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Capítulo 01
Bryan O'Connell
— BRYAN! Você precisa vir aqui fora! — Grita Caio por sobre o som que toca alto dentro de casa.
Levanto a cerveja para ele e contínuo a acariciar as coxas da loira safada que está sentada em minha perna já louca para ser muito bem fodida.
— BRYAN, PORRA!
Caralho!
Que merda está acontecendo nessa porra de porta?
Não ouvi ninguém chamar nessa boceta!
Também, com essa música não dá para ouvir caralho de nada. Eu vou matar Caio se ele estiver com frescura para meu lado, mesmo quando estou prestes a foder essa loira.
Me levanto deixando a loira peituda reclamando por não continuar o que estava fazendo. Calma aí que o papai aqui volta já.
— Qual é a merda Caio?
— Eu é que pergunto cara? — Ele se afasta para o lado e posso ver uma senhora, de cabelos grisalhos com duas crianças de aproximadamente uns... Sei lá, cinco anos talvez, em pé ao seu lado.
A senhora olha para mim e olha para as crianças que coloca as mãos nos ouvidos, devido ao som, que está estrondando no ambiente.
Faço sinal para Caio sair da frente e fecho a porta atrás de mim ainda olhando para senhora.
Eu não tenho vizinhos, então não tem nada a ver com som alto. Qual será a merda?
— Algum problema, senhora? — Pergunto, pois, apesar de ter bebido, ainda não estou bêbado e não vou tratar mal uma senhora e duas crianças.
— Infelizmente sim meu rapaz. — Ela parece nervosa, mas também decidida. — Eu não posso cuidar deles. A mãe deles se foi e fiquei com a responsabilidade de os trazer até você.
Oi! Espere aí, vamos com calma que essa eu não entendi e posso assegurar que bêbado ainda não estou.
— O que eu tenho com isso? — Pergunto, pois, até onde eu sei possuo um clube e não um orfanato.
— Eles não têm mais ninguém. Eu sou só a babá, se pudesse eu juro que ficaria com eles. Mas não posso e o último pedido dela foi para traze-los até você.
E eu por um acaso tenho o que com isso! Se tenho condições financeiras? Bom, condições financeiras sim. Porém o resto... eu não tenho mesmo. O que essa mulher louca está pensando que sou!
— Onde está o pai deles? — Pergunto serrando os olhos e vejo por minha visão periférica Caio abrindo e fechando a boca, olhando de mim para as crianças como se eu fosse algum retardado que não soubesse que a soma de dois mais dois são quatro.
Que porra está acontecendo aqui?!
— Meu querido, o pai deles é você. Bryan Williams O’Connell. — Ela fala meu nome completo e isso me causa um arrepio, meus olhos se arregalando em choque, espantado com o que acabei de ouvir. Eu... o quê?
— Oi! Como é que é? —Acho que não ouvi direito. Tenho certeza que não ouvi.
— Filho, não tenho tempo para explicar. O táxi está me esperando, preciso seguir de volta para o aeroporto, ou perderei meu voo, e não posso perde-lo. Mas, saiba que esses são sim, seus filhos. Thomas e Theodore.
Engulo em seco, pois nem sei o que dizer. Como assim, eu? Pai? Está doida Dona! Eu devo ter enchido a cara e está vivendo um pesadelo. Alguém me belisca, ou melhor, joga um balde de água fria em minha cara, para que eu acorde dessa alucinação. Deus não pode está pregando essa peça em mim.
Sem ligar para minha cara, a mulher continua falando.
— Aqui nessa mala tem tudo que eles podem precisar por enquanto, mas ainda essa semana as coisas deles estarão chegando. Aí dentro tem uma carta deixada pela mãe das crianças, explicando algumas coisas, além de uma procuração. Por um milagre usando suas últimas forças, ela conseguiu tomar algumas medidas para deixar eles amparados. Eles não dão trabalho, já sabem tomar banho sozinhos e só precisam de orientação e disciplina, tenho certeza que você logo irá se adaptar, assim como eles. Agora eu preciso mesmo ir. Fiquem com Deus!
Olho para Caio que está tão perdido quanto eu. Não é alucinação. É real.
A senhora está quase chorando e ainda não sei o que fazer, nem o que dizer. Eu não posso ser pai. Eu não nasci para ser pai.
— Lilian — As crianças a chamam e ainda estou mudo sem entender nada do que está acontecendo à minha frente.
— Amorzinhos, esse é o papai de vocês. Ele vai cuidar de tudo a partir de agora. Lembre-se, a mamãe de onde estiver, vai estar olhando por vocês.
Papai, eu!?
E dizendo isso ela entrega uma mala para Caio, o que imagino ser devido a minha falta de reação e então se vai.
Só quando ela entra no táxi é que me permito dá um passo à frente e chamar por ela, só que aí, ela já se foi.
— Que. Porra. Você. Fez? — As palavras saem da boca de Caio, todas pontuadas e eu só sei que não fiz nada. Nada mesmo. Nunca trepei sem camisinha. Tenho o maior cuidado para algo assim nunca acontecer.
— O tio falou palavra feia. — Fala O.... meu Deus! Como vou saber quem é quem? O que eu faço agora?
Fodeu!
— Isso está errado. Tem alguma coisa errada aqui. — Digo para Caio enquanto seguro meus cabelos puxando-os para trás sentindo o coro cabeludo arder.
— Acho que você enfiou o pau desencapado em alguém por aí.
— Cala a boca seu idiota. Não fala merda e você sabe que isso nunca aconteceu.
— Cara, certo ou errado, se aconteceu ou não, isso não vêm ao caso nesse momento, não podemos deixar duas crianças jogadas na rua.
— É claro que não seu sabichão. Está pensando que sou o quê? Mas, que tem coisa errada, ah, isso tem, cara. Essas crianças não podem ser minhas. Eu nunca "fodi sem camisinha". — Falo baixo para que só Caio possa me ouvir.
— Se você parar e olhar bem para eles, não vai ser isso que você irá pensar. São a sua cara quando você era criança. Até o corte do cabelo.
Olho para os dois à minha frente que me olham abismados, encarando-me com seus olhos tristes e.... Puta que pariu!
— Cara, para tirar qualquer dúvida acho que você vai precisar de um exame de DNA. Mas antes, acho melhor entrarmos, aqui fora está ficando frio e não sei se é bom para eles.
Imagino onde vou colocar eles para dormir pois a casa está cheia, a não ser meu quarto, tenho certeza que os demais estão todos ocupados e puta que pariu mais uma vez! Duas crianças em um antro de perdição! Porra! Por que nasci tão fodido?
— Vou subir com eles. De um jeito nessa bagunça. — Falo para Caio pegando a tal mala.
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