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Com Amor, Alex

Com Amor, Alex

Bela Blair

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5
Capítulo

Ela acredita em amor verdadeiro. Ele é mulherengo, nunca se relacionou. Ela é garçonete de uma cafeteira. Ele dono de uma empresa renomada. Ela gosta de receber flores. Ele gosta de deixar bilhetes... "... Não importa o que aconteça, eu só preciso de você..."

Capítulo 1 Prólogo - Alex Turner

Acordei cedo, pois tinha um compromisso inadiável. Olhei para Jane dormindo docemente ao meu lado e sorri. Ela me fez ser um homem feliz e queria fazê-la se sentir assim também.

Em pensar que a única coisa que fiz nesses anos foi afastar qualquer mulher que se aproximava de mim. Com Jane não foi diferente, mas seu jeito doce e astuto me encantou. Demorei, mas finalmente percebi que estava apaixonado por ela.

Busco meu bloco de notas com a caneta, que deixo na mesinha ao lado da cama e escrevo-lhe um bilhete como de costume.

"Parece rotina você acordar e não me encontrar na cama... Me desculpe por isso. O que eu mais queria era ficar com você, mas o dia não está disposto a me ajudar. Vou trabalhar o dia todo e não tenho hora para voltar. Já estou sentindo sua falta... Te amo."

Quando termino, devolvo o bloco de notas ao seu devido lugar e coloco o bilhete ao seu lado. Vou ao banheiro, tomo um banho quente e me visto. O terno preto já era habitual do dia-a-dia. Quando saio do quarto vejo Judite na cozinha e sem que ela me veja, saio de casa indo direto para meu carro.

Em meia hora eu estava apertando a mão do médico de minha mãe.

- Alex! - diz com alegria e sorrio nervoso.

- Como vai, David!

- Bem e quanto a você? - devolve a pergunta, suspiro.

- Vou indo. - resmungo. - Como falei pelo celular, estou tendo dores de cabeças que quase me fazem desmaiar.

- Sei que tem receio de que possa ter o que sua mãe teve, mas só poderei afirmar algo com exames. Por isso, eu recomendaria que fizesse o mais rápido possível, se pudesse, hoje mesmo. Devido as dores que você vem sentindo, quanto mais rápido sabermos, melhor.

- Entendo. - murmuro. - Para sua sorte, doutor, tenho o tempo livre hoje.

- Ótimo, então vamos.

Passei o resto da manhã fazendo exames que esgotaram minha mente. Eu só queria estar em lugar tranquilo com Jane. Quando terminei tudo, fiquei na sala de espera. Quando a enfermeira chamou meu nome, olhei rapidamente as horas em meu relógio de pulso. Eram duas horas da tarde e eu estava perto de saber o que realmente acontecia com minha cabeça.

Ao entrar na sala de David, percebi sua expressão séria e preocupada. Não foi difícil adivinhar que algo estava errado comigo.

- E então doutor? - perguntei após me sentar na cadeira.

- Eu não tenho boas notícias. - murmura olhando ajeitando os papéis em sua mão e olhando para mim.

- Apenas diga o que eu tenho. - pedi nervoso. Sabia que meus olhos estavam aflitos e isso parecia dificultar o que David tinha que me dizer, no entanto, ele foi direto.

- Você tem a mesma doença que sua mãe, Alex.

Encarei o médico a minha frente, mas fechei meus olhos por segundos após sentir uma leve tontura. Meu mundo parou. Aquilo não poderia estar acontecendo. Não comigo.

- Sei que é muito para processar, mas você precisa prestar atenção no que eu vou dizer.

- Isso tem que estar errado, Doutor. - abro meus olhos encarando-o.

- Infelizmente não está.

- Eu não posso morrer. Eu não quero morrer. - digo em desespero.

Por que isso tinha que acontecer comigo? Porque agora?

- Você não vai morrer, Alex. Me escute. - David murmura firme e foco em suas palavras. - Uma cirurgia pode retirar este tumor.

- Cirurgia? - indaguei confuso.

- Sim. Seu tumor está no começo, se retirarmos agora há grandes chances de você viver. Sua mãe não teve tanta sorte. Quando descobrimos, já era tarde demais.

- Isso significa que tenho uma chance? - Minha voz falha.

- A cirurgia é de risco, mas você tem chances sim. Nós temos os melhores cirurgiões aqui.

- De risco? Então posso morrer na cirurgia?

- Toda e qualquer cirurgia é de risco, mas a sua será um pouco mais delicada. Para ser sincero, estou confiante que tudo dará certo. - ele me passa confiança, o que me tranquiliza um pouco.

- E para quando me aconselha fazer isso?

- Quanto mais cedo melhor, já que você vem sentindo dores de cabeça. Se você permitir, posso agendar para amanhã.

- Amanhã?

- Ou semana que vem. Você é o paciente, pode escolher o melhor dia. - murmura calmo e suspiro.

- Quanto mais cedo melhor. - resmungo tomando uma decisão. - Estarei aqui amanhã.

Saio do hospital sem saber para onde ir. Como contar isso para Jane?

Depois de tempo rodando, volto para casa. Me sinto aliviado por não ter ninguém. Vou em direção ao meu escritório. Uma garrafa de uísque me espera. Pego a garrafa, um copo e sigo para o quarto.

Tomo um gole antes de tirar minha roupa e vestir uma calça moletom. Bebo mais uísque e sinto minha cabeça doer. Sinto a raiva me dominar. Por que eu? Justo quando estava tudo bem com a Jane.

- Ah Jane... Eu não quero te perder... Não quero que você sofra por minha causa de novo. - digo sentindo a dor terrível que se alastra em meu peito.

Porque isso teve que acontecer comigo?

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