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Prólogo
— Ah merda! Não dá! — Felipa Montez estava tentando abotoar a calça nova que Malcon havia lhe dado. O problema era que alguém se esqueceu de avisar a ele que o manequim dela era 48 com orgulho.
Felipa era designer de joias formada pela EMA — Escola de Moda do Alasca. Estava no auge dos seus 26 anos e tinha acabado de ficar noiva de Malcon De La Vega um corretor de imóveis que trabalhava na grande NY. Estavam juntos há pouco mais de dois anos e eram felizes juntos, até que ele chegou em seu apartamento com um bonito anel de brilhantes lhe pedindo em casamento. Resultado: A família dele estava organizando uma festa para comemorarem o acontecimento
Felipa estava feliz, afinal, ganhou uma festa de noivado, sem se preocupar com nada e de quebra ainda veria seus antigos amigos da época do colégio. Malcon era de Nebraska assim como ela, mas os pais de Malcon haviam deixado a cidade ainda quando Malcon era pequeno.
— Vamos, buquê. Se não sairmos em cinco minutos estaremos encrencados — Felipa fez careta. Não gostava do apelido que Mal havia lhe dado, mas era aquela história, quanto menos você gosta de um apelido, mais ele gruda em você. — Por que não está vestindo a calça que lhe dei? Era um lançamento.
— Porque você comprou dois números a menos Mal. Esqueceu que você não é noivo de uma modelo? Ou melhor, de uma modelo, mas tamanho Plus!
— Para te incentivar a emagrecer um pouco. — Ele maneirou o tom, pois não queria começar uma briga, e sabia que Felipa era bem capaz de desistir de viajar por causa daquilo. —Você é linda Lipa, já se imaginou vestindo um tamanho menor, já pensou como todos aqueles vestidos de noiva cairiam bem melhor se você conseguisse diminuir dois números?
— Pode parar. — Ela levantou a mão para ele. — Eu não pretendo diminuir número algum, Malcon. Estou satisfeita com meu peso e meu corpo, se bobear tenho mais saúde do que você. E o vestido perfeito vai caber em mim do jeito que sou. Se quiser uma noiva magra, procure outra.
— Eu não quero outra noiva. — Ele se aproximou por trás dela e beijou-lhe o pescoço causando arrepios nela. — Eu quero você. Vem aqui me dar um beijo.
Ela foi e eles se entregaram ao momento usando línguas, lábios e dentes em um beijo de tirar o fôlego, que convidava a se deitar na cama e fazer amor. Felipa amava Malcon, era seu primeiro amor, era o cara por quem ela teria se apaixonado na adolescência e ele correspondia seus sentimentos.
ooOoo
A viagem até Nebraska foi tranquila, sem turbulências o que para Felipa era um alívio, já que ela odiava aviões.
— Nathan! — Malcon se adiantou e abraçou o irmão matando a saudade. — Deixe-me apresentá-lo a Felipa. Minha noiva.
— Muito prazer senhorita. — Ele tinha o sotaque carregado do interior, coisa que Malcon não tinha. Ele era tão bonito quanto o noivo, só um pouco mais rude e mais musculoso, ela pode sentir isso quando ao invés dele estender a mão para cumprimentá-la, puxou-a para um abraço apertado, roubando-lhe o fôlego. — Uou! Ela tem carnes! Se deu bem, seu cara de pau.
— Okay. Tire suas mãos da minha noiva, seu troglodita, vai asfixiá-la e se ela morrer, com quem eu me caso?
Eles riram da brincadeira.
— E você pequeno? Ninguém vai me apresentar? — Felipa se abaixou para ficar na altura do menino que estava ali junto com Nathan. — Seu filho Nathan?
— Uou! Nãozinho moça, esse é Cole, nosso sobrinho.
— Cole! Lindo nome. Tudo bem? — O pequeno balançou a cabeça afirmando e logo depois foi suspenso no ar pelo tio.
— Hey! — Cole gargalhou com o giro que Malcon deu com ele no colo. — Cresceu moleque e como vai a besta selvagem do seu pai?
— Vou falar pra ele que você o chamou de besta!
— E desde quando eu tenho medo do seu pai?
— Desde que ele lhe deu uma surra quando você deixou Cole cair e quebrar o braço um par de anos atrás.
— Malcon! Que irresponsável! Imagina o que não fará com seus filhos?
— Ah! Não foi nada, não é garotão? Olha aqui, está inteiro e o braço no lugar. Nem morreu.
— Vamos pessoal porque a viagem é longa...
Em poucos minutos eles percorreram as ruas de Fairbury e Felipa pode visualizar mesmo que rapidamente alguns pontos que conhecia e se lembrava. A pracinha com os mesmos banquinhos de madeira, coloridos, debaixo de uma cobertura estilo colonial. As igrejas ao redor da praça, as lanchonetes, o colégio. Eles não passaram pela antiga casa dela, pois ficava para o outro lado da cidade, mas com certeza iria visitar o local em outra oportunidade.
Quando Nathan disse que a viagem era longa, ela não tinha acreditado, mas era verdade. Três horas dentro do carro até chegar à fazenda em que os pais de Malcon moravam.
O caminho de terra batida que levava da rodovia até o interior da propriedade era a coisa mais linda que ela já tinha visto. Pareciam nuvens brancas no chão, era tudo tão lindo que teve vontade de descer do carro e tocar os flocos de algodão. Estava maravilhada e o brilho nos seus olhos deixava isso claro, Felipa ficou ainda mais encantada quando avistou a casa principal. Ela era enorme, toda da cor branca e parecia ser uma construção antiga, cercada por um campo verde de grama altamente cuidada e aparada. Tinha uma enorme varanda que rodeava a casa e uma escada de pedra que dava acesso a porta principal. Felipa enxergou um pequeno parquinho ao lado da casa que tinha uns brinquedos. Do outro lado, um lago, onde alguns patos nadavam e submergindo suas cabeças a procura de comida. O lago misturava-se com a grama verde, por isso ainda parecia fazer parte do chão.
— Atrás da casa ficam os estábulos. — Felipa olhou na direção de Cole que não parecia se conter. Se ele que estava acostumado com isso estava agitado. Imaginava ela. — Eu estou doido para montar de novo. Black Thunder deve estar me esperando. — Felipa sorriu para Cole.
— Deixa de ser doido, Cole. Não faz nem quatro horas que você montou.
— Mas estou com saudades — o pequeno respondeu com segurança.
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