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Apenas me ame

Apenas me ame

Kai D'angel

5.0
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38
Capítulo

Eliza é uma pediatra renomada, sendo uma fitzy, ela é bastante conhecida. A mesma só se apaixonou uma vez na vida, mas achou aquele sentimento errado, na cabeça dela aquilo não era certo. Então Eliza se afastou de seu amor e sempre negava aquele sentimento. Depois de alguns anos o amor antigo de Eliza retorna. Será que agora ela enfrentará os preconceitos da sociedade e lutará pelo seu amor? " — Não me importo com o que as pessoas pensam. Apenas me ame, é tudo que eu preciso, apenas isso."

Capítulo 1 1

Aviso: Esse é o livro 3 dos irmãos Fitzy.

Ordem: 1- Grávida do CEO.

2 - A redenção de Cristian.

3 - Apenas me ame.

Eliza Fitzy narrando:

Me jogo na cama completamente exausta, tinha acabado de chegar no meu apartamento depois de praticamente ficar dois dias no hospital.

Trabalhar em um hospital para crianças não é fácil, ver aqueles pequenos passando por quimioterapia, cirurgias... me dá um aperto no coração.

Hoje mesmo chegou ao hospital uma menina de seis anos, seu nome é Isabela, sua nacionalidade é brasileira, a pequena menina tem câncer em um estado bem avançado. Os pais da pequena garotinha lutam todos os dias para que a mesma se recupere, apesar de ser bem complicado reverter um caso já nessa proporção.

Ainda deitada na cama faço um grande esforço para levantar e tomar um longo e relaxante banho.

Ando até o banheiro onde encho a banheira, coloco alguns sais de banho e em seguida me despido e entro. Gemi de satisfação ao sentir todos os meus músculos relaxarem, aquilo era uma maravilha.

Fico ali relaxando por alguns minutos e finalmente resolvo sair, vou em direção ao chuveiro para terminar meu banho. Preciso hidratar meu cabelo, então fiz toda uma hidratação no cabelo e em seguida lavei tudo. Pego meu secador de cabelo e vou para frente do espelho, seco meu cabelo e depois me visto com um pijama bem confortável.

Vou até a cozinha para tomar um copo de leite antes de ir dormir, esquento o mesmo no micro-ondas e me sento no balcão tomando o mesmo. Começo a ouvir uma discussão no apartamento vizinho, eu não moro em uma cobertura igual meus irmãos moravam, moro em um apartamento normal, um apartamento de luxo é claro, mas está bem abaixo dos padrões da minha família.

A discussão do casal continua, essas pessoas se mudaram para o apartamento vizinho a alguns meses, dois se não me engano, eles brigam muito, mas nunca dura por muito tempo. Mas nessa noite foi diferente, eles estavam gritando mais alto, ouço barulho de coisas sendo quebradas.

Sinto meu corpo paralisar quando um barulho de tiro é ouvido, mais três tiros foram disparados, a única coisa que fiz foi me jogar no chão. Sei que não posso ser atingida, mas não iria arriscar que alguma bala atravessasse a parede e me atingisse. Ainda no chão sinto meus olhos se encherem de lágrimas e algumas descerem pela minha bochecha.

Já não se ouvia nenhum barulho, apenas silêncio, me levanto e pego um copo de água onde coloco algumas colheres de açúcar, começo a tomá-lo para tentar me acalmar. Ando até o sofá e me sento tentando me acalmar, o que estava bem difícil, fico um bom tempo ali sentada. Não sei quanto tempo se passou, mas logo ouço vários barulhos vindo do corredor, vou até a janela e olho para a rua vendo vários carros da polícia.

Ando lentamente até a porta e abro ela só um pouco, vejo uma grande movimentação de policiais.

— Licença, o senhor pode me falar o que está acontecendo? — pergunto para um dos policiais.

— Um homem acabou atirando na sua esposa. — diz ele. — ele já foi preso, mas infelizmente ela não sobreviveu. Peço que fiquei no seu apartamento e não saia.

Eu apenas assenti fechando a porta, minhas mãos estavam tremendo, tem uma pessoa morta no apartamento vizinho.

Não quero mais ficar aqui.

Pego meu celular e ligo pro Marius, demora alguns minutos e ele logo atende.

— Oi, Eliza, sabe que horas são? — pergunta ele, sei que já deve ser tarde, mas eu preciso sair daqui.

— Me tira daqui, por favor. — peço, no meu estado, não posso dirigir.

— O que aconteceu? — pergunta ele preocupado.

— Eu te explico depois, só vem me buscar. — peço. — não irei conseguir dormir aqui.

— Certo, eu chego aí em alguns minutos. — fala.

— Vou descer e te esperar em frente o prédio. — falo desligando a chamada.

Após encerar a ligação, pego uma mochila e coloco algumas roupas dentro, amanhã não tenho plantão, então não vou precisar levar o meu jaleco. Olho como está o movimento do corredor e ao ver que tem apenas três policiais e que está tudo tranquilo, saiu do meu apartamento e fecho a porta. Saiu daquele lugar sem olhar para trás, saiu do prédio e ando até a rua, ali tinham vários carros da polícia estacionados, também tinha um pequeno grupo de pessoa olhando o que estava acontecendo.

Fico na calçada e depois de alguns minutos vejo o carro de Marius parando na minha frente. Rapidamente entro no veículo e o mesmo já saiu rapidamente.

— Pode me explicar por que em plena madrugada você me liga pedindo para ir te buscar e quando eu chego tem vários carros de polícia na frente do seu prédio? — pergunta. — por acaso você matou alguém e precisava de um piloto de fuga?

Ele olha pelo retrovisor como se a qualquer minuto algum carro iria nos seguir.

— Não é nada disso. — falo e ouço seu suspiro. — acontece que a algum tempo um casal se mudou para o apartamento ao lado do meu, e eles brigavam muito, eles quebravam coisas e discutiam e gritavam. Hoje a noite foi diferente, eles continuaram brigando e parecia ainda pior que nas outras vezes, acabei ouvindo um barulho de tiro, vários tiros.

Vejo meu irmão me olhar preocupado e logo voltar seu olhar para a rua.

— Você se machucou? — pergunta.

— Não, eu estou bem. — falo. — só não queria ficar ali, prenderam o homem, mas tenho medo de ele ser solto e acabar voltado pro mesmo apartamento, fica ao lado do meu, estou bem assustada.

— Você irá ficar na minha casa e amanhã veremos o que vamos fazer. — diz ele.

Eu o agradeço e me aconchego no banco enquanto olho para a rua.

Acabo dormindo ali mesmo, eu estava bastante cansada e também assustada, depois de um tempo sinto Marius me balançando e desperto lentamente. O mesmo diz que chegamos e assim saímos do carro, andamos até sua casa. Victoria nos esperava e assim que me vê, corre e me abraça, retribuo o abraço rapidamente.

— O que aconteceu? — pergunta.

Falo tudo para ela e a mesma me olha assustada.

— Ainda bem que você está bem e segura agora. Pobre mulher, não deveria ter passado por isso. — diz ela.

— Infelizmente essa é a realidade de muitas mulheres... — falo tristemente.

Depois Victoria me leva até um dos quartos de hóspedes e me aconchego ali mesmo. Deitada na cama penso em tudo, talvez eu me mude, não quero mais morar naquele prédio. Eu já tinha planos de me mudar, isso só é mais um motivo para fazer isso o mais rápido possível.

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