Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
Um vínculo inquebrável de amor
O caminho para seu coração
O retorno chocante da Madisyn
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
Marisa é uma jovem feliz apesar de ter perdido a mãe tão cedo, gosta de cuidar dos pobres do reino e espalhando seu sorriso encantador por onde vai. Ela tem a pele branca como neve e cabelos negros que ressaltam seus olhos verdes e penetrantes, gosta de andar a cavalo e é muito estudiosa, todos a amavam por sua doçura…
Vestiu-se com um vestido de cor verde e havia saído cedo para passear, sempre havia algo importante ou alguém a quem ela pudesse ajudar. Correu subindo as escadarias do palácio e segurando a calda de seu vestido, até se deparar com o rei e sua expressão era de descontentamento.
- Por onde esteve Marisa? De novo andando em meio aos miseráveis de Scarlatti? - Ele perguntou irritado.
- Papai perdoe-me, apenas fui levar flores até o túmulo da mamãe!
- Deixe de ser tão torpe, sou o rei e seu pai. Não quero que ande vagando por esses bosques, nunca mais. - Ele gritou, deixando-a muito triste.
Marisa correu para seu quarto no alto do castelo, ali era seu refúgio de paz. Onde ela buscava entender os motivos que levavam seu pai a ser tão mal.
Marisa
Às vezes, penso que meu pai já não me ama mais e que minha mãe ao morrer… levou todos os sentimentos bons que ainda podiam viver dentro dele. Por que ele não pode gostar de mim? Todos os dias eu me esforço para ser uma boa princesa, nem sequer um carinho eu posso ter dele!
Hoje havia um brilho diferente em seu olhar, um descontentamento maior e que o fez ser tão duro. Delilah é uma das minhas damas de companhia, ela veio até o meu quarto para saber se eu precisava de alguma coisa.
- O que aconteceu Marisa? Você parece triste!
- Eu sou triste, Delilah, não há nada de mais em minha vida e que já não estivesse antes. Além de ter um pai que me odeia! - Sentei-me em frente a um espelho.
- O que vossa majestade fez a você?
- Foi estúpido como sempre, mas dessa vez o tom dele estava ainda pior.
Ela caminhou e foi até a janela, cruzou os braços.
- Você ainda não soube? O rei Octávio teve suas tropas derrotadas no reino de Florença na noite passada, seu pai está furioso, pois tinha certeza de que dessa vez tomaria aquele lugar para si.
- Papai quer dominar o mundo às custas de muito sangue derramado.
Delilah saiu, tomei um banho e passei o resto dia presa dentro do meu quarto. Acho que ver o meu rosto pode trazer a ele lembranças tristes sobre a mamãe e por a termos perdido assim tão cedo.
[…]
A noite chegou, todos estavam prontos para o jantar. Marisa precisava esperar as ordens do pai para poder sentar-se à mesa com ele e as demais autoridades do castelo. Sua voz quase nunca era ouvida entre eles, as mulheres eram subjugadas e jamais tinham poder em quaisquer decisões. Ela chegou silenciosamente, trazendo um pouco da sua luz para aquele lugar cheio de homens desalmados.
- Sente-se Marisa! - Octávio ordenou a ela.
- Com licença. - Marisa se sentou, antes de tomar um gole de água e começar a comer, o rei disse a ela o que já havia planejado para o seu futuro.
- Esteja pronta, irá a cavalo para o reino de Florença e deverá encontrar-se com Dimitri.
- Como, ir a outro reino?
- Você entendeu menina, os malditos venceram a batalha, mas não a guerra!
- O senhor não pode me mandar sozinha para vencer uma guerra já perdida, sou apenas uma garota.
- Você tem o sangue de sua mãe e se há alguém no mundo que pode tomar aquele reino por mim, esse alguém é você Marisa. Não discuta e arrume suas coisas para partir essa noite!
- Eu não irei e isso está decidido papai. - Ela saiu correndo para seu quarto, o rei não poderia aceitar tamanha afronta de sua filha na frente de todos aqueles homens.
Foi correndo atrás dela e colocou a porta do quarto abaixo.
- Quer jogar seu sangue em desonra?
- O que o senhor me pede é uma grande loucura!
- Não me faça perder a paciência, maldita menina. - Ele aproximou-se dela com a mão pronta para dar-lhe um tapa, mas lembrou-se dos poderes da filha e preferiu não arriscar.
Marisa pensou no quanto sua vida estava infeliz naquele lugar onde as pessoas eram tratadas como apenas fantoches infelizes de um rei, viu aquela missão como uma oportunidade de fugir de todas aquelas humilhações.
- Não precisa me bater papai, eu irei até lá…
Com lágrimas nos olhos, Delilah preparou algumas coisas para que a moça pudesse levar consigo.
- Você vai mesmo, embora?
- Sim, Delilah, nada mais me prende a esse lugar. Aqui eu não tenho absolutamente nada!
As duas se abraçaram, Delilah ficou chorando ao ver sua amiga partir em uma missão tão perigosa.
Marisa
Apenas saí levando comigo meu cavalo e algumas roupas, quem sabe o meu lugar não seja aqui. Papai não pode entender que tudo o que eu queria é que ele fosse um pai diferente e amoroso, quanto a matar esse tal Dimitri, não sei o que encontrarei… se ele for alguém como meu pai, talvez seja melhor que eu o mate e tudo vai depender do que verei nesse reino. Montei meu cavalo, coloquei minha capa, pois essa é uma noite fria… cavalgamos por muitas horas e eu fiquei exausta.
Assim que vi as árvores mudarem para um aspecto mais seco e o clima frio e uma nevasca leve, eu sabia que já estava fora de Scarlatti. Cavalgamos por mais um tempo.
Ouvi alguns uivos e eu nunca senti tanto temor em toda a minha vida, desci e amarrei o cavalo… usando alguns gravetos eu fiz fogo e fiquei encostada naquela árvore fria até que acabei adormecendo.
[…]
Dimitri estava com seus súditos e fiéis amigos do reino, estavam apostando uma corrida de cavalos logo ao amanhecer. Viram a fumaça de uma fogueira recentemente apagada e Dimitri se abaixou e ainda sentiu o calor da chama recém-apagada, estranharam que alguém pudesse estar vagando sozinho por aquela região, conhecida por ter animais perigosos.
Marisa montou em seu cavalo e já estava a uma pequena distância dali, ouviu os cavalos deles, mesmo que ao longe. Ficou assustada e fez seu cavalo correr, o rei ouviu um urso e um grito feminino.
- Vocês ouviram isso?
- Sim, majestade e veio do lado direito.
- Vamos até lá. - Ele os ordenou, viram Marisa cair do cavalo, que assustado correu para a floresta deixando-a, frente a frente com o urso, mas o animal não a atacou e apenas saiu dali olhando nos olhos dela… como se os pudesse decifrar.
Dimitri desceu de seu cavalo, Marisa arrastou-se para mais longe dele.
- O que faz andando sozinha por essa parte do meu reino?
Assim que ele falou quem era, ela sorriu levemente. Já havia chegado ao seu destino e sabia exatamente a quem deveria eliminar.
- Vejo que você é da realeza, bem vestida e cheirando a rosas! - Ele se aproximou e ajudou a levantar-se, sua beleza era demasiadamente jovem para ele, mas ainda assim enchia-lhe os olhos.
- Sim, vim aqui para…
- Antes de maiores explicações, acho que é melhor sairmos daqui donzela. Venha! - Ele subiu em seu belo corcel negro e ofereceu a mão para ajudar a jovem a subir atrás.
Marisa olhou para a floresta e avisou a ele.
- Não vou sem o meu cavalo!
- Aqui você não dá ordens, princesa sabe-se lá de onde. - Ele insistiu soltando as rédeas do cavalo para partirem dali.
Marisa ameaçou pular da sela do cavalo, Dimitri segurou o braço dela contra seu abdômen forçando-a ficar onde estava.
- Meus homens irão atrás de seu cavalo, agora trate de se comportar.
- Já pode me soltar… majestade!
Ele soltou as rédeas do cavalo e eles partiram em direção a floresta, antes de chegarem, o rei tratou de fazer algumas perguntas a ela. Os seus súditos a olhavam com desejo, apesar de muito novinha já havia um encanto capaz de deixar qualquer homem desejoso.
- De onde a donzela veio?
- Venho de Scarlatti! - Ele forçou o cavalo a parar bruscamente.
- Veio daquele lugar, você é filha de Octávio?