/0/17293/coverorgin.jpg?v=460e73dccaa5348f1672ac5f74de0ef3&imageMogr2/format/webp)
Existe limite para a sensualidade?
Isabella Natale leva uma vida dupla. De dia ela trabalha na confeitaria de sua família. De noite, se transforma em Rosa Escarlate, a dançarina exótica mais sensual de Chicago, uma sereia que deixa os homens enlouquecidos com sua máscara de veludo e calcinha fio-dental. Ninguém conhece seu segredo tampouco sua verdadeira identidade, nem mesmo Nick Santori, o novo segurança do clube... e a primeira paixão da vida de Isabella. Ele sempre viu a pequena Izzy como uma criança. Mas não há nada de infantil em sua reação a Rosa... Então, o que resta a ela fazer senão mostrar ao homem de seus sonhos que olhá-la é bom, porém tocá-la é melhor ainda...
PRÓLOGO
ELES A chamavam de Rosa Escarlate.
Quando o nome dela era anunciado em tons sensuais, quase respeitosos, no Leather and Lace, um clube exclusivo para cavalheiros, um silêncio maravilhado começava a deslizar pela multidão. O cômodo ficava mudo, a conversa barulhenta dava lugar a uma expectativa silenciosa.
Empresários com camisas abertas nos colarinhos interrompiam seu flerte sussurrado com as garçonetes usando minissaias pretas e blusas minúsculas. Todos os participantes de uma despedida de solteiro retornavam às suas mesas, acotovelando o noivo para que assistisse e lamentasse. Homens solteiros, que vinham toda semana apenas para assistir a ela, voltavam a se sentar nas poltronas fofas de couro preto e olhavam extasiados para o palco através de olhos semicerrados. Logo o tilintar do gelo nos copos deles era o único som no ambiente luxuriosamente nomeado, até as garçonetes sabiam que não se deveria interromper a clientela quando Rosa estava no palco.
Ela dançava apenas duas vezes por semana, aos sábados e domingos, e desde a noite em que começara ali, Rosa Escarlate se tornara uma das atrações mais renomadas na cena noturna de Chicago. Porque, enquanto a cidade estava há muito acostumada a dançarinas sem emoção tirando suas roupas e girando sob a batida pesada da música sensual, eles simplesmente não tinham visto nada como ela.
Ela não era sem emoção; era elegante. Seus traços delicados e curvas naturais faziam todos os homens que a viam se perguntar como seria tocar aquela pele macia.
Ela não tirava a roupa... ela se despia. Lentamente. Sedutoramente. Como se tivesse todo o tempo do mundo para dar prazer a um homem.
Ela não girava, ela requebrava, movimentando-se com uma graça fluida. Todos os gestos, todas as voltinhas eram um convite para olhar para ela.
A vibração dela não era sexual, era sensual, erótica e expressiva o suficiente para fazer um homem fechar os olhos e percebê-la. Embora, é claro, quando estivesse no palco, ninguém nunca fechasse os olhos.
Enquanto o trabalho dela poderia diminuir algumas mulheres aos olhos daqueles ao redor, Rosa o dominava, assumia e erguia a um nível artístico em vez de pura excitação sexual.
Ela gostava do que fazia. E eles gostavam de vê-la.
A batida baixa e abafada de um número fumegante começou, porém o palco permaneceu escuro enquanto os assistentes posicionavam uma cortina vermelha de cetim usada. Usada apenas por ela. Havia sido uma adição recente por parte do gerente, que percebera que o clima classudo da artista era parte do apelo da Rosa Escarlate. Assim como o mistério dela.
Enquanto a maioria das outras dançarinas do clube se apresentava sob luzes intensas acima de suas cabeças e em exposição total, Rosa dançava sob sombras e poças de iluminação proporcionadas por holofotes precisamente cronometrados. A máscara de veludo vermelho nunca lhe abandonava o rosto. Muitos imaginavam que o gerente estava brincando com a popularidade da aura de mistério que cercava Rosa.
Finalmente, a música ficou mais alta, e os holofotes gelificados, cuja cor variava de um tom de rosa suave ao vermelho-sangue, iluminaram o palco, movimentando-se para frente e para trás, cada um deles tocando brevemente em um ponto: a junção da cortina de cetim fechada.
– Agora, para o deleite de seus olhos – disse uma voz masculina suave, no sistema de som –, a flor perfeita de Chicago, a Rosa Escarlate.
Ninguém aplaudiu ou cochichou. Ninguém se mexeu. Todos os olhares estavam sobre o centro da cortina, de onde a mão começou a emergir.
Era branca. Delicada, com dedos longos e pulso esguio. Havia um desenho colorido, pintado no corpo, iniciando na ponta de um dedo, como uma folha minúscula. Estava ligado a uma videira, que envolvia a mão dela, em volta do pulso. Quando o braço emergiu, mais da videira frondosa, completa, com espinhos afiados, foi revelada. O desenho cintilava, sensual e perverso, sedutor e perigoso.
Sinuosa, vagarosa, sem pressa, ela surgiu entre o drapeado da cortina, até se revelar completamente. Porém, sua cabeça permanecia abaixada, os longos cabelos castanho-avermelhados escondendo o rosto.
O ritmo pulsava. A dançarina permaneceu parada, como se completamente absorta da multidão. Finalmente, os holofotes mudaram de cor, os vermelhos intensos abrindo caminho a um amarelo suave. E, como se ela fosse um botão fechado sendo acordado em um amanhecer suave, Rosa começou a se mexer.
Sua cabeça se ergueu lentamente, a beleza delicada do pescoço alvo destacada por mais pinturas corporais. Os cabelos caíram pelas costas quando ela se virou em direção à luz, como se acolhendo a manhã.
Os lábios fartos, vermelhos e úmidos estavam entreabertos, enviando imagens vívidas e fantasias eróticas às mentes de todos os homens que estavam perto o suficiente para conferir seu resplendor... Aquela era uma mulher moldada para a arte do beijo. E do prazer sensual.
/0/13014/coverorgin.jpg?v=467645ee35440a8e70e9e62cabcf9c8b&imageMogr2/format/webp)
/0/3158/coverorgin.jpg?v=ec4ec4ab2d3e8b1d694f28d55796cfca&imageMogr2/format/webp)
/0/9209/coverorgin.jpg?v=20250127094455&imageMogr2/format/webp)
/0/8822/coverorgin.jpg?v=127363d540b984a159e2b5a68ae89a37&imageMogr2/format/webp)
/0/4974/coverorgin.jpg?v=6ae745dd92a2c030c07f1bc1506c8407&imageMogr2/format/webp)
/0/5604/coverorgin.jpg?v=20250515145234&imageMogr2/format/webp)
/0/1310/coverorgin.jpg?v=20250123163835&imageMogr2/format/webp)
/0/8763/coverorgin.jpg?v=d0071118f114d1f2da8faa50bb51cf63&imageMogr2/format/webp)
/0/2978/coverorgin.jpg?v=a24b18cf4301ef9c3af43c6f405b91ce&imageMogr2/format/webp)
/0/10147/coverorgin.jpg?v=4d7f4d671d03cc6211f5fa0846234553&imageMogr2/format/webp)
/0/4143/coverorgin.jpg?v=20250121190417&imageMogr2/format/webp)
/0/8864/coverorgin.jpg?v=775bfd1be880cc534667f2fecfd6e8a4&imageMogr2/format/webp)
/0/3339/coverorgin.jpg?v=524e58c31d4e414c2e70f5429659bf32&imageMogr2/format/webp)
/0/14443/coverorgin.jpg?v=ca0dac4e68ae64935da4b80689441f5d&imageMogr2/format/webp)
/0/3544/coverorgin.jpg?v=7fb8da2a99aa1a2295db754b53c9c933&imageMogr2/format/webp)
/0/6260/coverorgin.jpg?v=6c6f26d48685e09b6e19a09f52640a92&imageMogr2/format/webp)
/0/2902/coverorgin.jpg?v=f59dc90d9348ca1fa61b0effb4f5e281&imageMogr2/format/webp)
/0/1896/coverorgin.jpg?v=1a98f02f160a27cb8d5b11b8c617d026&imageMogr2/format/webp)
/0/6358/coverorgin.jpg?v=edd5fe5eeee98a31f651d5d13988af79&imageMogr2/format/webp)