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Destinos Cruzado

Destinos Cruzado

Nany Silva

5.0
Comentário(s)
727
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3
Capítulo

O medo de Lucio perder tudo aquilo que lutou por preconceito do pai nunca foi tão grande, e saber que seu pai cumpriu a ameaça de anos atrás o deixou sem saber o que fazer, em sua visão não tinha saída. Seu pai mesmo morte soube fazer da sua vida um inferno, conseguiu castigar Lucio e humilha-lo como sempre quis, sua intolerância sobre a sexualidade do filho ficou mais do que evidente deixando como condição para Lucio assumir a empresa ter um herdeiro dentro de poucos meses. Caso Lucio não tivesse um filho em um ano e três meses a empresa que sempre lutou para assumir iria parar na mão de sua irmã que sempre o odiou. Na beirada do precipício seu destino e cruzado com aquele que talvez seja sua salvação ou sua perdição, mas acima de tudo lhe mostrará que enquanto a tempo nada esta perdido.

Capítulo 1 Prólogo

2018

A recepcionista tentava, mas não conseguia manter seu olhar longe dele por tanto tempo, ainda duvidosa do que o que os seus olhos veem não é uma peça pregada por sua mente cansada pela noite mal dormida cuidando de sua filha de três anos adoentada por uma virose. No entanto, quando ele sentiu seus olhares sobre si pela terceira vez mais demorado que as duas vezes anteriores, a encarou sustentando seu olhar até que desvia-se, por vergonha e medo pela expressão de raiva em seu rosto pela sua curiosidade em excesso consigo.

Mas ninguém a julgaria quando em seu lugar sentiriam o mesmo. Não é todo dia, que um dos homens mais desejados de Munique e do país, com uma fama o precedendo adentram seu local de trabalho, mas não será o primeiro que exige sigilo sobre o que faz. Porém com ele, ela compreendia porque o fazia.

A clínica foi fechada por sua presença, o número de funcionários reduzidos e todos que foram escolhidos para trabalhar assinaram um documento de sigilo, para nunca contarem que ele esteve ali. Entedia porquê o fez, mas não porque recorreu a tal método para ser pai, logo ele um homem desejado que não precisa de tudo isso. Talvez tivesse cansado de esperar o homem certo, e resolveu apressar seu desejo de ser pai, ou talvez qualquer outra coisa que não era da sua conta.

Consideraria um desperdício um homem tão lindo sentir atração por outros, correndo o risco de não transmitir sua bela genética a alguém, e ainda de não realizar o desejo de muitas mulheres de o terem. Contudo, nada disso afeta sua vida e importa, ama seu marido e com ele e sua família que deve se importar.

O silêncio no cômodo de cores claras, era costumeiro, mas hoje carregava um peso maior. Ana tentou concentra-se em seus afazeres, contudo quando sua voz soou se viu o olhando novamente, o admirando silenciosamente enquanto ele focava sua atenção na mulher sentada ao seu lado. Era muito bem casada, porém não era cega.

As fotos nas revistas não faziam jus a sua beleza pessoalmente, parecia um ultraje as imagens divulgadas por eles o vendo tão próximo. Seu cabelo não era tão claro quanto nas fotografias, tinha fios escuros formando mechas que mesclava com o loiro claro, seus olhos são mais verdes do que imaginou ser possível, seus lábios parecem desenhados, todavia o que mais chamou sua atenção foi a covinha que se abriu no pequeno sorriso que abriu. Ficou surpresa pela descoberta, graça a barba cortada rente a pele, e o fato de nunca ter sorriso em foto alguma divulgada sua.

- Quer alguma coisa? - Questiona parecendo preocupado para sua acompanhante, que desvia sua atenção do celular para seu rosto.

- Não, obrigado! - Sorrir, mas por educação que outra coisa.

Lucio assente, inclinando a cabeça um pouco para o lado olhando com atenção para a mulher sentada em seu lado se questionando silenciosamente sobre uma dúvida repentina que surgiu; quais características, se a inseminação desse certo, seu filho herdaria dela? Seus olhos castanhos, boca pequena, mas cheinha, ou seus cabelos cacheados ruivo?

Culpou-se sem poder evitar ter deixado nas mãos do amigo a escolha dela, e todo o resto envolvendo o que fará. Mas admiti com vergonha que a raiva por seu pai o cegou, o fazendo tomar essa medida precipitada para não perder a cadeira da presidência da empresa. Arrepende-se, mas falta coragem para recuar depois de ter ido tão longe.

Um filho não deveria vim como soluções de problemas, porém quando viu-se acuado e diante da possibilidade de perder aquilo pelo qual lutou por anos, a ideia de Diogo que veio em forma de brincadeira parecia certa e possível. E quando o mesmo notou seu interesse apoiou sua loucura e se responsabilizou por torna-la possível, procurando uma barriga de aluguel e uma clínica que topa-se a seus termos de sigilo. Logo para ele, um homem de contatos não foi difícil conseguir tudo, e Lucio tem uma intuição que se não acha-se uma clínica abriria uma para isso.

Maldito fosse seu pai por deixa-lo nessa corda bamba. Queria xinga-lo e odiá-lo, como ele sempre faz consigo, no entanto, não consegue, ainda mais agora que sabe que seus dias podem ser mais curtos. Câncer e sempre uma incógnita.

Entretanto, seu desprezo para si nunca se deixou tão evidente.

"No testamento tem uma cláusula que só um filho o manterá na presidência, seu pai acredita que se tornando pai você deixará de ser gay" A lembrança das palavras de sua mãe são um incentivo para que levante e siga adiante com suas escolhas quando uma enfermeira vem chama-lo para irem. , para a definição de seu futuro.

[♡☆]

Um mês depois Lucio se encontrava nervoso com um envelope na mão andando de um lado para o outro no seu escritório, ele sabia que dependendo do resultado ali dentro sua vida mudaria completamente de uma forma que não conseguiria nem imaginar, contudo que o assustava. Diego seu amigo tentava a todo custo acalma-lo mesmo quando ele próprio se via com medo por ter apoiado o amigo na loucura, sendo até mesmo o maior culpado por tê-la dado.

- O que fará se o resultado for negativo? - Encara o rosto nervoso do amigo. - Tentará novamente?

Lucio pensa sobre, no entanto, já sabia qual seria sua resposta, sempre soube desde quando topou a louca ideia de Diego, não faria novamente, um filho não poderia virar sua ambição para permanecer no cargo, ser pai é um sonho maior que ser Ceo.

- Não sei, acho que deixarei o tempo passar e vê se o homem que diz seu pai cumprirá sua palavra. - Passa a mão no cabelo os bagunçando ainda mais se e possível. - E não tentarei novamente, se não deu certo e porque não teria que dá.

Sem dizer nenhuma palavra a mais Lucio abre o envelope puxando o papel ali dentro começando a ler, pulando as informações desnecessária indo pra onde realmente interessa, o resultado do teste de gravidez.

- Fala o que deu Lucio, essa sua cara de espanto tá começando a me assustar cara - Diogo fala ansioso.

Lucio não sabia como ficaria, todavia não esperou que fosse aliviado.

- Deu negativo!

[...]

Em um cenário completamente diferente duas amigas se viam sem saber o que fazer, seus erros talvez custasse mais que seus trabalhos, mudariam vidas de uma forma irreparável.

- O que faremos? - A loira pergunta a amiga que não para de circular pela sala. - Será que realmente trocamos os frascos?

Sua consciência pesava, não sabia se conseguiria por muito tempo manter segredo sobre o erro que cometeu. Por mais que seu emprego fosse valioso não pagava a paz da sua consciência. Suas mãos tremiam, suor se acumulava em sua testa, respirar se tornou dificultoso, a sala mesmo com o ar-condicionado pareceu que se tornou abafada.

- Não sei, mas se trocamos um não deu certo. - A mais baixa respondeu parando de andar para olhar melhor a amiga. - Acho melhor mantemos segredos, não temos certeza se realmente trocamos os fracos, pode ser apenas coisa da nossa cabeça.

Encara a outra com seriedade a outra, a intimidando. Ela não colocaria em risco seu emprego por uma duvida, o que imaginavam podia nem ao menos ter acontecido.

- Mas estamos falando de vidas, nosso erro pode as destruir de uma forma imperdoável Hanna. - A loira fala com medo e apreensiva.

- Você quer perder seu emprego Jane? - Pergunta séria.

- Não, claro que não!

- Então ficaremos de boca fechada, não temos certeza de nada e por uma incerteza não vamos correr risco. - Hanna decreta antes de sair e deixar a sala e uma amiga indecisa entre seu emprego e sua consciência.

Erros no passado que não foram resolvidos nós assombraram até serem solucionados. Um erro por mais simples é capaz de mudar vidas, como não podemos imaginar. As amigas não sabiam a dimensão do seu erro, se soubesse fariam o possível para repara-lo.

[...]

Os últimos raios de sol adentravam parcialmente o quarto, iluminando de forma delicada o rosto da mulher parada diante da grande janela. O homem parado a poucos metros dela se perguntava se valia a pena apenas olhar e não registrar a ocasião de tão belo que ele é.

A amava, e uma prova de seu amor crescia em seu ventre depois de muita dificuldade. Todo momento difícil que passaram no fim valeu a pena e se precisasse passaria por tudo novamente para seu filho ou filha.

- Sinto que será uma menina. - A mulher fala encarando o horizonte, a cidade ganhando uma nova forma.

- Eu queria que fosse, uma cópia sua. - Seu marido fala enquanto a abraça por trás. - Seriam as rainhas da minha vida, faria tudo que me dissessem.

O tom carinhoso é notável em sua voz, esperou tanto por esse momento que quase não cabia em seu peito tanto amor e felicidade, não via a hora de finalmente ter em seus braços seu bebê que sonhou por anos.

- Nós sempre te amaríamos. - Se vira nos braços do ruivo, apoiando seu rosto em seu peito ouvindo seu coração bater.

- Eu sempre amarei vocês.

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