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"Prepotência habita nele,
e por trás da máscara, apenas fragilidade.
Ela soube no momento exato
em que seu olhar dominante a capturou, mas avistou sua
fraqueza, o cristal que o tornava refém de um destino
fragmentado. Era uma muralha sem alicerces, um pedestal
caído, a absurda imagem abrasadora queimando em seu
próprio inferno."
Ele tentou fugir do colapso, escondendo lágrimas, tornando-se forte e dominante. Ele fingiu ser uma serpente venenosa que desfere a mordida, mas sabe que o efeito tóxico habita apenas nele.
Atirando, ele aponta com inferioridade, não consegue ver o lado bom, apenas se olha no espelho e diz: "Oh, meu reflexo é perfeito".
Tão cheio de grandeza, uma fantasia que se dissipa sozinha, porque ele mesmo caiu, como uma estrela que não pôde se sustentar por um segundo no céu. E retorna ao mundo demonstrando que está acima, mas na realidade está apenas pendurado por um fio.
Ele é um refletor que se apagou, um perdedor que parou de correr, se desculpa dizendo que seu caminho está cheio de solavancos; ele sabe que está direcionado ao vazio, a terminar quebrado, não pode mudar a direção de um desvio errôneo, sente-se frágil, por isso finge ser uma couraça por fora, por dentro é apenas pele exposta às chamas que devoram suas fortalezas... Então o incêndio vai deixando cinzas fracas, e num sopro do vento elas desapareceram.
Ele se reduz a nada, seu poder acabou sendo uma miragem, uma falsidade vestida de verdade. A irrealidade vivente em sua cabeça o leva a mostrar um caminho intermitente desconhecido. No fundo ele caminha por um túnel sombrio, onde jaz a destruição, lá fora nasceu um ser narcisista que cresceu, que caminha sobre todos, seu rumo é o infinito.
No entanto, a eternidade foi arrancada dele, ele se sente sozinho, é uma taça de vinho vazia, porque seu conteúdo carmesim se derramou na inexistência, e entre estilhaços espalhados pelo chão, ele é apenas um homem sem nome, e secretamente busca o significado da vida, um motivo para existir.
Ele é Silvain De Castelbajac, o chefe Narcisista.
...
"Ele usa um sorriso soberbo como escudo; ele ataca, tem medo e quer infundir medo. Na verdade, com medo, ele pretende ser aquele que faz os outros fugirem."
...
Já sinto o suor escorrendo pelas linhas das minhas palmas, tremor leve nas minhas pernas, meu coração palpita à espera. Preciso do emprego, o dinheiro é urgente, seria lamentável não conseguir. Já esperei por dez minutos. Volto a aparecer a cabeça, o corredor está vazio.
Cubro meu rosto, respiro pela quinta vez. Uma voz sutil me tira do meu isolamento mental e levanto a cabeça encontrando a dona. É a mesma mulher que me recebeu, ela usa um avental, laço na cabeça. A aparência de uma empregada, suponho que estou vendo meu reflexo, serei eu em questão de minutos. Mas nem tudo está dito, devo esperar a palavra final.
-Jovem, Viscardi, me siga, por favor… -comunica amavelmente, isso me encoraja a sair do meu lugar e me levantar.
Sigo ao lado dela, não sei para onde ela está me levando. A mansão é esplêndida, luxuosa e rouba minha atenção durante o trajeto. É impossível não reparar nos detalhes em dourado, há uma espécie de atmosfera suntuosa que encanta, é tudo o que está longe de muitos, e poucos são os sortudos. Sorrio quando ela me olha de repente, ela para em frente a uma porta escura.
-É aqui, Aryanna, procure não ser indiscreta ou fazer perguntas intempestivas. Tenho um bom pressentimento sobre você, o chefe pode ser difícil, boa sorte. -ela acrescenta com urgência, já não me sinto tão segura para girar a maçaneta.
-De acordo. -sussurro quase inaudível.
Ela já saiu imediatamente, me deixando sozinha em uma situação estranha que se enrosca em uma espiral de medos dentro de mim. Já não tenho convicção para lidar com isso, quão difícil é o senhor De Castelbajac? Sempre fugi de pessoas complexas ou complicadas, agora parece que estou entrando na emboscada.
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