela cambaleou e bateu na parede, gemendo de dor.
"Por quê?", Miguel sussurrou, a voz quebrada.
"Por que você protege ela? Contra mim? Seu próprio filho?"
As lágrimas de Laura escorreram, mas sua voz era firme.
"Eu te amo mais do que minha própria vida, Miguel. Nunca duvide disso."
Ela prometeu resolver tudo em um mês, pedindo paciência.
Miguel, exausto, concordou.
As semanas seguintes foram uma farsa.
Laura agia como uma diplomata, cercando Isabela com falsas desculpas.
Miguel e Isabela eram fantasmas na mesma casa, o abismo entre eles crescendo.
Laura encontrou uma fatura de cartão de crédito de Isabela.
Despesas: jantar caro, hotel de luxo, relógio masculino caríssimo.
Provas da traição, frias e inegáveis.
Mas ela não mostrou a Miguel.
Apenas a guardou, uma arma para o momento certo.
Miguel precisou de dinheiro para o negócio.
Isabela, ouvindo a palavra "dinheiro", se aproximou.
Ela inventou uma história dramática sobre a família, implorando mais dinheiro que Miguel.
Chantagem emocional. Miguel sentiu nojo.
"Minha mãe não vai te dar um centavo!"
Mas, para seu choque absoluto, Laura deu o dinheiro a Isabela.
"Seu negócio pode esperar, Miguel. A família não pode."
Miguel sentiu-se duplamente traído.
A dor era insuportável.
Ele saiu de casa, batendo a porta com força.
Laura, observando Isabela partir, sorriu.
Um sorriso assustador, cheio de segredos e promessas de vingança.
O abismo entre Miguel e Laura se aprofundou.
Ele a evitou, trancava-se no escritório.
Laura sentia a distância, seu coração pesado.
Ela sabia que era um sacrifício necessário.
Então, a crise veio: uma virose agressiva.
Leo e Miguel adoeceram.
Um medicamento raro, uma única dose.
Laura conseguiu.
Entregou-o a Isabela para Leo.
Miguel apareceu na porta.
"E eu, mãe? E eu?"
Laura, sem olhá-lo nos olhos, disse: "Você é forte, Miguel. Ele é uma criança. Ele é frágil."
"Eu sou seu filho! Como pode me escolher para sofrer? Você me ama?"
Lágrimas escorreram no rosto de Laura, mas sua voz era dura.
"Eu te amo mais do que minha própria vida. Um dia, você vai entender."
Mas Miguel sentiu-se abandonado, um sacrifício.
Naquela noite, ele tomou uma decisão.
Ele malou uma pequena bagagem.
Desceu as escadas. Laura o viu.
"Miguel, não faça isso ", ela sussurrou.
"Já está feito", ele respondeu, voz vazia de emoção.
"Você fez sua escolha, mãe. Agora eu estou fazendo a minha."
Ele se virou e saiu.
Laura permaneceu imóvel, uma única lágrima escorrendo.
Aquele exílio, parte de seu plano.
Meses se arrastaram.
Isabela, sem Miguel, tornou-se descuidada, ousada com seu amante.
Ricardo, o amante, cobrava-a por dinheiro.
Desesperada, Isabela exigiu dinheiro de Laura.
"Não", Laura disse, a voz suave, mas final.
O castelo de cartas de Isabela desmoronou.
Seu negócio e sua vida.
A máscara de Isabela caiu.
Ela atacou Laura verbalmente, com ódio puro.
Laura absorvia tudo em silêncio, cada insulto um prego no caixão de Isabela.
Até que chegou o dia.
Num sábado ensolarado, Laura levou Leo ao parque.
Mas ela não estava sozinha.
Um menino idêntico a Leo, chamado Lucas, a acompanhava.
Laura o mantivera escondido por cinco anos.
Isabela estava no parque, discutindo com Ricardo.
Seu olhar cruzou o de Laura.
Ela viu Lucas. Chocou-se.
"Que brincadeira é essa, Laura? Quem é esse menino? Por que ele é igual ao Leo?"
Lucas, inocente, perguntou: "Vovó, por que aquele menino tem a minha cara? Ele é meu irmão?"
A fúria de Isabela explodiu.
"Irmão? Que absurdo! Eu não tive gêmeos! Laura, eu exijo uma explicação!"
Uma mulher na multidão sussurrou: "Talvez sejam meio-irmãos. Do mesmo pai."
A semente da suspeita venenosa plantou-se em Isabela.
"É um filho bastardo de Miguel! E você sabia!"
Isabela ligou para Ricardo, histericamente.
Depois, para a polícia.
"Vou acusá-la de sequestro! De assédio! Você vai se arrepender!"
Laura, assustadoramente calma, apenas esperou.
A polícia e, para surpresa de Isabela, Miguel e Ricardo chegaram.
"Vocês se conhecem?", Isabela perguntou, desconfiada.
"Sim, nós nos conhecemos", Laura disse, em voz clara.
"Laura e eu fomos concorrentes nos negócios. Somos inimigos."
A bomba explodiu.
A visão de Ricardo foi demais para Miguel.
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