Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
O retorno chocante da Madisyn
O caminho para seu coração
Um vínculo inquebrável de amor
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Minha assistente, minha esposa misteriosa
Acordo abrindo os olhos calmamente, mas ainda cansada e como de costume vou direto tomar um banho. Entro no banheiro e começo a me despir. Prendo meu cabelo em um coque alto com um lápis deixando o mesmo um pouco apertada. Entro no box e ligo o registro deixando a água quente escorrer sobre meu corpo e sinto os meus músculos relaxarem.
Minha cabeça estava muito bagunçada, minha saúde mental está uma merd* e meu corpo está tão cansado. Adam parece querer tomar conta de todos os meus sonhos e pensamentos do dia e da noite e para piorar, eu estava recusando todos os convites de encontros familiares aos fins de semana na casa da minha mãe ou da minha avó apenas para não ter que encontrar Adam e Lydia e com isso minha mãe já estava me difamando para toda a família dizendo que eu havia abandonado a todos. Merd*! Que mulher impaciente! Quero um tempo para mim, apenas isso. Tudo bem que meu relacionamento havia acabado há seis meses, mas eu ainda estava atordoada. Quando eu acho que estou bem, tudo volta na minha cabeça como um maldito flashback. Eu odiava flashback. Quer dizer, ainda odeio. Sempre aparecem em momentos inapropriados e te fazem sentir a pessoa mais otária do mundo. Tudo bem que na situação em que eu me encontro eu me sinto sim a pessoa mais otária do mundo. Mas um maldito flashback não precisa ficar o tempo inteiro avisando isso. Já não basta ter o Adam e a Lydia esfregando na minha cara tudo o que estava acontecendo.
Norah fala que preciso procurar um psicólogo. Deveria seguir o conselho dela, mas às vezes o que eu acho que realmente me faria bem era pegar a cara do Adam e arrastar no afasto e furar os olhos da minha irmã com garfos. Realmente preciso de um psicólogo! Estou sendo completamente agressiva, mas eu não me importo. Ninguém ligou para os meus sentimentos. Muito menos Lydia que era a minha irmã caçula e que estava trepando com meu namorado. Minha única irmã. A irmã que deveria ser minha confidente e melhor amiga. E não foi a primeira vez que aquela idiota fez isso. Sempre foi assim, desde a adolescência. Ela sempre teve esse comportamento ridículo de roubar meus namorados. Minha irmã é uma vadi* e eu a odiava com todas as forças. Eu até tentava me dar bem com ela depois apenas para que mamãe não ficasse enchendo meu juízo e também porque ela era a minha única irmã, mas era como se ela me odiasse e tentasse me afastar de todos os modos. E eu era a vítima. Eu que deveria odiá-la, não ao contrário. E depois de um tempo vi o cafajeste que Adam era. Um tremendo babaca. Eu me martirizo todos os dias por ter me batido com ele naquela maldita boate. Era para eu ter ficado em casa com minha maldita cólica.
Naquele dia eu estava sentindo aquela famosa cólica "sua menstruação tá chegando e esse mês você vai sofrer como um inferno. Vai sentir uma amostra grátis não pedida de parto e vai sofrer por sete dias até não aguentar mais e pedir para morrer!" e mesmo assim eu fui para a boate com uma outra amiga minha já que Norah estava trabalhando naquele dia. Lá eu havia me esbarrado nele e derrubei meu Martini em sua incrível camisa de botões. Eu tive o imenso prazer de levá-lo para meu apartamento, que não era longe da boate, para lhe dar uma camisa que o irmão de Norah havia deixado em meu apartamento já que era comum ele e Norah dormirem lá. Ele ficou sem camisa na minha frente e put* merd* que homem gostoso, não resisti e então rolou.
Idiot*! Mil vezes idiot*!
E sua amiga ainda te alertou sobre o canalha. Mas você deu ouvido? Não! Tinha que se entregar para ele por quase dois anos!
Como eu era estúpida. Suicídio era uma solução rápida. Envenenar-me seria doloroso. Cortar os pulsos também. E se eu me jogasse de um penhasco? Será que doeria? Não! Eu jamais daria esse gostinho a Lydia. Ela teria que me engolir.
Saio do banheiro e volto para meu quarto, e começo a me arrumar para o trabalho, abrindo meu guarda-roupa pego minha roupa, escolhi uma saia preta social justa com uma fenda na perna, juntamente com uma camisa de botões branca e para finalizar um salto agulha preto.
Eu tenho vinte e quatro anos e sou empresária de um cantor famoso. Tyler Cross era a minha estrela! Tyler foi um menino no qual eu vi crescer e vi rapidamente o talento que o menino tinha. Ele era meu vizinho quando eu morava em Las Vegas e o Ty me adorava. Eu era sua babá quando ele era criança e os pais tinham que sair para trabalhar. Ele tinha quinze anos quando estourou nas paradas de sucesso com um de seus singles. Ele precisava de empresário e vários idiot*s apareceram na época, mas uma vez nós conversando eu falei brincando que se ele quisesse eu seria sua empresária. E a brincadeira virou realidade. Nós agora viajamos para todos os cantos e ele não confia sua vida a ninguém a não ser a mim e a Norah.
Norah Ross é a minha melhor amiga. Com seus vinte e cinco anos, Norah conseguiu ser uma investigadora do FBI de nome e muito respeitosa. Sofreu bastante para chegar aonde chegou por ser uma mulher negra, mas hoje conquistou seu trabalho na sociedade. A mesma coisa era seu irmão, Jay. Ele era advogado criminalista e tinha trinta anos. Ambos por serem pessoas da lei, vivem cercados de segurança e isso inclui a mim e ao Tyler. Como melhor amiga de Norah, eu era sempre acompanhada por pelo menos dois de seus seguranças fora os do Tyler. Norah já colocou muita gente na cadeia, assim como Jay. Já atentaram contra a minha vida e graças aos seguranças, hoje estou bem viva. Norah e Jay já não têm mais pais. Tornaram-se adultos desde cedo já que a família não se importava com eles.
Como se já não bastassem os seguranças da Norah e do Jay, eu tinha que conviver com os do Tyler também. Apesar de ele odiar, assim como eu, era extremamente preciso e necessário e eu dava graças a Deus por Tyler entender isso. Os pais de Tyler faleceram há quase um ano em um acidente de carro. Depois de uma temporada de shows, o pai de Tyler havia levado ele e a mulher Miranda para pescarem no lago. Na volta para casa depois do final de semana, estava chovendo muito e o carro derrapou em uma estrada de barro e o mesmo acabou capotando. Tyler por um milagre saiu ileso. O acidente não foi muito distante do nosso bairro e Tyler ainda conseguiu ligar para mim e para a emergência. Quando eu cheguei ao local do acidente, Tyler estava deitado no chão de terra segurando a mão da mãe que ainda estava consciente. Seu pai morreu na hora. Quando conseguiram livrar Miranda das ferragens do carro, correram às pressas para um hospital. Eu havia entrado na ambulância com ela enquanto Norah tentava o acalmar e levá-lo para o hospital em seu carro. Na ambulância Miranda havia virado seus olhos para mim e os meus olhos já estavam em rios de lágrimas, era como se fosse uma despedida. Eu tinha Miranda como segunda mãe. Ela era sábia e amiga. Era tudo o que eu mais precisava e nosso relacionamento era muito forte. Ela levantou a mão como se me chamasse e eu fui até ela. Segurei sua mão e beijei a mesma ainda chorando horrores. "Cuida do meu filho para mim". Foi a última coisa que Miranda disse para mim ainda em vida. E isso me fez chorar mais ainda.
Por causa da fortuna do menino por ser um astro famoso e pela herança de pais médicos, toda a família queria a guarda dele, já que ele era menor de idade. Eu achava isso ridículo. Ninguém ligava para ele, muito menos os avós e as tias que moravam perto nunca fizeram a mínima questão de visitá-lo. Bom, Tyler disse para o juiz que não queria ficar com ninguém da família, mas que queria ficar comigo. Com certeza Miranda havia ficado feliz onde quer que estivesse. Miranda sabia de cada cobra da sua família e me fez questão de contar sobre todos em nossas conversas. A verdade é que o processo está correndo na mesa do juiz e por enquanto eu estou com sua guarda provisória. Foi uma surpresa e tanto virar "mãe" de uma hora para outra, mas com a ajuda de Tyler estou me saindo bem. A família dele me odeia por isso. E pouco me importo. Eu estava sendo aprovada pelo Tyler, isso sim me importa.
Acabo de me arrumar e pego meu Porsche seguindo para a casa de Tyler e vejo dois carros pretos da equipe me seguirem. Eu tinha meu próprio apartamento, e eu passava uma semana no meu apartamento e uma semana na mansão de Tyler. Se a família dele soubesse disso, usaria isso contra mim. Na verdade, foi escolha de Tyler que a gente vivesse assim. Ele diz que eu de certa forma precisava ter a minha vida. No início eu briguei, mas com o tempo eu vi que isso me fazia bem, assim como ao Tyler e acabei me acostumando com essa rotina de cada semana um lar. Essa semana eu iria dormir em casa, mas eu ainda trabalho, né? E temos muito a fazer hoje.
Chego à casa de Tyler e logo entro estacionando meu carro em frente à mansão.
— Precisa de ajuda, senhorita White? — questionava o mordomo com toda a sua elegância. Ele tem um ar tão sério que às vezes me sinto intimidada. Hernesto tem lá os seus quarenta ou cinquenta anos. Trabalhava para a família há anos e continuou desde o acidente dos Cross. Saio do carro e aperto o botão que trava o meu carro e aciona o alarme.
— Não, Hernesto. Está tudo bem. — digo sorrindo para ele entrando na mansão sem esperar que ninguém abra para mim. Afinal, a mansão também era minha e eu me recuso a ter todas essas formalidades. Chega a enjoar — Bom dia, Dilan. — cumprimento Dilan que era o chefe de segurança do Tyler.
— Bom dia, senhorita. — ele responde sério como sempre e passa por mim falando algo em sua escuta que eu não me preocupei em saber o que era. Tanto a equipe de Tyler quanto a de Norah eram grandes. A verdade é que ainda não me acostumei com tanto homem de preto ao meu redor.
— Hernesto, cadê Tyler? — pergunto ao chegar à sala e não ver o mesmo. Começo a varrer o térreo com o olhar.
— Ele está no quarto dormindo, senhorita. — informa ele — Já o chamei e ele ainda não levantou da cama. — diz Hernesto com sua voz rouca e séria.
— Pois comigo ele vai levantar! — digo firme largando minha bolsa no enorme sofá da sala.
Parto para o quarto de Tyler em passos tão firmes que cheguei a nem me reconhecer. Só andava assim em extrema raiva, e era isso que eu estava sentindo agora. É só eu sair da mansão que Tyler dorme tarde, acorda tarde, come besteiras. Eu tenho que voltar para cá! Abro a porta com tudo e mesmo assim o desgraçad* não mexe um músculo. O seu vídeo game, TV e computador estavam ligados fazendo suas músicas se misturarem pelo quarto. Aquilo me deixou mais furiosa ainda. Aproximei-me de Tyler e o mesmo estava esparramado na cama que estava suja de refrigerante. Ele estava deitado de bruços com o braço para fora da cama e o rosto para o lado completamente amassado.
— Acorda, porr*! — digo dando tapas em sua cara. Ele contraiu o rosto em cada tapa. — Acorda projeto de Satã! — continuo dando umas tapas em sua cara e ele faz algumas caretas. Seguro-me para não rir à sua frente, mas com certeza eu daria belas gargalhadas se minha intenção não fosse realmente brigar.
— Para, Kay! — ele reclama cobrindo o rosto com uma coberta.
— Levanta, Tyler! — ordeno — E pode desligar todos os aparelhos eletrônicos desse quarto. Você não trabalha em uma empresa de energia, garoto! — digo puxando a coberta dele — Você tem dinheiro, mas tem que aprender a usar ele! — reclamo ainda tentando puxar a coberta dele e a mesma estava presa em seu corpo. Com dezesseis anos, Tyler era tão forte e com um porte corporal tão atlético. Ele é realmente grande!
— Me deixa dormir! — ele reclama. Olho para o relógio na parede de seu quarto.
— Levanta logo que já é meio dia. — Puxa! Nem eu acredito que dormi tanto assim — Tyler Gillian Cross! Se você não aparecer naquela sala em meia hora, eu juro que vou subir e te puxo pelos cabelos! — ameaço — E se eu tiver que fazer isso, sem mesada por três meses! — coloco as mãos na cintura em revolta e faço bico.
— Mas... — ele protesta.
— Mas nada! — o corto indo até a porta — Meia hora, Tyler! Meia hora! — alerto-o.