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Dou um aviso ao agressor, prefiro isso, ao invés de dar um tapa no cunhado nojento do meu chefe. Estou cansado de ter que me esgueirar para evitar abusos por parte dos homens com quem trabalho.
Nessa ocasião meu chefe está viajando, então decido ficar sozinha no escritório, na hora do almoço. Em aparente tranquilidade.
Meus colegas saíram, almocei e li alguns capítulos do livro de plantão.
Depois de meia hora, alguém bate na porta, é o Sr. Carmelo, marido da irmã do meu patrão. Cada vez que ele me vê, percebo aquele olhar estranho em seu rosto e a expressão em seu rosto que me deixa desconfortável. Ele me encontra sozinho e me pede para duplicar alguns documentos.
Seguimos para a área onde está o equipamento. Viro as costas para ele e começo a tirar as cópias. Nesse momento, sinto-o passar a pasta que segura nas mãos pelas minhas nádegas. É uma sensação tão desagradável que consigo parar de gritar. Virei-me imediatamente e, olhando-o nos olhos, ameacei contar à esposa dele. Pelo tom da minha voz, ele sabe que estou falando sério. Ele se recosta e sai, me contando o que acontecerá mais tarde.
Chega o gerente da empresa, eu sento para conversar com ele e contar o que aconteceu. Ele não leva isso muito a sério, embora tente esconder. E de repente ele começa a rir.
Vendo que estou incomodado com a atitude dele, ele fica sério e me pede desculpas.
— Não se irrite, é que acho engraçado aquele gordo ousar tanto . Da próxima vez que ele te desrespeitar, dê-lhe uma boa bofetada. Ele continuou rindo.
“Desta vez, eu aguentei”, eu disse a ele, mas avisei que contaria à esposa se ele fizesse isso de novo.
Após a reunião, vou para o meu escritório. O presidente do grupo está viajando. Não tenho mais ninguém a quem recorrer.
Eu me diverti muito nesta tarde abençoada. Bichano! — digo para mim mesmo — Renuncie! Agora! Encontre outro emprego onde você não será incomodado!
Saio do trabalho e vou ao shopping, tenho muita vontade de viajar. Faço um cálculo da indenização que receberei se sair do trabalho e consulto os destinos e preços das passagens aéreas. A moça da agência me disse que só tenho o suficiente para ir para a Jamaica. Não é ruim.
A partir desse momento comecei a moldar a ideia na minha cabeça.
Chego em casa e beijo minha mãe no rosto, enquanto prendo o cabelo em um rabo de cavalo, para me refrescar.
- Hoje faz muito calor!.
— Sim mãe , a temperatura é de 32 graus.
“Dê-me outro beijo, filha, você parece estranha”, sussurrou a mãe.
—Mãe, você já sabe que não gosto que me questione, não quero te preocupar .
Fui até a cozinha e levantei a tampa de uma panela na esperança de encontrar macarrão, adoro comida italiana. Em vez disso, existem feijões.
Dou outro beijo nele, desta vez mais perto, e digo:
— Vou ligar o ar para refrescar o ambiente enquanto tomo banho.
Eu tomo meu tempo no chuveiro. Coloquei roupas simples, como as que costumo usar em casa. Shorts rosa e azul, com top bege. Cabelo preso e sandálias de borracha, daquelas que escorregam pela ponta do pé. Quando terminei, desci as escadas.
Minha aparência mudou, pareço mais relaxada.
— Filha, preparei feijão refogado com arroz...
Eu faço uma careta, indicando descontentamento.
—Isso não me provoca, mãe. Estou com vontade de comer macarrão. Mas é melhor eu fazer um sanduíche para não me sujar muito.
— Não, filha... Alimente-se...
—Eu só quero algo leve. E você sabe que não gosto de feijão. Eu como só para agradar você!
- O que acontece?
— Não quero falar sobre isso agora porque vai me deixar desconfortável de novo. Estou mais calmo agora.
- Está bem meu amor.
- Tive uma ideia. Quero viajar.
—E isso? Aonde você vai?
— Porque eu quero... Gosto da Europa, fui a uma agência e o orçamento chega-me à Jamaica.
—E o que você vai fazer lá?Por que não vai para a Itália?
— É mais caro para mim.
—O irmão do meu amigo Cristiano mora lá e sempre me convida. Se você quiser, eu falo com ele.
— Que ótima notícia, mamãe.
Fiquei muito feliz, me imagino na Itália, passeando e degustando pratos deliciosos. A proposta da minha mãe me leva a sonhar acordado.
De emoção, esqueço os momentos ruins que passei no escritório.
Estou preparando o jantar, enquanto penso em como organizar tudo para que a viagem se torne realidade.
—Mãe! Quer que eu prepare um para você? Se você disser sim, eu te conto o que aconteceu no escritório!
— Ok, prepare uma deliciosa.
Fiz dois, um para cada um, recheados com queijo, presunto, tomate e molhos.
Aproximei-me de minha mãe e entreguei- lhe a comida.
- Você vai adorar.
— Vejamos, diz ele, não suporto a curiosidade.
— Resumindo... o cunhado do patrão me desrespeitou.
—Que abuso!E o que você fez ?
— Falei com o gerente, irmão do Felipe. Quando ele está viajando, tenho que me dar bem com ele.
- Me parece bem. Chega de abuso de mulheres.
— Sim, na verdade, não foi tanto o que ele fez, foi apenas algo desagradável. Sua expressão me enojou. O que mais me incomodou foi o olhar dele e a forma como seu rosto se transformou. Ele é um pervertido. Ameacei contar à esposa dele.
— Muito bem, filha. Você não precisa ficar em silêncio. Se não, outro dia ele vai e faz algo pior com você.
— Sim, então... agora é a sua vez.
– Para mim ?
— Mãe, não aja... Conte-me sobre isso Cristiano e sua família. Como eles são? O que ele disse para você quando te convidou para ir à Itália ?
— Sim... eles são romanos, são meus amigos. Eles estão em Margarita há três anos, eu os ajudei muito. Sempre falam para eu tirar férias e que posso ir para a casa do irmão deles.
— Ótimo . E onde na Itália mora a família ?
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