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Viviane Bernardi Müller era uma professora que amava o seu trabalho. Apesar de viver cercada por crianças, sempre adiou o sonho de ter filhos. Seu marido sempre dizia que precisavam se estabilizar financeiramente.
Aos vinte e sete anos, já tinha comprado sua casa e finalmente, ela conseguiu mobiliar os cômodos amplos.
O seu marido era um advogado renomado comprometido com o trabalho. Raramente, Pietro chegava a tempo do jantar. Na maioria das vezes, Viviane costumava fazer suas refeições sozinha e logo em seguida, ela ia dormir.
Quando chegava mais cedo, ela sempre o servia. Ficava feliz por ver o esposo em casa. Contudo, essas raras noites acabavam em discussão.
— O que há de mal nisso?
— Ainda não estamos prontos para ter filhos.
— Temos reservas financeiras e ambos trabalhamos.
— Você sabe que eu quero trocar o meu carro, — esbravejou ele. Deixou os talheres cair ao lado do prato. — Além disso, eu usei as nossas economias para comprar ternos novos. Meu chefe detesta quando os empregados andam mal vestidos.
— Você mexeu no nosso dinheiro sem me consultar?
— É o meu dinheiro! — O punho apertado bateu na mesa. — Perdi a fome. Essa comida é horrível! — Pietro jogou o prato no chão.
Resignada, Viviane pegou a pá e a vassoura para limpar a sujeira no chão da cozinha. Segurou firme no balcão da ilha branca quando sentiu uma leve tontura.
O homem egocêntrico, com quem se casou, não dava a mínima para saber como foi o seu dia e nem mesmo a presenteava ou a levava para jantar.
Pietro nem sempre foi tão rude, nos primeiros anos sempre fazia de tudo para agradar à esposa. Sentada na cadeira, ela chegou a conclusão de que sua vida era mais feliz quando ambos moravam num apartamento pequeno onde havia apenas uma geladeira, uma cama e um fogão.
A chama do relacionamento esfriava à medida que seu esposo crescia na empresa. De um simples estagiário, ele passou a ser um dos membros das reuniões do conselho de um dos mais poderosos CEO de redes de hotéis. Pietro costumava se gabar, sempre dizia a todos que era o braço direito do diretor-executivo da Welsch Corporation.
…
Pouco antes de chegar no quarto, a mulher de cabelos claros subiu as escadas devagar. Estava com receio de ter outra vertigem e cair. Vivian pensou que se contasse a novidade, o marido ficaria mais feliz, mas sua empolgação se desfez ao espiar pela porta entreaberta.
— Claro que vou, meu docinho! — disse ele ao telefone. — Comprei aquela joia que você queria!
Pietro fez uma pausa longa e sentou-se na cama sem saber que a esposa ouvia a conversa pela fresta da porta.
— Já arrumou as suas malas? — perguntou em voz baixa. — Vamos passar uma semana em Los Angeles, — mencionou ele, animado. — Agora me manda aquelas fotos! Preciso dos seus nudes para matar a saudade.
A dor transbordava pelos olhos de esmeralda de Vivian. Aquele era o real motivo de seu casamento ter esfriado. Ela passou a mão na barriga e de repente a porta se abriu.
— O que está fazendo?
— Na, nada! — Ela gaguejou. Vivian se esforçou para controlar as pernas trêmulas. — Quem estava no telefone?
— Meu chefe, — ele a olhou de soslaio. — Vou viajar na próxima segunda, reunião de negócios nos Estados Unidos.
— Pensei que estivesse falando com uma mulher.
Ele saiu da cama e se agigantou diante dela, impedindo que Vivian passasse. Tomando coragem, ela o confrontou:
— Era a sua amante?
— Não mude de assunto! Você estava escutando atrás da porta?
Slapt! A palma da mão aberta chocou contra o rosto anguloso de Vivian. Pietro já havia perdido controle duas vezes, mas disse que não voltaria a fazer isso.
— Você quebrou a sua promessa!
— Ora, sua vagabunda, — segurou-a pelos cabelos.
Ele jogou Vivian sobre a cama. Abriu a fivela do cinto, retirou da cintura e em seguida, dobrou o couro em dois.
— Por favor, não! — Ela ergueu as mãos para se defender. — Estou grávida!
— O quê? — O cinto caiu de sua mão.
Vivian fitou a expressão impassível e achou que o seu marido mudaria diante da situação delicada.
— Dá um jeito nisso! — Apontou para a barriga de Vivian.
— Não pode fazer isso comigo, estou esperando um filho seu…
— Já te disse milhares de vezes que eu não quero!
Pietro foi até o guarda-roupa e pegou um dos seus blazers pretos. Vestiu e saiu batendo a porta com força.
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