Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
O retorno chocante da Madisyn
O caminho para seu coração
Um vínculo inquebrável de amor
Acabando com o sofrimento de amor
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Me olhei no espelho pela milésima vez, não gostando do que estava vendo ali. Eu não era acostumada aquele tipo de roupa, por isso entendia toda minha falta de jeito, mesmo que me sentisse sexy.
— Você está linda, agora da licença e deixa eu terminar de me arrumar ou só vamos chegar lá amanhã.
Alice bateu o quadril no meu, me empurrando para longe do espelho.
Diferente de mim ela usava um vestido vermelho, que não chegava na metade de suas coxas, saltos alto combinando e o cabelo loiro, quase platinado, descia em camadas onduladas por suas costas.
Já eu estava com um shorts jeans escuro, tão curtos que mostravam a polpa da minha bunda, uma regata preta cavada, que deixava a mostra meu sutiã strappy. Que era a única coisa naquele look que me pertencia, todo o resto tinha arrancado do guarda roupa de Alice.
— Tem certeza que eu preciso usar esses saltos? Tenho certeza que vou torcer o pé antes mesmo de entrar na boate. — resmunguei encarando as sandálias pretas que ela tinha guardado para mim. — Falando nisso, você não me disse o nome do lugar.
— Você faz perguntas de mais, Bri! — ela bufou se afastando do espelho, agora com o rosto lindamente maquiado. — Sim, você tem que usar os saltos! Você quer chamar a atenção de um homem gostoso, não é? Pois então vai usar os saltos, para ficar mais alta e não parecendo tão... você.
Poderia me sentir ofendida com o comentário, mas eu tinha pedido exatamente isso quando começamos a nos arrumar. Queria parecer outra pessoa, uma mulher, confiante, empoderada e não a jovem que acabou de fazer vinte anos.
— Só espero me divertir antes de quebrar a cara com esses saltos!
— Você vai ver, essa vai ser a nossa noite!
Chegamos na boate LYNC quase a meia noite, a fila para entrar ainda estava grande, mas graças as pulseiras coloridas que Alice tinha conseguido em algum lugar, não foi preciso esperar nada.
O segurança alto e forte nos deu um olhar desconfiado quando ela estendeu a mão mostrando a pulseira para ser escaneada. Ele parecia mais um armário vestido com um colete sem mangas, que evidenciavam ainda mais seus músculos e uma tatuagem enorme cobrindo seu ombro bronzeado.
Quando seus olhos castanhos, focaram nos meus eu pude jurar que senti um calafrio subir por minha espinha, se concentrando em minha nuca. Respirei fundo, tentando parecer o mais calma possível e estendi meu pulso, achei que o homem seguraria meu pulso como fez com Alice, mas tudo o que ele fez foi se afastar, mantendo os olhos grudados nos meus e me dando passagem, sem nem ao menos passar a maquininha na pulseira.
— Vem Bri! — ela gritou me fazendo desviar o olhar do homem e me deixar ser arrastada por ela para dentro do lugar.
A música alta e sensual invadiu meus ouvidos, assim que as luzes vermelhas me atingiram. O ar quente e aconchegante me animaram, levando para longe a estranheza do segurança na entrada, agora eu estava focada nos corpos se enroscando pelo lugar, dançando animados.
O bar estava cheio e eu vi que talvez fosse difícil conseguir bebidas essa noite. Alice me arrastou diretamente para lá, empurrando as pessoas em seu caminho sem se importar em pedir desculpas, essa era minha amiga, um furacão loiro.
— O que você vai querer?
— Qualquer coisa com álcool. — eu queria me divertir, fazer tudo o que sempre quis, mas dessa vez sem culpa.
Me virei para as pessoas enquanto ela tentava ganhar a atenção do garçom, as pessoas dançavam se espremendo na pista de dança, em frente ao palco do DJ. Não consegui deixar de notar os postes de pole dance, onde algumas mulheres subiam e disputavam espaço, dançando e rebolando olhando para o andar de cima.
A área VIP, estava tomada por homens, mas não aqueles galãs de terno que eu costumava ouvir falar. Eram homens lindos de mais, mas uma beleza selvagem, fortes assim como o segurança, alguns com cabelos grandes, bagunçados, vestindo calça jeans e jaquetas de couro. Lembravam motoqueiros, mas eu não tinha visto nenhuma moto na entrada.
— Aqui! — Alice gritou ao meu lado, me entregando um copo com liquido azul brilhando. — A nossa noite!
— A nossa noite! — brindamos rindo e levei o copo até a boca. O gosto doce invadiu minha boca e eu tomei um gole maior do que pretendia. — O que é isso? Acho que posso tomar isso a noite toda.
— Não duvido que consiga, mas já vou avisando dois copos disso e você vai estar bêbada.
Eu não achava difícil, mas mesmo assim não consegui beber aos poucos. Dancei com Alice, seguindo seus passos ao som da batida sensual, girando seu corpo de encontro ao meu, passando minhas mãos por seu corpo do mesmo jeito que ela fazia comigo.
Riamos como duas malucas na pista de dança, não se importando com nada nem ninguém, com os copos para cima sacudíamos o corpo na batida alta que parecia reverberar em meu peito.
— Preciso ir no banheiro! — gritei tentando ser ouvida apesar da música.
— Vamos!
Ela agarrou minha mão direita e começou a me puxar pelo meio da aglomeração. Alice fazia a mesma coisa de ante, empurrando as pessoas de seu caminho, mas eu estava concentrada de mais em não cair com aqueles saltos no meio da multidão, para me importar agora.
— Hey! — uma voz grossa soou na nossa frente me fazendo erguer o olhar.
Um homem negro alto e forte estava parado no nosso caminho, os braços cruzados o deixando ainda mais intimidante, o cabelo castanho batia na altura da sua cintura e eu vi duas tranças balançando entre os fios, que pareciam sedosos de mais.
— Oi lindo! — Alice disse com uma voz manhosa que não combinava com ela.
Sua mão livre subiu pelo braço do desconhecido e ele abriu um sorriso sexy na direção dela, quase me fazendo sentir borboletas no ventre e nem era para mim.
— Vou no banheiro. — murmurei ao pé do ouvido dela e sai antes que eles dois começassem a se atracar comigo de mãos dadas com ela.
Não teria sido a primeira vez.
Por um milagre o banheiro não estava lotado, eu tropecei em meus saltos entrando na bendita cabine e me segurei nas paredes, fazendo o maior malabarismo para conseguir usar o banheiro sem encostar no vaso.
Quando sai me encarei no espelho largo em frente as pias, minhas bochechas estavam vermelhas pelo álcool e toda a dança, meu batom claro ainda estava intacto, mas retoquei o rímel e joguei um pouco de água em minhas bochechas e na nuca, tentando apagar um pouco daquele calor.
Afinal de vermelho já bastava meu cabelo.
Mas antes que eu saísse a luz do banheiro piscou, me fazendo fechar os olhos e nesse segundo eu vi aquelas chamas. O fogo consumindo a madeira, chegando a mulher, que ao invés de gritar mantinha os olhos verdes presos em mim.
Abri meus olhos, batendo os cílios rápido, para esquecer aquela imagem perturbadora. Me curvei na pia e joguei água no meu rosto, não me importando com a maquiagem, molhei minha nuca até que meu cabelo estivesse pingando.
Era minha noite! Eu não ia me render aquelas visões malucas e parecer uma doida varrida, não hoje!
Sequei o excesso da água, conferindo meu rosto uma ultima vez e sai do banheiro determinada a fazer aquela noite valer cada segundo.
Alice e o deus grego fortão estavam na porta, a essa altura eu podia apostar que ela estaria se agarrando com ele como se sua vida dependesse disso, mas os dois estavam em uma conversa que parecia muito interessante.
— O que aconteceu? — ela perguntou assim que me avistou, os dois se viraram parecendo preocupados, mas eu apenas dei meu sorriso mais animado.
— Não aconteceu nada e esse é justamente o problema!
Não esperei por ela, corri no meio de toda aquela gente e pedi mais uma bebida azul para o garçom, que não demorou a me entregar o copo colorido.