A garota pobre do bilionário

Mariana acordou antes do sol nascer, como sempre. Levantou-se da cama de solteiro que dividia com sua mãe, e fez questão de não acordá-la, já que a senhora trabalhava até tarde e precisava descansar. Mariana pegou sua roupa do varal, que havia sido lavada à mão na noite anterior, e tomou um banho rápido, já que o chuveiro da pequena casa onde moravam era um dos poucos luxos que possuíam.

Enquanto se arrumava, Mariana pensava nas tarefas do dia. Ela trabalhava em uma lanchonete local, que ficava a cerca de quinze minutos de caminhada da sua casa. Mariana não tinha dinheiro para pegar um ônibus, então caminhava todos os dias, independente do clima. Ela precisava do emprego para ajudar a sua mãe a pagar as contas, já que o pai de Mariana não contribuía em nada com a família.

O pai de Mariana era alcoólatra e passava a maior parte do tempo bebendo em bares da cidade. Ele não trabalhava e gastava todo o dinheiro que a família tinha em bebida. Mariana e sua mãe tentavam convencê-lo a parar, mas ele não queria ouvir. Isso fazia com que a casa onde moravam fosse um ambiente perigoso e violento.

Mariana terminou de se arrumar, deu um beijo na testa da sua mãe e saiu de casa. A rua estava deserta, e a única coisa que se ouvia era o barulho dos galos cantando ao longe. Mariana caminhou em direção à lanchonete, pensando no quanto sua vida seria diferente se tivesse nascido em uma família com mais recursos.

Ao chegar na lanchonete, Mariana colocou o uniforme e começou a trabalhar. Ela atendia os clientes com um sorriso no rosto, mesmo que por dentro estivesse cansada e preocupada. A lanchonete era um dos poucos lugares onde Mariana se sentia segura, pois era um ambiente limpo e organizado.

Foi então que um cliente diferente entrou na lanchonete. Ele era alto, elegante e parecia estar acostumado com o luxo. Ele usava um terno caro e um relógio de ouro. Mariana não tinha ideia de quem ele era, mas se surpreendeu ao ver que ele se sentou em uma das mesas da lanchonete, como qualquer outra pessoa.

Mariana se aproximou da mesa e perguntou ao homem o que ele gostaria de pedir. Ele respondeu educadamente, pedindo um café e um croissant. Mariana anotou o pedido e saiu para buscar o que o homem havia solicitado. Enquanto caminhava até a cozinha, Mariana se perguntava quem era aquele homem tão elegante, e o que ele estaria fazendo em uma lanchonete tão modesta.

Quando Mariana voltou com o café e o croissant, o homem sorriu para ela e agradeceu pelo atendimento. Mariana percebeu que ele parecia estar sozinho, e decidiu puxar conversa.

- O senhor está sozinho? - perguntou ela.

Adam, o bilionário, olhou para Mariana com um sorriso gentil e respondeu:

- Sim, estou sozinho. Apenas parando para um café rápido antes de seguir para uma reunião de negócios.

Mariana sorriu de volta, sentindo-se um pouco intimidada pela presença dele. Ela nunca havia conhecido alguém tão rico e elegante antes, e a ideia de falar com um bilionário a deixava um pouco nervosa.

- Você parece cansada. Está trabalhando muito duro? - perguntou Adam, notando a expressão cansada de Mariana.

Mariana ficou surpresa com a preocupação dele e sorriu em resposta.

- Sim, estou trabalhando bastante. Mas é o que eu preciso fazer para ajudar minha mãe.

Adam percebeu a tristeza nos olhos de Mariana e sentiu uma pontada de compaixão.

- Sinto muito. Você não merece passar por isso. Deve ser difícil viver em um ambiente assim.

Mariana assentiu, agradecendo pelo reconhecimento de sua situação difícil. Adam continuou a conversa com ela enquanto terminava seu café. Mariana se sentiu confortável com ele, mesmo que fosse um estranho. Ele parecia sincero e genuinamente preocupado com ela.

Quando Adam terminou seu café, ele deixou uma nota de cem reais na mesa e disse para Mariana ficar com o troco. Mariana ficou surpresa com a generosidade dele e agradeceu.

- Obrigada, senhor. É muito gentil da sua parte.

- Por favor, me chame de Adam. E não precisa agradecer, é o mínimo que posso fazer para ajudar alguém que está trabalhando tão duro - respondeu Adam, com um sorriso.

Mariana ficou sem palavras e apenas observou enquanto ele se levantava e saía da lanchonete. Ela nunca havia conhecido alguém tão generoso e gentil antes. Adam havia lhe dado um pouco de esperança em um dia difícil.

Mariana continuou a trabalhar na lanchonete durante todo o dia, mas sua mente estava em outro lugar. Ela pensava em Adam e no que ele havia feito por ela. Ela nunca havia encontrado alguém tão rico e poderoso que fosse tão amável e atencioso. Ela se perguntava se algum dia teria a chance de ser tão bem-sucedida quanto ele.

Quando Mariana finalmente terminou o turno, ela caminhou de volta para casa com uma sensação de esperança renovada. Ela sabia que sua vida ainda era difícil, mas a gentileza de Adam havia lhe dado um pouco de conforto em um dia difícil. Ela não sabia o que o futuro reservava, mas por um momento, ela se permitiu sonhar com um futuro melhor.

Enquanto Mariana caminhava de volta para casa, ela refletia sobre o encontro com Adam. Ela se sentia grata pela gentileza dele e pelas palavras reconfortantes. Adam parecia ter uma compreensão sincera da vida de Mariana e isso a fez se sentir um pouco mais otimista sobre o futuro.

Ao chegar em casa, Mariana encontrou sua mãe deitada no sofá, exausta do trabalho duro na fábrica. Ela parecia preocupada quando viu a expressão de Mariana.

- O que houve, minha filha? Algum problema no trabalho?

Mariana contou sobre o encontro com Adam e como ele havia sido gentil e generoso. A mãe de Mariana ficou surpresa e aliviada ao ouvir a história.

- Parece que você encontrou um anjo da guarda, minha querida. É bom saber que ainda existem pessoas boas no mundo.

Mariana concordou com a mãe, mas ainda estava um pouco incerta sobre o que fazer a seguir. Ela sabia que nunca teria a chance de sair da pobreza se continuasse a trabalhar na lanchonete pelo resto da vida.

Enquanto se preparava para dormir naquela noite, Mariana não conseguia tirar Adam da cabeça. Ela se perguntava o que ele fazia para ganhar tanto dinheiro e como ele havia conseguido alcançar tanto sucesso. Ela se sentia um pouco intimidada pela ideia de tentar alcançar algo assim, mas também sentia um desejo forte de mudar sua vida.

Na manhã seguinte, Mariana acordou cedo e se preparou para ir trabalhar na lanchonete novamente. Ela estava determinada a trabalhar ainda mais duro e tentar melhorar sua situação. Quando chegou à lanchonete, ela encontrou Adam novamente, sentado em uma mesa no canto.

- Bom dia, Mariana. Como está hoje? - perguntou Adam, com um sorriso.

Mariana sorriu em resposta e sentou-se na mesa com ele. Eles conversaram por um tempo sobre suas vidas e Adam contou a história de como ele havia começado seu próprio negócio. Mariana ouviu com atenção e ficou impressionada com sua história.

- Você é incrível, Adam. Eu nunca conheci alguém tão bem-sucedido como você.

Adam sorriu e tocou a mão de Mariana gentilmente.

- Você também pode ser bem-sucedida, Mariana. Acredite em si mesma e trabalhe duro. Eu acredito em você.

As palavras de Adam foram como um raio de esperança para Mariana. Ela sabia que a vida ainda seria difícil, mas com a ajuda de alguém como Adam, ela acreditava que poderia alcançar algo maior.

O resto do dia passou voando enquanto Mariana trabalhava na lanchonete. Ela estava determinada a fazer o seu melhor e mostrar a Adam que ela era capaz de alcançar algo maior. Quando seu turno finalmente acabou, ela se despediu de Adam e prometeu a si mesma que trabalharia ainda mais duro para alcançar seus sonhos.

Enquanto caminhava de volta para casa, Mariana sentia uma sensação de esperança renovada. Ela sabia que o caminho para o sucesso seria difícil.