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Meu Querido Delegado

Meu Querido Delegado

Dara Caleffi

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20
Capítulo

Jordan passou a vida sendo a escória segundo a sociedade sua realidade muda completamente ao encontrar o delegado Pedro. Ela não confia em nenhum homem, mas acaba por amar o homem a quem lhe abrigou no pior momento da sua vida.

Capítulo 1 Qual seu nome

Desço as escadas com o isopor com cones trufados e trufas dentro da caixa que guardava na mochila. O sol tava nascendo e eu gostava de vê-lo nascer em minha rotina semanal o barulho em Beraru que mostrava o despertar da comunidade nessa segunda-feira era contagiante.

Beraru uma de algumas comunidades do Rio de Janeiro, que tinha sua força também apesar da criminalidade que era já uma doença no nosso país na verdade a violência era um problema mundial a diferença era que no Brasil isso era gritante.

Tínhamos guerras civis constantes, violência contra mulher, crianças e adolescentes em taxas alarmantes, violência no trânsito e por aí vai! Ondas e ondas de violência que pareciam aquelas ondas gigantescas que variam tudo pelo caminho.. tsunamis.

Se tornava normal olhar isso nas reportagens, ah jornais definitimente me deixavam triste sabe? Eu ficava ansiosa e depressiva com aquele sentimento ruim no peito, cruzes!

A onda dessa vez eram discussões políticas e de novo não meteria em debates intermináveis, eu olhava? claro mas, caramba estupefata com a palhaçada dos debates, no bar enquando assistia pude observar que os clientes em maioria riam muito.

Um outro revolto como eu ficava horrorizada.

Panfletos e mais panfletos de candidatos espalhados que deixavam o chão escorregadio.

E as pessoas riam, sabe o divertimento não deveria ser trazido para política parte de mim começou a refletir que aquele show de horrores distraia a população de questões importantes, questões essenciais, mas claros os políticos não queriam que nós o povo focassemos nisso.

A distração de brigas engraçadas e a promessa de carne eram o suficiente no meio da disputa de poder num país em crise, a política de Roma do pão e circo pelo jeito ainda imperava nem era pão garantido apenas a promessa de carne, olha a promessa já causava essa reação...

As escadas de descida me eram costumeira no morro e já nem cansavam muito.

Descendo a última escada vejo o Pardal assobiar para mim. Olhei de soslaio o ignorando por completo o jovem de vinte poucos anos bonito, tatuado. Ele era um dos vendedores de drogas. Peixe pequeno porém andava armado e havia boatos que tinha sumido com alguns dos meninos que revendiam para ele nas escolas pois eles tinham se viciado sem ter dinheiro.

Deveram aos grandões e a ordem foi clara... suma com eles!

Como disse boatos e por mais que quisesse dizer que podia ser mentira não era ingênua o mundo do crime não estava apenas aqui por ser uma comunidade estava em todo lugar em Beraru porém era mais escrachada, sem tanta maquiagem.

As mães choram pelos filhos desaparecidos até hoje e eu sinceramente achava que muitas outras chorariam. O caminho de quem se envolve com a bandidagem são dois certos ou cadeia ou caixão.

A sentença dos garotos segundo os boatos foi pesada para ser exemplo no tribunal do crime, diziam as más línguas que os condenaram ao microondas, mas esperava eu torcia nesse ponto que fossem apenas boatos. Eu nem gostava de pensar nisso.

"Que isso hein princesa!" gritou Pardal como sempre de longe pois tinha feito questao de desviar do seu caminho nem o olhei mas sabia bem que estava olhando para minha bunda com cara de safado, hoje vesti jeans claros pelo frio da manhã e tênis gastos pelo uso. O que me foi uma benção pelo ar frio.

O carro da polícia sobe a rua e evito olhar diretamente para eles.. diminuo os passos porque você sabe como funciona, você nunca quer chamar atenção para você.

Olhei para trás antes de perder a rua de vista e Pardal tinha sumido, certamente avisando sobre a entrada da polícia na comunidade para a honda diária, existiam muitos olheiros com a missão de monitorar a entrada do morro.

Já seria um dia feliz caso ninguém morresse num tiroteio.

Meu ponto de vendas era no centro perto da praia em lojas, cabelereiros, escritórios, na rua gritando, onde tivesse lugar, claro que durante o almoço era o horário que mais vendia pelo povo querer comer um docinho, porém em segundas era mais complicado pelo gasto que se tinha feito sábados e domingo estar na consciência da maioria, difícil o povo tirar o escorpião do bolso nesse dia. O sol já estava alto ao meio dia no centro da cidade por isso sentei no banco recuperando o fôlego competir com os anunciantes de comércio não era mole não.

Um garotinho que não devia ter mais que quatro anos chega em minha bolsa. E pega um cone olho para trás procurando o seu responsável.

"Menino onde estão seus pais?" pergunto e ele se senta e coça os olhos vermelhos.

"A babá me abandonou!" disse. Deixando cair o cone no colo para chorar. O menino bem vestido tinha cabelos pretos e olhos azuis escuros, magro porém parecia saudável e bem cuidado com o uniforme escolar de uma escola particular. Levanto e recolho minhas coisas, uma pessoa mal intencionada podia ter feito algo ao menino.

"Eu te ajudo a voltar para casa" disse. E um brilho parece iluminar seu rosto e ele sorri comendo "Vamos a delegacia" aviso duvidando que aquele menino saiba exatamente onde moraria, sua escola ficava longe demais no melhor bairro da cidade segundo o nome dela perto do logo da camisa eu não tinha dinheiro para irmos lá, mas a delegacia ficava a alguns metros.

"Espera deixa eu.." disse ele comendo com toda calma para alguém perdido sem a família, podia ser um programa de TV me pregando uma peça mas o menino levantou e segurou minha mão "Vamos!"

O pedido me fez perceber que segunda louca era.. era real. A polícia me questionária interminávelmente provavelmente.

"Qual seu nome?" Perguntou ele.

"Jordana, mas pode me chamar de Jordan "disse o fazendo concordar.

"Me chamo Henry Cabrinne" disse "Papai é delegado" afirmou e estávamos na porta o olhei estática.

Eu iria para cadeia!

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